A Dama De Negro

“Eu ainda não bebi tanto”


Capítulo 26: “Eu ainda não bebi tanto”

Acordei com um pouco da claridade que vinha das janelas cobertas pelas cortinas. Eu estava apenas coberta com o lençol de Damon, e ele estava no mesmo estado que eu, e também acordando.

Olhei em meu relógio, que por alguma razão ainda continuava em meu pulso.

Eram dez e cinquenta e sete da manhã

Rebekah deve estar louca me procurando.

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- Bom dia. – disse Damon, com uma adorável cara de sono.

- Bom dia. Damon, eu tenho que ir. Já são dez e cinquenta e oito! Rebekah já deve estar surtando me procurando.

- Vista-se então. Eu te levo até a porta. – ele disse, pegando sua calça ao lado da cama e a colocando.

Vesti minhas roupas em um átimo de segundo, pegando todas as minhas coisas que estavam espalhadas pelo chão.

- Então, há alguma chance daquele seu namorado híbrido louco vir atrás de mim para arrancar minha cabeça? – ele perguntou enquanto descíamos as escadas.

- Não, eu já tinha terminado com ele algumas horas antes de ter transado com você. Você está salvo. – eu disse, descendo o ultimo degrau e deparando com Stefan no pé da escada. – Ah, bom dia Stefan. – eu disse cordialmente, passando por ele.

Vi quando Stefan direcionou um olhar incrédulo ao irmão e segurei o riso. Damon deu de ombros e continuou a me acompanhar até a porta.

- Então... Não vamos fazer disso uma grande coisa – eu disse quando ele passou ao meu lado.

- Leu meus pensamentos – ele disse.

- Além do mais, me procurará novamente em breve. – eu disse, nem um pouco convencida.

- Melhor esperar sentada. – ele disse e eu ri.

- Admita. Não consegue ficar sem sexo Original. – eu disse e ele levantou uma sobrancelha. - Sério? Rebekah em um dia e eu no outro? Boa sorte com isso. – eu disse e ele abriu a porta.

E demos de cara com Elena.

- Bom dia Elena. Até depois, Damon. – eu disse, saindo e deixando todos incrédulos.

Mal entrei em meu carro que estava estacionado na entrada dos Salvatore, não me pergunte como, meu celular começou a tocar.

E é claro que era Rebekah

- Bekah! Bom dia, darling! – eu disse descaradamente.

- ONDE É QUE VOCÊ ESTÁ? – gritou a voz dela do outro lado da linha

- Hey, calma. Já estou indo para casa. Em cinco minutos eu chego. – e desliguei.

Fui para a mansão, entrando e não encontrando ninguém.

- Bekah...? – eu gritei para a casa vazia.

- Ela saiu... – disse uma voz, vindo para onde eu estava.

Niklaus

- Sabe para onde ela foi? – eu perguntei fria. Ele olhou-me de cima a baixo, reparando que as roupas que eu estava usando são as mesmas de ontem.

- Não. Mas ela disse que voltava logo. – ele disse, ainda me olhando de cima a baixo.

- Então... Estarei no meu quarto. – eu disse e passei por ele, me dirigindo as escadas.

- Onde você estava? – ele perguntou, quando eu chegava à metade do caminho, subindo para o segundo andar.

Virei-me para ele, o olhando. Ele me fitava, com os braços cruzados e o cenho franzido.

- Desculpe, mas isso te importa?

- É claro que eu me importo. Sou seu namorado. – ele disse e eu soltei uma risada cheia de humor negro.

- Nada disso, querido. Você é meu ex-namorado. E como sendo meu ex-namorado, não te interessa onde eu passei a noite. – eu disse. – Mas vou ser boazinha com você, quer saber onde eu estava? Tudo bem, não diga que eu não avisei: Eu estava na mansão dos Salvatore, transando loucamente com Damon. – eu disse e eu vi seus olhos arregalarem de fúria. Subi e bati a porta do meu quarto, indo tomar um banho. A noite com Damon havia sido muito cansativa, e eu precisava tomar um banho e dormir um pouco.

Tomei um banho relaxante e coloquei um pijama e colocando uma máscara de olhos, deitando na minha grande cama branca.

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*****

- ISABELLA! – acordei com o grito de Rebekah, fazendo-me pular de susto.

- Rebekah? Mas... O que? Que susto, loira! – tirei a mascara, vendo a vampira loira que em breve estará morta me olhando, na frente de minha cama.

- Precisamos conversar. – ela disse. Eu abri a boca para contestar, mas ela me interrompeu.

- Não precisa me contar agora com quem você passou a noite. E eu sei que foi com alguém, porque nada deixaria Nik tão bravo daquele jeito. Precisamos conversar sobre uma coisa que eu descobri. – ela disse, pegando seu celular e colocando um vídeo.

- Descobriu o que? Que você é ótima em atormentar pessoas? Isso eu já sabia.

- Cala a boca e olha as imagens atrás de Elena, na parede. – ela mandou, vendo os desenhos que os nativos de minha época desenhavam nas grutas. Olhei para ela com uma cara de confusa.

- Os nativos contaram a história de nossa família, tudo, de quando nós viemos para cá, a sua chegada à vila, nossa transformação em vampiros... E quando Nik matou minha mãe.

- Tá, eles contaram tudo. O que tem?

- Olhe as imagens na parede oposta. – eu olhei e ela narrou

- O que é isto? – eu perguntei.

- A adoração nativa ao Carvalho Branco. – ela disse.

- Nós queimamos aquela árvore. – eu disse, me lembrando exatamente do dia.

- Olhe para as marcações que a precedeu. – disse ela e eu olhei. – Esse e o calendário nativo.

