Os Cahill... No Brasil

Cap 21 Efeitos colaterais


Mary

Estava tonta. Me sentia fraca e desorientada, como se tivesse recebido um baque muito forte na cabeça. Abri os olhos e vi onde eu estava. Estava deitada em uma maca alva e a sala era metalica com uma janela de vidro que dava para um tipo de cabine cheia de botões. Na cabine tinha um homem que nunca vira na vida. Era gordo e pançudo. Mechia na tal mesa cheia de botões freneticamente.

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- Acordou, Maria Luíza?

Virei para trás e a encontrei.

- Olá, Meredith.


Contei a eles sobre a minha 'calorosa recepção' e os informei sobre Cyrus. Se um gordo britânico resolveu tirar a pança da Inglaterra por um projeto em Brasilia, queria dizer que aquele tal projeto (que sou eu) vale algo.

Informei que as unicas pessoas que obtive contado fora Cyrus e Meredith e que o unico lugar que vira por 7 meses fora aquela sala.

- Agora vá dormir.

- Certo... Aonde? - perguntei confusa para Cyrus. Para um Vesper ele não era tão mal. Estremeci. Me lembrara que eu também era uma Vesper.

- Nesse tanque. - Meredith bateu a ponta do salto em um tanque de vidro que mostrava um liquido indeterminado verde num canto obscura da sala.

Olhei para Cyrus.

- Ela não está falando sério, ou está? - perguntei, descrente.

- Está, querida. Melhor você ir logo...

- Antes que seu tempo acabe. - Meredith completou andando até mim com o seu decote eternamente vulgar. - Já alicamos o soro em você e tem 80% de chance de você morrer se não entrar nesse tanque imediatamente. - ela sorriu, macabra.

Olhei novamente para Cyrus. Ele assentiu.

Em passos lentos fui até o tanque e entrei no mesmo. Assim que me deitei, por um momento me sentira em estado de afogamento. Mas logo depois: dormi.


Falei sobre como eu tinha que dormir todo dia em um tanque com um liquido mal indentificado.

- Credo. Como você respirava lá dentro? - Amy perguntou curiosa.

- Bem, não sei ao certo mas creio que... - e comecei uma enorme explicação que deixou uma Amy maravilhada e um Dan estremamente confuso. - E também tinha testes. Testes para ver meu desesmpenho.

- Testes? - os dois pergutaram em uma só voz.

Acordei naquela mesma maca novamente. Seria um deja vú? Então reparo: estava completamente despida.

- Maria Luiza, iremos começar hoje... - Cyrus informou enquanto entrava na sala metalica acompanhado de Meredith.

- Começar o que?

- Seus testes. - Meredith respondeu sorrindo.

- No começo era horrivel. Sempre me feria gravemente e se eu não desse o resultado que a Meredith quissesse eu era... punida. - tremi na base com a lembrança. - Mas com o tempo fiquei melhor que o esperado.

- Parabéns você já melhorou bastante. - parabenizou Cyrus enquanto entrava na sala logo após mais uma seção de testes.

Já havia se passado um mes, diria. Não tinha noção do tempo, sintia que eles me botavam para dormir por dias naquele tanque.

- Não foi ela que melhorou. - Meredith chegou informando. - Fora o soro que aprimorei.

Cyrus faz uma careta engraçada para Meredith e diz:

- Claro. Aprimorou para a morte da menina!

- Cumé que é? - implorei silenciosamente para que Cyrus estivesse mentindo.

- Nada. - dito isso, Meredith me empurrou para dentro do tanque.

- E temo que essas melhoras sejam também causas do meu partir. - acrescentei assim que falei sobre minha incrivel força, inteligência e tudo que eu tinha de 'aprimorado' em relação aos outros humanos. "Um ser humano melhor..." - Cyrus comentara.

- Como é? - o semblante de Dan ficou sombrio.

Lembrei-os que, como já havia avisado anteriormente, o soro limitava muito o ser humano. Quanto maior o poder, menor o tempo de vida. Eu já tivera chances de morrer aos meus 14 anos, mas ali estava eu na frente deles.

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- Só estou viva por um motivo.

- Qual? - Amy me observava com um olhar tão devorador quanto quando ela ia um livro.

- Pode me explicar tudo, Cyrus. - disse deitada enquanto ele aplicava uma injeção na minha coxa. - Como assim eu vou morrer?

Minha pele estava ficando mais clara ou era imprensão minha?

- Preste atençao. O soro que aplicamos tem um efeito muito forte. - ele começou a tirar as luvas de barracha. - Você pode fazer coisa que nenhum outro humano faz. Nós... Melhoramos sua éspecie.

- Ok, isso eu sei. - sentei na maca sentindo a coxa dolorida. - Mas... - mechi as mão pedindo continuação.

- Nós ultrapassamos o limite do seu organismo, Maria. Quanto maior o poder, menor o tempo de vida. Você tem boas chances viver mais um ano no máximo.

Fazia dois meses provavelmente que estava ali e a unica pessoa com quem eu conversava era o cientista Cyrus. Já tinha completado meus 14 anos. Ótimo, teria novamente data marcada pra partir.

Naquele momento fizera um voto de silêncio enquanto não saísse daquela sala. Se um dia eu saísse...

- Por isso você necessita dessas injeções constantes e dormir em um tanque. - ele começou um falatório sobre como eu era limitada, mas só aquela frase me foi importante.

- Então... quer dizer... - Dan começou a balbuciar coisas incompreensiveis.

- Não é perigoso você ficar aqui? Sabe, sem tudo aquilo que os Vespers tinham para mante-la viva. - Amy não parecia realmente preocupada, o que me instigou.

- Não, acho que por enquanto tudo bem. Ele falou que tenho um ano ainda e... - não consegui terminar a frase.

Estava de joelhos tossindo muito. Sem parar. E da tosse saia sangue. Amy ficou apenas parada me observando atentamente enquanto Dan foi até mim e ficou passando a mão na minha costa fazendo a pior pergunta que podia se fazer.

- Meu Deus, Mary, você está bem?

A tosse ensanguentada parara. Passei o braço na boca para limpar o sangue que escorria enquanto me levantava.

- Estou ótima... - disse apenas e passei pela porta deixando os dois atrás de mim.

Estava caminhando pelo corredor e fui até o meu quarto. Cheguei no espelho e olhei para a mais nova eu. Branca, surper-humana, ensanguentada.

Odiava aqueles efeitos colaterais. Que me deixavam tonta, que me deixaram albina, que me deixavam fraca, apesar de o soro me tornasse uma pessoa forte.

Passei a mão pelo meu novo cabelo deixando o meu prorpio sangue o tingir. E então me sentira tonta.

Escuridão.