Malditos Marotos.

Eu prometo prestar.


James

-POR QUE VOCÊ NÃO ME DISSE? – um ser de cabelos estranhamente bagunçados e olhos extremamente arregalados apareceu na porta da cabine em que eu e meu Lírio estávamos no Expresso. Claro, eu digo “Wormtail, Padfoot e Moony: eu quero ficar sozinho com a Lilly no trem. E a Bianca aparece!”. Perfeito.

-Sério, Bia, você podia ter esperado... – Lílian falou. Nós não estávamos fazendo nada demais! Mas ela estava no meu colo e, poxa, eu queria ficar a sós com ela. Em casa tem meus pais e o Padfoot; no castelo tem... todo mundo; e no trem o pessoal sempre fica junto.

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-NÃO ME INTERESSA SE VOCÊS ESTÃO SE COMENDO NA CABINE – Talvez ela tenha gritado alto demais – VOCÊ NÃO ME DISSE QUE EU VOU SER MADRINHA!

-Vai ser o que, criatura? – Lilly saiu do meu colo (infelizmente) e puxou Bianca pra sentar no banco e ver se a menina se acalmava – Espera, você tá chorando? – É, aquilo podia ser uma lágrima – ESPERA! ISSO É LÁGRIMA DE... AH, MEU MERLIN! ACONTECEU HOJE?

Okay, vamos deixar algumas coisas claras:

1... A Bianca parecia muito mais furiosa e com uma mulher prestes a parir do que com uma que choraria durante horas no colo da amiga porque o esmalte cor “rosa tom da sua cara quando o fulaninho te elogia”.

2... EXISTEM TIPOS DE LÁGRIMAS?! Como assim ela, sem a Bia dizer, já sabia o que tinha acontecido? “ISSO É LÁGRIMA DE...” Tem como identificar?

3... O que aconteceu a seguir, só prova uma velha certeza: Pessoas do sexo feminino (chame de mulheres, só que eu tinha que colocar os seres no meio!) são loucas. Totalmente incompreensíveis e com uma lógica além de todos os cálculos e homens inteligentes. Será que Dumb compreende a Tia Minnie? A Minerva, pra quem não sabe. Eles tem um caso, né? Certeza, só pode. Ou ele é gay? Ah, vamos voltar pra história. CUIDADO com o choque à seguir, pessoas...

-LIL... Ele... Ele... Expresso... – a menina chorava, soluçava, transbordava no colo da Lilly, que fazia cafuné nela. E eu olhava com uma cara de WTF?

-Shh... Ele é um idiota. Não sabe o que perdeu... Os homens são uns idiotas, Bia... – O QUE, DONA LÍLIAN? Olhei pra ela e ela me mandou um olhar que significava claramente “Olha o estado dela! Eu vou dizer o que quiser!”.

-Lil... E-e-ele diss-e-e q-q-e...

-Shh, minha vaquinha... Você é linda, tem um milhão de caras lá fora lindos, gostosos, sarados, estilosos, cheios de amor e de disposição... – Eu vou interferir nisso, por Merlin!

-É, Bia... – Sim, eu entrei no meio – E como a Lilly tá comigo, são todos seus!

Meu Lírio deu uma risadinha e a Bia também, mas bem fraquinho.

-JAMES, SEU IDIOTA! – ela gritou alto de novo. Aí, tudo ficou complicado.

Padfoot apareceu.

-BIANCA, EU DISSE QUE NÃO ERA PR... O que tá acontecendo? – Tinha que ser esse pulguento pra abrir a boca! Por que não abre... Deixa. Enfim, ele veio gritando e se deparou com uma Bianca debruçada na minha Lilly, descabeladinha e chorosa.

-Cabeludo, sai. – a Lilly falou séria. Bianca parou até com os barulhos de choro.

-Não. – ele estava muito sério, me deu medo. Se ajoelhou ao lado da Bia e em frente a Lilly. Nem me deu “OI” esse pulguento... Mas ok – Bia, o que aconteceu?

-Sa-ai, Bla-ack – ela disse soluçando.

-Não. Diz logo o que aconteceu. Bianca, eu só saio quando você me disser.

Ela parou de chorar e ergueu a cabeça. Já mencionei como é estranho uma menina com rímel e lápis escorridos?

-Não te interessa, Black. – ela falou, limpando embaixo dos olhos. Ótimo.

-Não é O QUE, né? QUEM foi, Bianca? QUEM FOI? – ele estava muito bravo já.

-Ninguém. – ela respondeu parecendo um cachorrinho levando bronca.

-BIANCA, EU CONHEÇO ESSA REAÇÃO. FOI O DESGRAÇADO, NÉ? EU SEI! EU SEI O QUE UM CARA FAZ COM UMA MENINA! FOI ELE! – ele disse e ela voltou a chorar. Agora em silêncio – Foi, né?

Ela assentiu e o Padfoot saiu pisando duro e possuído. Só pode, porque do jeito que ele estava...

-James, vai atrás dele! – Lilly me tirou do transe e eu saí pelo corredor. Se eu bem conheço meu amigo, ele vai fazer besteira...

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Sirius

Eu vou matar um lufano essa noite. VOU MATAR UM LUFANO AGORA.

Como aquele cara tem a coragem de fazer uma menina como a Bianca chorar? Quer dizer, ela é toda metida a fortona e se faz de menino, mas eu nunca mais quero vê-la chorando! É de cortar o peito. E ela é muito legal e divertida! Quem, em sã consciência, terminaria com ela?