- O que isso significa? Isso não pode estar certo. – eu disse, vendo exatamente agora o que ela queria me dizer.

- Uma árvore de carvalho branco, 300 anos depois que fugimos para o velho mundo. Deve ter existido uma muda. Uma árvore nova para substituir a antiga. Aquela árvore pode nos matar. Não acabou, Isa.

- O que iremos fazer? – eu perguntei assombrada.

- Já estou cuidando disso. Encontre-me no Grill, daqui a pouco... Estou indo me encontrar com a prefeita. Eu tenho um plano. – ela disse e saiu. Ouvi a porta bater lá embaixo e ela sair.

Vesti-me e logo fui encontra-la.

Entrei no bar, encontrando com as duas pessoas quem eu mais ansiava ver, além de Rebekah, é claro.

- Damon e Stefan. Que maravilha. Agora sim meu dia ficou perfeito. – eu disse desgostosa quando os encontrei no bar, junto de Rebekah.

- Isabella. O que faz aqui? Veio me ver? – perguntou Damon galantemente. Idiota.

- Vim me encontrar com Rebekah, Salvatore. Não pense outras coisas. – eu disse, sentando-me ao lado de Rebekah.

- E a sua família cuidava dos registros de moagem na época? – perguntou Rebekah.

- Você faz muitas perguntas. – disse Damon, tomando um gole de seu uísque.

- Só estamos pesquisando a cidade. Crescemos aqui, afinal de contas. – eu disse, pegando o fio da meada.

- Sabe, não precisam disfarçar seus reais motivos. Se vocês querem um ménage, é só pedir. Quer dizer, eu já dormi com as duas. – ele disse, fazendo Rebekah ofegar e olhar para mim chocada. Passei as mãos pelo meu rosto. Meu dia estava péssimo, Rebekah me preocupou muito com essa história de outra muda de Carvalho Branco.

- Eu estava bêbada e com raiva, Salvatore. Não pense que fui por livre e espontânea vontade. – eu disse, colocando minha cabeça entre os braços e batendo-a no balcão.

- Não parecia que você foi forçada. – ele disse, presunçoso. Será que é tarde demais para eu arrancar sua cabeça?

- Espere, deixe-me entender. Você, Isabella, traiu meu irmão, Niklaus, e não ao contrário? Isa, isso não é coisa que se faça. – ela disse

- Não faça drama, Rebekah. E tecnicamente, eu não trai seu irmão. Nós tínhamos terminado algumas horas antes por causa daquela Barbie Vadia Vampira. Você estava ocupada demais prendendo Elena naquela caverna para ver os flertes de Niklaus. Ele seria até capaz de ir para cama com ela, se ela não fosse difícil. Então não me julgue.

- E Salvatore. Eu ainda não bebi tanto. – nós duas dissemos.

Rebekah pegou uma garrafa e serviu uma dose de uísque para nós duas

- Qual é, foi bom demais para serem tão hostis. – disse Damon e Stefan levantou. Mal educado.

- Perdoe meu irmãozinho. Ele está sedento por O positivo. – disse Damon.

- Não estou sedento. – disse Stefan, do outro lado. Bekah ocupou o banco do Stefan, ao lado de Damon.

- Então eles pegaram o assassino? – perguntou Rebekah, e eu entendi o que ela quis dizer, pois já havia captado a história em sua mente.

Pelo que parece, em 1912 houve um assassino em série em Mystic Falls, e os Salvatore querem descobrir quem é o assassino em serie de 2012.

E pela mente de Rebekah, ela quer descobrir onde estão os livros de moagem, que provavelmente contem o paradeiro da arvore de Carvalho Branco. E quem cuidava da moagem das árvores na época... Eram os Salvatore.

- Não, puseram a culpa nos vampiros. – disse Damon

- Talvez tenha sido um – eu disse, servindo minha dose de novo.

- Sim... Talvez tenha sido um vampiro, Damon. – disse Stefan, acusando o irmão nas entrelinhas.

- Não pense por um segundo que não o considerei, irmão. Mas não era o seu estilo, era? – disse Damon ao irmão. – E não havia outros vampiros na época. – disse Damon para nós.

- Bem, havia um outro vampiro. – disse Stefan. – Lembra da Sage? – disse Stefan ao irmão

- É mesmo... Sage. Falando em sexo bom... – disse Damon, bebendo mais uísque.

- Sage...? Esse não é o nome da... – eu perguntei para Rebekah.

- Sim, é. – ela concordou. – Nós conhecemos uma Sage. Coisinha desprezível. – disse Rebekah para eles.

- Acha mesmo que Sage matou todos aqueles descendentes? – perguntou Damon ao irmão.

- Os homens de Mystic Falls todos foram interrogados. Provavelmente não pensaram que poderia ter sido uma mulher. – disse Stefan.

- Eles eram tão machistas aquela época... – eu disse, pegando mais uísque, acabando a garrafa.

- Então, conte-me mais sobre seus ascendentes. – disse Rebekah, pegando a garrafa de minha mão.

*****

Logo substituíram a garrafa e eu fui pegar, mas Damon tomou de minha mão. Olhei feio para ele.

- Devagar, bebum, já foram uma garrafa e meia. – ele disse a mim. Eu já havia bebido tanto assim? – Mas é noite dos garotos, e vocês não foram convidadas. Vamos – disse Damon, no deixando sozinhas no bar.

- Idiota. – eu disse, pedindo outra garrafa ao barman.

- E você transou com esse idiota. – disse Rebekah

- Não, nós transamos com esse idiota. Mas temos que confessar, ele é bom de cama. – eu disse, tomando minha dose toda de uma vez, já altinha.

- Oh, yeah. – ela disse, pegando a garrafa de minha mão e tomando direto do gargalo.