E Se Não Tivéssemos Ido Para Os Jogos?
A pior tragédia que poderia acontecer
Já de pé eu estou com as minhas forças, minha mãe corre pra fora da sala e eu e Cato vamos atrás dela. Não há ninguém por ali e ela está com a foice na mão. Ela se vira pra nós dois e consigo ver o brilho de seus olhos... ela está chorando. Seus tiques estão voltando e ela é tão rápida que me prende apontando a foice para meu pescoço. Se eu me mover, eu morro.
- Filha eu só quis o seu bem... - ela sussurra em meu ouvido.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Isso não é o bem.
- Clove... - diz Cato.
- Fica quieto, não faz nada. - ela diz pra ele. - Se você fizer alguma coisa eu mato ela.
Cato engoilu em seco, estava com as mãos atadas... não literalmente.
- Filha... vou fazer isso rápido, prometo.
Eu não posso me mover nem ao menos engolir ou respirar direito, vou morrer se me mover.
- Mãe... me ouça... você sabe que se fizer isso você vai ser presa.
- Eu sei mas você estará em um lugar melhor e não vai sofrer.
- É mas e você? Vai sofrer no manicômio e ficar com a consciência pesada porque eu não quero morrer... mãe me deixa ir, nós ficaremos bem.
- Não! - ela berra e eu consigo ver algumas pessoas se aproximando e os passos dos Pacificadores de longe. - Eu preciso fazer isso... seu pai queria isso. Ele falou pra eu cuidar de você quando ele partisse...
- Quais foram as últimas palavras dele?
- Ele pediu pra eu parar, que eu não devia matá-lo mas ele tinha que pagar pelo que fez.
- Sra. Fuhrman... - disse Cato e rapidamente o foco virou ele. Minha cabeça e a da minha mãe viraram na direção dele... meu pescoço começou a doer. - pode ter sido horrível o que ele fez mas isso não era a melhor saída...
- Ele tinha que pagar. - suavoz falhou, sentia as lágrimas caindo nos meus ombros.
Os Pacificadores, médicos e outros fofoqueiros estavam nos cercando.
- Nós sabemos, mas a culpa não é minha muito menos da Clove dos atos do seu ex-marido. Sei que ele e a minha mãe...
- Aquela vaca.
O-ou.... Não vi uma feição bonita no rosto de Cato.
- Tá, chega. Eu DESISTO! - Catp empurrou ela no chão e fez com que a foice caisse e eu caísse junto com ela. Mordi o braço dela e me soltei, peguei a foice e num golpe rápido pus o pê sobre o peito dela e apontei a foice para seu rosto.
- Clove. - disse Cato, olhei pra ele. Cato assentiu. - Faça o que acha que deve fazer, ela merece.
Olho pra ela e relembro de tudo desde que posso me enteder como filha dela. Lembro dos abraços, dos beijos, dos carinhos e agora eu estou com uma foice apontada pro rosto dela, com o pescoço totalmente dolorido e suando frio. Sim, eu devia matá-la pelo que ela fez, pela loucura mas não posso... ela me criou, ela me instruiu ao bem e agora ela precisa de mim mais do que nunca. Não posso sujar minhas mãos de sangue a matando, seria um peso enorme na consciência e meu coração doeria tanto...
- Mãe... - digo engolindo o choro.
- Clove, nós podemos resolver isso.
Me rendo, estendo a mão pra ela e a ajudo a levantar. Ela se agarra a mim com um abraço de urso, nunca me senti tão bem! Eu me senti bem... mas espera... as luzes... tudo estava tão diferente... estou começando a passar mal... tusso nas costas dela e vejo sangue.
- AFASTEM ELA DA GAROTA! - ouço gritos e espantos, só sinto algo saindo da minha cintura... estou sangrando! Ela quis me matar! Não... eu... eu não aguento tudo isso.
Estou prestes a morrer.
Cato
Empurro a mãe de Clove longe e corro com os médicos que a carregam numa cadeira de rodas. Clove acabara de levar um corte na cintura, ela estava jorrando sangue. Apertei a mão dela e fui até onde pude.
- Cato... - ela sussurrou enquanto tentava respirar.
- Vai ficar tudo bem, eu prometo... eu te amo. - digo chorando e vejo Clove entrar acompanhada de médicos na sala de operações. Soco a parede com tanta força faço quase um buraco.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Vejo o amigo de Clvoe vindo na minha direção.
- Cara... o que aconteceu?
- A mãe vagabunda da Clove deu uma facada com uma foice... uma foiçada? Na cintura. - digo engolindo choro.
- Ai meu Deus. - ele diz. - Não... cara a mãe dela me trancou no banheiro. Cadê a Clove?
Aponto pra sala de operação.
- Já?
- Foi tudo muito rápido.
Fito o chão e vejo alguns pingos de sangue, uma servente vai limpando tudo aquilo.
- É melhor você beber uma água e se acalmar um pouco.
- Não... eu vou esperar ela sair.
- Ela não vai sair dalí nem tão cedo. - ele dá dois tapinhas nas minhas costas e eu grito. - O que foi, o que eu fiz?
- A mãe da Clove tacou água quente nas minhas costas e queimou.
- Eita... desculpa. Vamos logo lá, você tem que se acalmar.
Clove. Ela tá morrendo... perdeu muito sangue em pouco tempo... se ela morrer do que mais vou fazer? Odeio minha mãe e tenho que suportar a cara da mãe dela...
A mãe dela.
Faço questão de correr obrigando o amigo da Clove a andar nos meus passos. Corro pra saída e vejo os Pacificadores algemando a mãe da Clove e batendo com porretes nela. Eu sinto uma alegria de ver a dor dela. Logo depois é levada pra dentro de um carro dos Pacificadores rumando ao manicômio.
- QUE O DIABO TE CARREGUE! - grito.
Vou pra dentro do hospital e bebo água, tento me acalmar mas não paro de pensar na Clove abraçando a mãe dela e levando aquele corte.
- Cara. - diz Leance. - Você que é o Cato, não é?
Assinto.
- Sou o Leance. Olha eu sei que é difícil nem eu consigo acreditar mas... vamos pensar positivo, tá bom? Ela vai sair de lá, melhor do que nunca, ironizando tudo e todos e dando os olhares ameaçadores de sempre.
Lembrar de tudo isso me bateu uma saudade.
- Assim eu espero.
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