Galatea

Meu nome é Galatea Smith.

Sou uma garota de doze anos órfão de pai e mãe, que até algum tempo atrás não tinha a quem recorrer.

Mas isso mudou a dois anos quando a Sra. Sally Jackson e seu marido o Sr. Paul Blófis adotaram a mim e meu melhor (e não conte a ele, mas também mais querido) amigo Rigardo Wolf.

Nó dois temos doze anos e chegamos juntos ao orfanato.

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Devíamos ter uns quatro anos no máximo. As freiras sempre nos disseram que eu vestia um vestido azul com um casaco verde-água e sandálias.

Rigardo vestia uma camiseta azul escuro com um conjunto preto, a blusa com um raio dourado nas costas e tênis. Essas roupas são as únicas lembranças certas sobre nossos pais.

Sabemos que não somos irmãos por que a letra nas cartas e nossos sobrenomes são diferentes.

Nossos nomes estavam nas cartas, mas segundo as freiras nunca encontraram um documento confirmando isso, então acabaram nos registrando em nome da instituição.

Moramos em Nova York. Com nossa nova família, mas ainda temos essas lembranças guardadas.

Sobre minha vida e do Rigardo você só precisa saber que coisas muito estranhas acontecem com a gente.

Eu tenho um dom nato para qualquer confusão que envolva livros e água.

Como quando fiz, não sei como, as revistas de uma banca com dono muito mal-educado perderem todos os grampos das folhas ou quando na excursão do orfanato no aquário a alavanca do tanque dos tubarões girou e um deles passou por baixo da minha perna me levando pra “cavalgar” nas usas costas.

Foi bizarro.

Já o Rigardo, bem ele tem uma coisa com fogo e eletricidade que é muito complicado.

Sempre que ele fica bravo e a fiação do lugar não é aterrada algum eletrodoméstico queima (ou todos), ou se ele tiver com papel, plástico ou qualquer outra coisa não mão que possa queimar pode ter certeza que queima.

Mas nossa nova família é maravilhosa. A melhor, na minha opinião

Sally tem um filho de dezoito anos chamado Percy, eu adoro ele como se fosse meu irmão de verdade, que tem uma namorada chamada Annabeth, que é super legal.

Olhando de fora somos pessoas normais, mas pode acreditar, minha família é muito estranha.

Fora tudo que eu já falei antes tem mais, muito mais.

Digo isso por que tanto eu como Rigardo, Percy e Annabeth somos disléxicos, hiperativos e temos transtorno do déficit de atenção. Isso me vez pensar de inicio que Sally e Paul tinha alguns parafusos a menos na cabeça, muitos deles.

Quase me esqueci mas para fechar com chave de ouro, acredite, somos as pessoas mais azaradas que conheço.

Rigardo e eu não temos sorte com escolas por isso estamos deixando a Goode High School, escola que Paul da aulas, para um futuro aonde possamos durar mais de um ano lá.

Tanto eu como Rigardo já fomos expulsos de pelo menos oito escolas desde que começamos a frequenta-las.

Mas posso dizer que somos uma família feliz.

Ah, sim. Quase me esqueci de comentar que também temos uma irmãzinha caçula, Marry, filha de Sally e Paul. Percy baba muito por ela, mas por incrivel que pareça ele também baba muito em cima de mim. Um legítimo irmão curuja.

Mas se quer saber tem uma coisa muito bizarra que acontece lá em casa.

Fora o que eu já comentei.

As vezes Percy e Annabeth somem por meses inteiros e depois de voltarem tudo ferrados dizem que foi divertido. Ontem depois de dois meses eles chegaram dizendo que iriam levar Rigardo e eu para seu acampamento de verão.

Por isso hoje levantei bem cedo e sai para a aula com Rigardo e ainda eram seis da manhã. Não que nós não gostemos dos dois, mas não estamos afim de ficar mais ferrados do que o normal.

—Galatea, seu irmão pediu para você esperar. Ele vai ficar preocupado filha.

—O Rig cuida de mim mãe.

—Mas o Percy também pediu para o Rigardo esperar por ele.

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—Nós temos que ir mãe. -Rigardo gritou da porta enquanto eu chamava o elevador.

Entramos no elevador com cara de quem estava com o pescoço na forca.

—Foi por pouco. -Rigardo

—Nem me fale. Afinal o que pode acontecer de mal a ponto de precisarmos de mais dois azarados. -Brinquei

Eu nem imaginava que aquele seria o pior dia da minha vida até o momento.

Ou pelo menos o mais louco.

[b]Continua...[/b]