Sétimo dia: SÁBADO

S E T E D I A S

Escrita por Coffee

SÉTIMO DIA: SÁBADO

No sétimo dia em que a viu, acordou de mau humor. Vestiu o terno que pegara na lavanderia há três dias e odiou o fato dele não estar devidamente passado.

Vestiu-se rapidamente, tomou o café amargo. Ele combinava com o seu humor. Olhou o jornal que passava na televisão sem vontade.

Lembrou-se que tinha que jantar na casa de seus pais hoje, só esperava que eles assim como Ino não empurrassem uma garota para cima dele, já que cada vez que ia a um desses jantares sua mãe convidava a filha de uma de suas amigas para jantar também.

Arrumou suas coisas, desligou a televisão e apagou as luzes, fechou a porta do apartamento e apertou o elevador. Olhou para o lado, Sakura também esperava o elevador, entraram juntos, antes que o elevador se fechasse um garotinho gritou.

Ela segurou o elevador, e o garotinho de olhos castanhos entrou. Ele cheirava a talco e parecia ser um pouco mais velho que seu sobrinho.

— Qual andar? — A médica perguntou ao pequeno.

— Minha mãe disse número nove.

— Ok.

Viu-a apertar o número nove, antes de apertar o térreo (que era o destino de ambos). Quando o elevador se abriu, uma mulher alta de olhos castanhos sorriu para criança e acenou agradecendo a Sakura por ajudar seu filho.

Quando ficaram sozinhos no elevador, nenhum dos dois ousou dizer nada. Talvez mais tarde pudesse ligar para sua mãe e perguntar se ele podia levar alguém. Só talvez.

— Sua gravata está errada — Ela comentou sorrindo.

Sabia disso, era péssimo com nós de gravata, quando morava com seus pais era sua mãe que o fazia, agora que morava sozinho virava-se do jeito que podia. Ela se aproximou de si ainda corada e desfez o nó que ele tinha feito.

Ela se aproximou mais, corando mais ainda e refez o nó em sua gravata, do modo certo. Chegaram ao térreo, ela acenou com a mão para ele sorridente e saiu do elevador, ao longe pode ver os sapatos dela. Os de hoje eram em um verde praticamente fluorescente que doía os olhos.

Mas não se importou se o cabelo dela era anormal, ou se ela usava sapatos extravagantes, porque naquele dia admitiu que tinha se apaixonado por uma garota em uma única semana, sete dias.