Every Part Of me

Não posso mais viver sem você.


Lily's POV

Era o ultimo dia de aula.

Mas me torturei a manhã inteira, seria o dia de saber se passei de ano ou não. Rezei várias vezes para que eu tivesse passado, caso contrário mamãe me mataria. Respirei fundo e peguei o boletim da mão da professora que sorriu para mim. Só podia ser um mal sinal... fechei os olhos virando o boletim para mim.

Me surpreendi comigo mesma, não havia nota vermelha. Apenas um C- em biologia, mas para que diabos uma fotografa usaria biologia um dia em sua vida?

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O sinal da ultima aula por fim bateu, peguei minha bolsa e caminhei pelo corredor com dificuldades. Porque diabos as pessoas precisavam comemorar o fim do ano letivo no corredor se havia um gramado imenso lá fora? Mesmo com um pouco de dificuldades consegui sair do colégio.

Havistei o carro de mamãe parado em frente a uma enorme árvore. Dei passos rápidos até ele e adentrei o carro.

– Mãe, o boletim. - falei o entregando e sorrindo fraco.

– Hum. - falou. - Até que não está tão mal. Apenas uma nota vermelha, parabéns!

– Obrigada. - sorri a ela.

Mamãe ligou o carro e me levou até a casa de minha avó onde estava passando as ultimas semanas. Me distanciei dos meninos e achei melhor ficar um tempo com meus avós. Mas eles estavam de viagem marcadas, pois o Natal já estava perto. Faltava apenas umas duas semanas, e eles iriam voltar para o Brasil para comemorar. Ao contrário de nós que deveriamos de ir mas opitamos por ficar.

Desci do carro me despedindo de mamãe, adentrei a casa e meus avós já haviam saído. Maravilha, a casa era toda minha para dormir sem ninguém me atrapalhar. Joguei minha bolsa sobre o sofá, deixei os coturnos no meio da sala e voei para meu quarto.

Dormi praticamente a tarde toda, me levantei apenas para ir ao banheiro e comer algo. Mas logo voltava a dormir. Nunca entendi como podia existir tanto sono dentro de mim.

Acordei dessa vez com meu celular tocando, estiquei meu braço até o criado-mudo que ficava ao lado de minha cama, e o atendi sem olhar no visor.

– Alô. - falei sem o minimo de animo.

– Filha, estava dormindo.

– Uhun.

– Seus avós já foram?

– Uhun.

– Quer que eu vá te buscar?

– Não. - falei bocejando.

– Vai ficar bem sozinha?

– Mãe, amanhã quando eu acordar pego um ônibus e vou direto para ai tá bem? Vou voltar a dormir, tchau.

Sei que fui rude, mas que se dane. Eu queria dormir... me virei para a parede e fechei os olhos, faltava pouco para que eu pudesse finalmente voltar a dormir. Mas alguém tocou a campainha, meu coração foi a mil, Londres não é perigos... mas eu sentia medo. Poderia ser alguma fã maluca querendo me matar. Não minto quando digo que o fandom de One Direction é maluco. Fiquei quieta esperando que a pessoa tivesse o simancol, e fosse embora. Olhei no despertador e me assustei, quem era o maluco que tocava a campainha da casa dos outros em plena 2:00AM? Céus.

A pessoa era insistente e tocou a campainha milhares de vezes. Desisti de ficar quieta e me levantei, desci descalço para tentar não fazer barulho, mas sempre é inevitável afinal quando você tenta não fazer barulho uma banda de escola de samba te acompanha.

Olhei pelo olho mágico mas estava tapado. Bufei, droga. O que eu faria agora? Olhei em volta a procura de algo que eu pudesse me defender, se caso fosse atacada. Peguei o taco de golf de meu avô que ficava ao lado do cabide de casacos e de um relógio na sala. Virei a chave, e apoiei minha mão sobre a massaneta fria. Abri a porta com rapidez erguendo o taco para cima.. deixando o cair.

Minhas mãos ficaram moles e minhas pernas bambas, senti um aperto no peito vendo aquela coisa toda engolida se abraçando devido ao frio que estava parado em minha porta. Seu rosto estava vermelho e era possível ver uma lágrima escorrer em seu rosto.

– O-o-oque faz aqui Niall? - falei sentindo minha voz vacilar, droga.

– Tive um pesadelo. - falou enchugando as lágrimas com a manga do seu moletom.

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– Qual?

– Que você foi embora. - falou me abraçando forte. Pude sentir que ele chorava quando algo molhou meu ombro, respirei fundo várias vezes para não desabar ali com ele. Eu não podia, precisava ser forte.

– Ei Nialler. - falei segurando seu rosto e limpando as lágrimas que insistiam em cair. - Eu não vou embora tá bem? Vou estar sempre aqui, com você.

