Aquele Ultimo Ano...

Capítulo 36 Atitude Repentina


– Capítulo Trinta e Seis –

Atitude Repentina

Draco sabia que esse julgamento aconteceria querendo ou não, e ele também sabia que o seu pai seria condenado e novamente tudo ficaria nas suas costas. Draco assumiria a cadeira de conselheiro do ministério, os negócios da família, teria que dar apoio a sua mãe, em outras palavras ele teria de ser coluna.

Precisava de Gina ao seu lado e ele agradeceu mentalmente por ela ter aceitado ser sua esposa, as coisas seriam mais fáceis com ela por perto, e talvez até ser uma companhia para sua mãe, que Draco sabia que Narcisa por mais que não demonstrasse, ela ainda não havia digerido muito bem a história do casamento.

Como não queria atormentar Gina com os seus próprios problemas decidiu que não contaria a ela ainda sobre o julgamento, além disso, ela precisava de concentração e treino para mostrar as suas habilidades para a capitã das Harpias.

- De novo Gina! – gritou Draco que estava voando em sua vassoura para defender os aros no campo de quadribol.

- Eu estou cansada. – reclamou Gina ofegante – Preciso de um tempo Draco.

- Eu já vi um treino das Harpias e elas jogam pra valer, como se tivessem em um jogo normal. – disse Draco cruzando os braços e fazendo cara de desafio para Gina – Além disso, eu sou apanhador e não goleiro, então eu acho que não deveria ter agarrado metade das suas bolas, tem alguma coisa errada ai, ou alguém não está se esforçando.

- Você é rápido. – disse Gina indignada.

- E você uma grande artilheira. – disse Draco sério – Você não deve pensar em ser mais rápida do que eu, e sim, em ser mais esperta. Eu sempre disse que os Grifinórios são péssimos estrategistas...

- Eu vou acabar com você Draco! – exclamou Gina lançando a goles com raiva no rapaz, que agarrou com apenas uma mão.

- Você deve querer acertar os aros e não a mim. – disse cínico jogando novamente a goles pra ela – Você sabe qual é o problema?

- Sei. – disse Gina irritada – Você me intimida.

- Intimidar também dá certo. – disse Draco – Mas ser esperto funciona muito mais e é menos cansativo também.

Gina girou os olhos e começou a voar pelo campo em direção aos aros, fez menção de jogar a goles no aro esquerdo, mas mirou no aro do meio e fez dez pontos.

- Parabéns! – disse Draco satisfeito – Você usou o olhar para me enganar, é disso que eu estou falando.

- Podemos parar um pouco? – pediu Gina e Draco assentiu.

Eles pousaram e Gina se jogou na grama e fechou os olhos, estava ofegante e completamente suada, ela queria ficar ali por um bom tempo sem pensar em nada.

- Porque não deita aqui comigo Draco? – perguntou Gina ainda de olhos fechado, mas, ela sabia que o loiro estava de pé olhando pra ela.

- Estou bem aqui de pé. – disse ele naturalmente – Não estou cansado.

- Como você consegue?

- Consegue o que?

- Nem tá suado. – disse Gina abrindo os olhos para olhar pra ele, seus cabelos estavam impecáveis.

- Claro que eu suo.

- Não. – disse Gina se levantando para ficar de frente a ele – Você transpira, é diferente.

Draco a olhou confuso, mas, não disse nada.

- Eu tenho reparado que você tem andado meio preocupado. – disse Gina mudando de assunto – Aconteceu alguma coisa?

- Nada com o que você devesse se preocupar. – disse Draco com um sorriso torto.

- Agora que somos noivos e escolhemos passar o resto da vida juntos, eu acredito que os seus problemas também sejam os meus. – disse Gina firme – Então se alguma coisa te perturba você tem quem me contar, e tenho certeza que você ia me forçar a contar se fosse comigo.

- Você tem toda razão, eu só não quero te atrapalhar agora que precisa se empenhar nos treinos. – disse Draco cansado.

- Me conta agora o que está acontecendo. – exigiu Gina.

Draco deixou escapar um suspiro e passou as mãos pelos cabelos.

- Recebi uma carta explicando que o Lúcio será julgado no final de abril. – disse Draco calmamente.

- Não pode ser. – disse Gina preocupada – Porque tão rápido? Eles acharam provas? Testemunhas?

Draco não entendeu porque Gina agiu daquela forma, afinal de contas, Lúcio nunca a tratou bem.

- Eu ainda não sei. – respondeu Draco – Não precisa se preocupar com isso, todos nós sabemos que ele será condenado.

- Mas Draco. – disse Gina aflita – Isso não vai ser bom, quero dizer, pra sua mãe e pra você.

- Você realmente se importa?

- Mas é claro! – disse indignada – Você é meu noivo.

- Você ficaria satisfeita se não encontrassem provas contra o Lúcio? – perguntou Draco levantando uma sombracelha – Mesmo sabendo tudo o que ele fez?

- Ficaria. – disse Gina firme – Ele é o seu pai e mesmo que ele não goste de mim, temos que defender a nossa família. – ela abraçou Draco que retribuiu o abraço ainda confuso – Quer saber? – disse ela o fitando nos olhos – Tenho certeza que o Sr. Malfoy apoiou o Lord das Trevas, porque não tinha saída.

- O que quer dizer? – perguntou Draco desconfiado.

- Faça alguma coisa Draco. – disse Gina séria o encarando – Tenta livrá-lo da prisão.

- Como você quer, que eu faça isso? – perguntou Draco.

- Você tem dinheiro. – disse Gina naturalmente – Compre algumas pessoas, as façam ficarem ao lado do seu pai.

- Você não está falando sério. – disse Draco esperando que Gina gritasse “surpresa, essa é uma pegadinha”.

- Ele é avô dos meus futuros filhos. – disse Gina séria – Acredite eu quero o bem dele.

- Nunca pensei que você fosse ter uma atitude assim. – disse Draco, ele não estava decepcionado, só estava surpreso.

- Isso é o que dá andar com sonserinos. – disse dando um sorriso irônico – Acho que me enturmei.