Together

Without time


- Você estava vivo, por todo esse tempo? - Houve apenas um segundo para que ao choro de felicidade se transformasse em choro de raiva. - Você me deixou pensar que estava morto, deixou-me sofrer, deixou-me sozinha. Descumpriu sua promessa... E NÃO ESTAVA MORTO? - Ele pareceu olhar para os lados e seu famoso rosto pensativo surgiu. - Não faça essa cara de “estou pensando” Sherlock Holmes! Eu passei um ano, UM ANO sofrendo por sua causa, achando que nunca mais o veria... EU VOU MATÁ-LO AGORA MESMO!

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- Jennifer... Antes que você me mate, e eu deixarei que faça isso depois, o que está errado nessa cena?

- Que tal o meu namorado morto estar em carne e osso, na minha frente, no topo do... - Há quanto tempo mesmo estamos no topo?

- Você não perdeu suas habilidades, pelo que vejo.

- O que está acontecendo? - Ela perguntou.

- Eu sei que você sabe. Moriarty me enganou, pela ultima vez e eu... Bem, ainda não consegui vencê-lo.

- Você precisa da senha. - Isso surpreendeu o homem.

- Sabe mais do que achei que soubesse, pequena. - Quando ele a chamou assim, a ficha finalmente caiu. Era ele, era seu Sherlock. Ela não se demorou mais que um segundo para jogar-se aos braços do homem que sempre amou, não se esquecendo da raiva que estava. Ele a acolheu com carinho e, o abraço, que parecia ser tão surpreendente para Holmes, era a melhor coisa do ano.

Para ambos.

- Conheci um dos assassinos de Jim. - Ela disse. - Nada amigável.

- Devo imaginar. - O homem respondeu.

- O que você acha que devemos fazer? - Disse a menina.

- Sobreviver. - E apontou para Davis e Lionel ao longe.

- Ah, isso era só o que me faltava. - O brinquedo chacoalhou. A cabine que Sherlock e Jen estavam parecia mais frágil que qualquer outra no local. Aliás, era a que estava mais ao topo.

- Não me diga? - Disse Jennifer, furiosa. - Eles estão trabalhando juntos. Só falta o filho daquele imundo do Jim estar metido no meio. - Sherlock sorriu:

- Ele é o cabeça da jogada. - Jennifer não pode deixar de rir, sem animação nenhum, mas riu.

- E eu queria vida fácil.

- Prometo te tirar daqui com vida, minha pequena. - Ela o encarou.

- Me prometa que você vai sair com vida junto e então podemos conversa novamente. - Ele riu, concordando. O brinquedo começou a funcionar novamente, contudo, quem controlava era Davis, não o homem velho que Jennifer havia visto antes.

- Ele vai me matar. Bem, qualquer um deles, o que colocar as mãos em mim primeiro. - Disse Mars, olhando para o chão, que estava cada vez mais perto.

- Eu não vou deixar isso acontecer.

- Você não tem muitas escolhas, Holmes. - Disse Jen, sarcástica. Ela ficou na porta que dava para onde Davis e Lionel estavam. - O que você vai fazer é: usar a porta de trás e dar o fora daqui. Ambos sabemos que vai acontecer se descobrirem que você está vivo. Terei alguns snipers a mais para me preocupar e, sendo que tenho um alvo na cabeça e três assassinos diferentes querendo ela em uma bandeja, eu não tenho como enfrentar mais alguém. - Holmes não pareceu concordar, colocando-se a frente de Jen. Mars o empurrou, jogando-o na porta, furiosa.

- Você é surdo? Sherlock, eu vou ficar bem, prometo. Encontre-me daqui uma hora no 221B. - A cabine do casal seria a próxima a parar. Sherlock estava preparado para correr, assim como Mars para brigar. Lionel e Davis nem saberiam o que os tinha atingido.

Ou era assim que ela esperava.

- E Sher... - O homem se virou para ela, olhando seus olhos azuis preocupados. - Se você não aparecer, eu juro que te mato. De verdade dessa vez. - Ele riu.

- Fique bem, minha pequena. - E então, as portas se abriram.

Sherlock conseguiu fugir sem maiores preocupações. Bem, afinal, ele teve de pular no tamisa, contudo, fora esse pequeno problema - que nem é tão grande assim - ele ficaria bem.

Se não morresse de pneumonia.

Seria uma morte hilária, Mars iria tirar um bom sarro com ele, e ele sabia disso.

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Por outro lado, com Jen, a história foi diferente. Quando a porta se abriu e ela escutou o corpo de Holmes chocar-se com as águas escuras e impetráveis do tamisa, ela abriu um sorriso de escárnio, deu uma risada, encarou os olhos de ambos seus perseguidores e disse:

- Vocês não têm noção de com quem estão comprando essa briga. - E saiu da segurança da cabine.

O primeiro que tentou um ataque direto foi Davis. Jennifer desviou, atacando o estomago, deixando-o impossibilitado de lutar por alguns - infelizmente poucos - minutos.

Lionel, ao contrário de Davis, tentou uma abordagem mais... Segura. Ele decidiu que uma arma faria Jen se comportar melhor que alguns ganchos de direita.

Isso só prova que Lionel era o que menos conhecia Jennifer dos três malucos que a queriam morta. Jennifer riu, agarrando o braço do homem e torcendo, fazendo com que a arma caísse no chão e disparasse. Por sorte o tiro não acertou ninguém a não ser o vidro da cabine que Mars estivera há poucos minutos. Com o serial killer desarmado, Jen o incapacitou por mais tempo que Davis, pelo menos, usando um antigo ataque que aprendeu com John: com o braço que ela havia torcido para arrancar-lhe a arma, Mars puxou o ruivo para perto, acertando a boca do estômago, provindo ele de ar e fazendo-o perder a consciência. Porém, Davis, que não tinha ficado tão atordoado quanto Lionel, atacou Jennifer por trás, fazendo que a garota caísse no chão.

- Você está acabada, Mars. - Disse Davis, baixinho, apreciando cada palavra.

- Vá pro inferno! - Mars gritou acertando a região íntima de Turner com uma joelhada. O homem caiu para o lado, saindo de cima de Jennifer e ela se levantou calmamente, tirando a sujeira do short claro. - E depois dizem que eu não sei me defender. - Virando a cara, se pos a caminho da rua, em busca de um táxi, desejando que pudesse aparatar no 221B.

“É bom que Holmes já esteja lá.”