Eu sabia quem era o cara. Apanhador da Lufa-Lufa. Eu agradeci o Prongs eternamente por ter derrubado o idiota da vassoura em um jogo. Mas foi acidental, então nem valeu direito. Andei que nem um condenado até achar a cabine que ele estava. Eu sabia que tinha vindo alguém atrás de mim, mas foda-se. Eu só queria que ele ficasse machucado do mesmo jeito que machucou a Bia.

Abri a porta com força, me admira que não tenha quebrado. Os lufanos amiguinhos babacas me olharam e ele também.

-VOCÊ É O NAMORADO DA BIANCA? – eu perguntei gritando pra ele. Já tinha gente nos corredores.

-Ex. – ele disse e deu um sorrisinho de canto. É agora que eu quebro esses dentes todinhos.

Meti um murro na cara dele. Mas foi um puta murro! Ouvi umas exclamações e um dos amigos dele tentou vir pra cima, mas taquei outro. E o moleque tava no chão da cabine com o olho roxo. E eu bufava de ódio em pé.

-SIRIUS BLACK! – ouvi uma voz e me virei. Era Prongs e Lene. Lene? Ela tinha gritado – Não precisava envolver MEU namorado nisso! – e ela foi correndo ver o olho do amiguinho dele que tentou me bater.

-VOCÊ SURTOU? – Prongs me perguntou. O que era uma ironia, sendo que em outros tempos ele ia me ajudar.

-Isso, Potter! Dá uma bronca no seu amiguinho! Não é porque até você conseguiu a menina que tava querendo que ele tem que descontar em quem pegou a dele.

Eu fui dar outro murro, mas uma mão passou na minha frente e foi ele mesmo! Disparou pra cima do cara e meteu outro murro.

-CALA A BOCA PRA FALAR DA MINHA MENINA E PRA FALAR DO MEU AMIGO! – e tome outro.

Nessa altura, o trem todo se exprimia pra tentar ver a briga. Eu fiquei parado, tomado de ódio. Ele tinha machucado a Bianca... E ela tava totalmente apaixonada por esse idiota.

-James! Sirius! – olhamos pra porta e lá estava Moony – O que aconteceu?

-Esse vagabundo machucou a Bia e eu vim machucar ele, então! – ouvi umas menininhas suspirando e falando “Ai, que fofo” ou coisas do gênero.

-E o James?

-Bateu nele porque o desgraçado falou da Fogueta!

-Desculpa, mas eu preciso tirar pontos da nossa casa.

-REMUS! – Eu, Prongs e Lene falamos.

-Vocês bateram neles! E nem foi uma briga, foi uma surra! – em outro momento, eu me gabaria. – E você, Lene?

-TÔ CUIDANDO DO MEU HOMEM, REMUS! NEM OUSE DESCONTAR EM MIM!

-Desculpa, gente... 50 pontos a menos. E eu estou sendo legal. Ah, vocês vão pra sala do Dumbledore, provavelmente. Ele disse que na próxima briga, vocês iriam.

ÓTIMO! Eu defendo a menina e as coisas ficam assim!

Lílian

-Eu não acredito que ele fez isso...

-Quando eles saem?

-O Joey ainda tá machucado, sabia?

E lá estávamos nós três, esperando na porta da sala do diretor que nossos amigos, e no meu caso o namorado também, saíssem dali. Lene estava furiosa porque o namorado dela tinha se machucado, mas ficou preocupada com a Bia. Eu estava aflita com os dois idiotas que eu fui arranjar na minha vida. E Bia... Ela estava se sentido... Culpada.

Ao menos tinha parado de chorar.

-Bia, fica calma. Para de andar feito uma boba, eles logo saem e... – a voz da Lene parou quando viu os dois idiotas saindo.

-Então? – Bia perguntou, aflita.

-Tudo certo – James disse com um sorrisinho de canto e eu dei um tapa nele. Mas ele só me puxou para um beijo. Claro que eu retribuí. Por favor, é um beijo de James Potter! É impossível não corresponder!

-Por que você se meteu nisso? – eu disse logo que ele me deixou respirar.

-Ele falou de você.

-Essa briga não era sua.

-Nem sua – Bia murmurou e todos entenderam a quem ela se referia.

-Uma vez, uma menina muito legal me disse que eu brincava com o coração das meninas – ele começou a falar. Sim, eu lembrava essa briga deles – E eu disse que eu não brincava. Sabe por quê? Porque as meninas sabiam quem eu era. Sabiam que eu não me envolvia seriamente. E Eu disse pra essa menina que um cara magoa uma menina quando ele finge ser o que não é.

Ela deixava algumas lágrimas caírem. Ele foi até ela e a abraçou. Olhei pra Lene e ela sorria. Talvez eu estivesse errada e ela nunca gostou dele. Ou ela já gostou antes, mas agora estava feliz sem ele. Mas ela estava bem.

-Você é um idiota – ele deu uma risadinha fraca

-Um idiota galinha e babaca, certo?

-Só um idiota... Um idiota que se mete em briga por minha culpa.

-Você não é a culpada – ele se soltou do abraço e passou a mão no cabelo dela – O culpado é o cafajeste que fez você chorar naquele trem.

-E agora?

-Me deixa cuidar de você.

-Não, Black... É você.

-Eu vou te provar que eu posso prestar.

-Não sei.

Ele a olhou bem nos olhos, a gente estava totalmente em silêncio. SIRIUS BLACK QUERENDO UM NAMORO SÉRIO. A gente não vê isso todo dia!

-Eu prometo prestar.