Tempo Perdido
Atrás de tudo
– Gente, eu não acredito que conseguimos vender tantas barras de chocolate!- Falou Amit bebendo sua garrafinha de água.
– Nossa, aquilo é tão prejudicial, pra gente e pra quem engiriu aquela merda com glúten. E depois dizem que a Maya que é a gênia da turma, a letra A em matemática. Deve ser tão noiada que colocou extrato de droga na barra de chocolate.
– Cala a boca, primeiramente, como é que eu posso retirar líquido de um sólido? Minha filha, pense antes de falar besteira.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Não vou falar mais nada.
Amit continua a andar e vê os meninos caídos na grama.
– MENINOS! MENINOS! O QUE HOUVE?
– Ah... Meu Deus... Ai que dor, me ajuda.
Yedidia se apoiou na Amit e levantou da grama junto com Yon.
– O que houve gente?
– O grupo de futebol...Arrebentou nossa cara, AI MEU DEUS EU QUEBREI MINHA PERNA
– Calma Yon, vamos pra enfermaria.
– NÃO, eles não podem saber que nós apanhamos.
– Vamos pra casa então, cuidar desses joelhos ralados.
Elas levaram eles até o apartamento, colocou curativos nos machucados e trataram deles a noite inteira. Os meninos caíram no sono que nem meninos que brincam de pipa na rua, e por uma noite fingiram ser mães e eles fingirem que elas eram irmãs. Elas começaram a noite vendo séries na TV e conversando, até caírem no sono.
– Caramba... Já é manhã?!
– Não, imagina Maya, o sol foi visitar a gente mais ainda é noite.
– Fica quieta idiota, se não é inteligente o suficiente pra falar com educação fica calada.
– QUER SABER, JÁ ESTOU CANSADA DE VER VOCÊS BRIGANDO TODA HORA! QUE SACO!
– Desculpa Amit.
– É, desculpa.
– ACHO BOM.
Yedidia acorda mancando.
– Meninas me ajudem, preciso entrar no quarto do Yon.
– Entra no quarto, ué.
– Aff, ta bom, nem pra me ajudar quando mais preciso.
Yedidia bate na porta do quarto do Yon e grita:
– YOOON, PRECISAMOS CONVERSAR!
– To dormindo Yedidia.
– É SOBRE A VERÔNICA!
– Pode entrar.
Amit ouviu Yedidia gritar e perguntou:
– VERÔNICA? QUE VERÔNICA?
– Ninguém que você conhece.
– E bateu a porta do quarto do Yon.
*No quarto*
– Olha, ela está...
– Eu sei.
– Sabe?
– Não seja inútil Yedidia. Todos do O.C sabem dela, sabe quem é ela.
– Poucas pessoas talvez, mas precisamos falar com ela.
Yedidia mostrou um bolo de notas de 100 dólares para Yon.
– Claro né... Tentar subornar o taxista com um bolo de 100 dólares em notas de 1, mas que porra é essa, Yedidia?!
– O que mais vale a pena, Yon, é correr atrás de quem nos faz bem.
– Diferente de você, não sei, eu estou aqui para conseguir tudo que eu quero, principalmente pra essa tal faculdade.
– Eu também, mas vá em busca dela! Procure-a!
– Vou te contar uma pequena histórinha. Minha mãe conseguiu tudo que queria na vida, quando ela quis meu pai ela conseguiu, quando ela quis o dinheiro e a herança dele ela conseguiu, a mesma coisa foi no divórcio.
– Então se eu quiser procura-la, eu procuro, e sei que vou achar, por que como diz o ditado, filho de peixe, peixinho é.
– Eu não estou duvidando porra nenhuma da sua capacidade de conseguir as coisas, eu só quero te ajudar a encontra-la de novo.
– Não me digue o que fazer, se eu quiser, eu corro atrás. - Bateu a porta e foi direto pro banheiro.
– Quem é essa puta chamada Verônica?
– Pelo visto não é da sua conta.
– Por favor Agam, vai se ferrar, vai fazer um grande favor pra mim.
– Eu ia falar pra você ir mais do que se ferrar querida, mas como eu sou fina e tenho educação eu não farei isso, e aliás... - Agam olhou Amit da cabeça aos pés
– Meu pai tem mais dinheiro que você.
– O que seu pai tem a ver com a história?