– Então, porque você não me atendia ou retornava minhas ligações? Eu pensei qu-

– Eu tivesse te esquecido? - falei sorrindo de canto. - Nunca. Só achei que fosse melhor ficar um tempo sem vocês, sabe... não queria ver a cara de anus de Zayn.

– Zayn ficou preocupado com seu sumisso. - falou dando de ombros.

– Problema é dele, que pensasse antes de desejar que eu saísse da vida dele.

– Lily.

– Hum?

– Não faz mais isso comigo. - falou sorrindo e me abraçando fortemente. - Não posso mais viver sem você.

– Você não viver sem mim Nialler, - falei o soltando e sorrindo. - Nem que você queira.

Ele sorriu e beijou minha testa. Abaixei para pegar o taco que ficou sobre o chão e ele se aproximou sorrindo.

– Ficou com medo de atender a porta?

– Não. Porque?

– Pegou um taco de golf. - falou sorrindo.

– Pensei que fosse uma directioner maluca querendo me matar. - falei rindo.

– Está sozinha em casa?

– Estou, meus avós viajaram para o Brasil. - falei subindo até meu quarto. - Quer me fazer companhia?

Niall fez que sim com a cabeça, e subiu as escadas ao meu lado sorrindo.

Passamos a madrugada vendo filmes e comendo. Fazia tempo que não faziamos isso, e eu já sentia saudades. Niall com sono fica a pessoa mais idiota do mundo, dizia coisas sem sentido algum e mordia meu braço, que já estava cheios de marcas rochas. Céus..

– Niall.

– O que foi?

– Como você descobriu onde minha avó morava?

– Danielle. - falou rindo.

Revirei os olhos e gargalhei baixo, voltando minha atenção ao filme. Já estava para amanhecer, e eu estava morrendo de sono. Mas preferia passar a madrugada acordada com meu melhor amigo vendo filmes engraçados.

Nialler's POV

Senti algo pesado se apoiar sobre meu ombro, Lily deitou sua cabeça ali e fechou os olhos. Fraca, eu sabia que ela não aguentaria passar a noite acordada comigo.

Fiquei a admirar dormindo, como conseguia ser tão linda? Como conseguia me fazer sentir tão bem? Como conseguia fazer meu coração bater mais rápido e lento ao mesmo tempo? Quando ela sorria, minhas pernas ficavam bambas, cada toque, seu cheiro... me faziam bem.

As janelas estavam abertas, já havia amanhecido e era possível que caia algo do céu. Me levantei com cuidado para não acorda-lá, a coloquei deitada na cama e dei passos lento até a janela. Abri um vão da cortina e sorri fraco. Era a neve. Já havia milhares de pessoas saindo para trabalhar, todas elas faziam questão de tocar a neve ou chuta-lá. Sei que Lily estava exautada, mas era preciso acorda-lá, já que ela sempre dizia amar a neve e gostaria de conhece-lá.

- Lily. - falei pulando na cama para acorda-lá.

- O que houve? - disse ainda sonolenta.

- Vem aqui.- falei esticando minhas mãos a ela.

- Não Nialler, estou morta. Quero dormir.

- Vem logo. - falei a puxando. - Está nevando.

Ela então arregalou os olhos e sorriu, correu até a janela apoiando suas mãos sobre a tal e sorriu.

- É linda. - disse sorrindo. - Vamos brincar na neve?

- Não trouxe as roupas de neve Lily. - falei baixinho. - Que tal mais tarde? Assim você pode dormir.

- Ah, tudo bem. - falou fazendo biquinho.- Você não vai embora agora não é?

- Quer que eu fique?

- Quero. - falou me abraçando pela cintura e apoiando sua cabeça sobre meu peito. - Depois você pede ao Paul para trazer suas roupas aqui, mas fique por favor.

- Não consigo dizer não a você. - falei sorrindo. - Eu fico.

Ela sorriu e passou seu braço sobre minha nuca, a ergui no ar e a girei. Ao desce-lá nossos rostos ficaram próximos um ao outro, sua respiração rápida e descompassada, encarei aqueles olhos castanho claro.. não sei ao certo o que eu iria fazer. Era como se eu tivesse perdido os comandos de meu corpo, coloquei minha mão sobre sua nuca e a puxei para mais perto, nossos lábios estavam próximos e faltavam poucos centímetros para se tocarem.

- Niall. - falou baixo e sorrindo. - É.. vamos.. dormir?

Respirei fundo sentindo minhas bochechas corarem, céus. Sorri fraco e assenti. Ela se deitou e eu me deitei ao seu lado. Como de costume. Em quanto brincava com seus cabelos, cantei Gotta be you para que ela pegasse no sono.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.