A luz do sol irradiava o quarto onde Bianca estava.

A princípio ela ficou confusa, porque aquele não era o seu quarto. Era estranho.

Não totalmente, mas ainda assim, estranho para ela.

O ambiente era lindo, lógico. Cortinas de linho branco e dourado emolduravam uma grande janela, ao qual dava para uma sacada bem ornamentada com todos os tipos de flores e plantas agradáveis.

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O interior do quarto era branco e dourado, com revestimentos em ouro puro. Móveis... Tapetes... Até o enxoval de sua cama king size.

Ela desceu da cama absurdamente alta e se fitou em um espelho grande e volumoso.

Estava com uma fina camisola de linho branco, por onde seus cabelos castanhos levemente bagunçados emolduravam seu rosto confuso e atordoado.

Mas daí tudo voltou a sua mente... Seu pai fora sequestrado. Ela fugira da escola após beijar Jason...

Jason.

- Senhor, os batimentos do objeto aumentaram. Não podemos progredir assim...

- Prossiga!

E agora estava na casa de Ezio, Ezio Auditore. O seu ancestral maluco que havia voltado à vida e feito a sua própria virar de cabeça para baixo.

Bianca fora para a casa dele no dia anterior e depois de um dia de descanso e perguntas (nem todas respondidas), o cara havia dito que ela começaria seu treinamento como Aprendiz.

Ela ainda não havia se dado conta de como iria fazer isso... Principalmente da noite para o dia, mas...

- Será que alguém pode me trazer mais adrenalina? O objeto não está compelindo com o artefato!

Uma batida ressoou na porta. Bianca pulou e virou-se timidamente.

- Bianca? – Uma voz familiar entoou através da grande porta branca e dourada. – Está acordada?

- S-Sim – Ela tremeu. – Só um minuto.

- Aguardo você em minha sala, carissima.

Bianca se trocou rapidamente e desceu até o escritório de Ezio, onde este lia um livro bem interessado.

- Impressionante como este Julio Verne prevê coisas tão impossíveis, não é mesmo? Se eu não tivesse visto a própria Minerva em pessoa, duvidaria de todos esses fatos.

Bianca suspirou.

- Com o tempo, sua crença fica mais fácil de ser manipulada.

Ezio ergueu as sobrancelhas com um sorriso torto.

- Impressionante como você é muito madura para uma menina de dezesseis anos. – Ele sorriu. – Gosto disso.

Ela deu de ombros.

- Acho que você havia mencionado algo sobre... Treinamento?

Ele sorriu.

- Sim, querida. Bem, nós temos todo o tempo do mundo, não é mesmo? Por enquanto, você terá aulas teóricas.

Ela franziu o cenho.

- Como assim?

- Tudo a seu tempo, Bianca. Agora venha. Estamos atrasados.

Bianca passara o resto do dia aprendendo a história oficial da Irmandade. Por incrível que pareça, ela gostou. Tantos nomes, tantas revelações... Ao mesmo tempo em que tantos desastres.

A cada dia que passava daquela semana, Bianca possuía aulas teóricas de manhã e práticas a tarde. Uma tarde, ela estava com Ezio no grande pátio central de sua mansão, aprendendo a técnica com uma nova arma.

- Já ouviu falar em metralhadoras, Bianca?

Ela assentiu.

- São armas incrivelmente potentes e quase impossível de domá-las.

- Exato. Como o seu futuro está tão a frente da minha realidade, tomei a liberdade de... Criar algo.

Ela permaneceu quieta. Estava excitada demais para observar. Queria praticar.

Ele pegou duas luvas pequenas e discretas e as colocou nas mãos de Bianca. Ela observou confusa.

- Essas aqui são as Hidden Guns. Uma versão mais evoluída da minha antiga arma. Por que não testa?

Bianca virou-se para um alvo e experimentou as luvas. Felizmente, elas eram camufladas e facilmente disfarçadas. Sentiu dois mini gatilhos em baixo de seus dois dedos mínimos.

Relutante... Ela os apertou.

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Uma chuva de balas altamente pequenas (mas excessivamente mortais) devastou os alvos e Bianca recuou assustada.

Ezio apenas riu.

- Você acaba pegando o jeito. Mas, isso é bom para um começo.

- Hidden Guns... Então era isso. Tecnologia avançada.

- Nós temos melhores. Continue

Depois de dias de treinamento, Bianca finalmente estava pronta para o combate. No dia anterior a invasão da Fortaleza 43, Ezio havia viajado.

- Estarei esperando você em nossa casa.

E com isso, saiu, como se fosse para um evento muito importante e não possuísse hora para voltar.

Ela não entendeu muito bem tudo aquilo, mas decidiu ir para a cama cedo. No dia seguinte, tudo poderia acontecer. Tanto ao seu favor... Quanto contra.

- Senhor, o objeto está resistindo novamente. O programa está recuando.

- Não o deixe recuar, insolente! Precisamos dessa informação. Adiante!

Bianca acordou disposta e incrivelmente com um sorriso no rosto. Ela estava confiante de que tudo poderia dar certo. Afinal, seu pai precisava dela. Ela o salvaria.

Depois de dois meses de treinamento, Bianca estava finalmente pronta para a ação. Possuía medo, lógico. Mas ainda assim...

- Precisamos de mais sedativo! O objeto não quer cooperar.

- Insira mais! Precisamos disso!

- Senhor, eu sinto muito. Isto é o limite. Vamos perder o objeto.

- Não, não podemos. Isso é importante! Não o deixe resistir.

- Vou tentar avançar com o programa... Pode ser perigoso, mas é o melhor que posso fazer.

- Faça o que for necessário. Mas obtenha a informação.

Bianca foi para a garagem e nele encontrou o carro que dirigiria. Um Land Rover.

Entrando no maravilhoso carro, ela recebeu uma...

- O objeto não coopera. O programa está requerendo sedativo. Vai matar o objeto!

- Então de mais sedativo!

- Senhor...

- Precisamos dessa informação, idiota! Não podemos perder isso. A invasão está a ponto de ser revelada, não podemos andar para trás!

- O que faremos então, senhor?

- Avance com o Animus. Não me importa se isso irá machucar o objeto. Precisamos disso. Lute contra.

- Posso tentar, mas... O objeto resiste muito bem.

- Então lute contra ele. Faça-o enlouquecer. Mate-o se preciso. Ainda teremos suas memórias.

- Está bem, senhor. Iniciando os exames com o Animus.