– Muita coisa... - Agam foi para seu quarto.
– As vezes eu não vejo sentido nas coisas que ela fala!
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– Então... Vamos pra aula?
– Vamos. GALERA, JÁ ESTAMOS INDO!!!
– Vão sem mim! - Yon falou trancado no quarto.
– Vou faltar hoje! - Yedidia estava com caimbra na perna
– Não me carregue junto! - Agam falou se maquiando.
Amit e Maya sairam para a aula e foram conversando no caminho.
– Que animação que esse povo está hoje...
– Só animação! A Agam pode repetir de ano várias vezes que o pai dela vai subornar o professor ou ela dar mole pra ele.
– Depois que Agam é Agam minha filha, segure a baiana por que ela pode fazer tudo!
– E mais uma vez, Yedidia, um puto de um curioso e dedo-duro. Eu gosto do Yedidia, mas ele provou do próprio veneno fazendo isso.
– Ele se diz o ''bem comportado'', na verdade eu acho ele um chato de galocha, e nunca tive assunto com ele, mas não deixa de ser uma boa pessoa.
– Haha, pois é... - Maya ficou sem graça.
Amit vê uns meninos bonitos e fica secando eles.
– Maya, o que você acha daqueles meninos?
– Ah, o cabelo de cenoura e o do corpo proporcionalmente bem estruturado?
– É, você me pegou, pensava que você não entendia nada de meninos.
– Qual é, Amit! Desde o dia que você entrou aqui deu pra perceber de cara que você é tarada por meninos, e seu nível é extremo.
– Bom, eu não vejo mal nisso.
– Pois é, mas pega muito mal, já pensou você cantar um menino e acidentalmente seu pai ver?
– Caraca... Bem pensado...
– E sai fora porque você não curte nem os caras que te colocaram nessa ideia.
– É... Tipo amor a primeira vista...
– Amor não, isso não é amor, é atração a primeira vista. Hoje em dia essas garotas confundem sentimentos com coisas totalmente diferentes.
– Mas, eu estou apaixonada por uma pessoa na verdade...
– Ah novidade! Amit, todo mundo sabe de quem você gosta.
– Mas é claro que não!
– Todo mundo sabe que você é gamada pelo Yon.
– Sim, eu não vou esconder, eu gosto dele. Porém me preocupo com ele também.
– Siga seu coração, siga em frente com ele.
– Maya, o que eu mais desejo é isso. É uma agonia morar praticamente no mesmo quarto que o dele, dormir no mesmo apartamento, sendo que eu não sou nada dele. E ás vezes relacionamentos não dão certos, e nos meus o que eu estava mais cansada era de pedir desculpas sem ao menos estar errada, acho que o que é necessário na maioria das vezes, é dar um tempo pra você mesma, tudo o que você vai precisar pra voltar a respirar, pra por as coisas em ordem novamente.
– E só rezo, para que vocês consigam namorar.
O dia passou, e Agam, Yedidia, muito menos Yon compareceram a aula. Quando chegaram em casa, Maya e Amit procuraram saber os motivos.
– Agam por que você não foi a aula?
– Eu estava falando com as minhas amigas e recebendo minhas encomendas de Paris.
– Yedidia por que você não foi a aula?
– Esqueceu? Estou com caimbra!
– Yon por que você não foi a aula?
– Eu não quero justificar.
– Yon, eu acho que precisamos ter uma conversa séria.
– Tudo bem. Fale. Agora. Bem alto. - Ele começou a provocá-la.
– Lá fora.
Estava chuvendo, Yon pegou seu moletom e Amit também, eles desceram as escadas e foram lá fora, no frio, debaixo da chuva.
– O que está acontecendo com você, Yon?
– Problemas, é só isso que você quer saber?
– Eu quero solucionar seus problemas, se você quiser ajuda, pode vir falar comigo, eu vou sempre ser seu ombro amigo.
– Só quando eu precisar, fora isso, obrigado.- Sério, fala pra mim.
– Aqui é o pior lugar para ficar, macabro, eu sei, temos muita gente pra conhecer aqui, porém não estou me sentindo bem.
Amit ficou calada, olhou pro céu, pro chão, subiu as escadas, e sem falar nada, deixou ele sozinho. Ela sabia que ela não poderia resolver isso, mesmo gostando dele, o maior medo dela era dele ir embora.
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