Pavões Albinos - Malfoy Family

43. QUEDA DO DRAGÃO.


Narcisa estava doida para que o natal chegasse, e quando a data finalmente apareceu, ela já tinha as malas prontas.

Queria ir para casa, teria uma semana para ver o que fizeram com sua futura mansão.

Estava também com muitas saudades de Lucius, conversas apenas por carta a deixava nervosa.

Fora que Lucius andava meio superficial em suas linhas escritas.

E ela não podia deixar isso acontecer. Tinha como meta fazer o homem gostar realmente dela como mulher, e a ultima coisa que permitiria é que o que eles iam mantendo, esfriasse.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Lucius tinha ido um dia antes a mansão.

E trazido suas coisas. O trabalho deles ali tinha sido fantástico, era a imagem clara do que Narcisa queria.

Naquela ultima noite, ele tinha dormido muito mal.

Não era nada relacionado com o fato de estar saindo para reuniões e ate mesmo tendo que agir com o grupo do lorde das trevas, aonde chegava sempre tarde em casa.

O problema era outro.

Ele simplesmente não conseguiria fazer como Voldemort sugeriu: declarar o que tinha feito para Narcisa, e ela que se ferrasse.

Ele não era assim. E se preocupava com ela. Preocupava-se com o fato de decepcioná-la.

No outro dia, estava aguardando a moça na estão.

— Que saudades! — ela disse o abraçando.

Lucius correspondeu ao abraço, mas Narcisa notava com clareza que algo estava acontecendo.

Os dois foram juntos ate a casa da menina, chegando lá Lucius avisou que tinha algumas coisas para resolver e de noite passaria ali para busca-la e levar ate a mansão.

Saiu dali sem ao menos um abraço.

Claro que estavam na frente dos pais de Narcisa e Lucius respeitava bastante os dois. Mas dai ser completamente frio era demais.

A cabeça da menina começou a criar possíveis motivos para esse afastamento. Talvez Lucius estava com outra mulher, ele nunca jurou fidelidade a moça enquanto namorassem.

Mas disse que se esforçaria para evitar fazê-lo.

De qualquer forma, hoje à noite Narcisa tentaria descobrir as razões do noivo.

Narcisa passou o resto dia decidindo com sua mãe todo cardápio do casamento, junto com algumas decorações exclusivas.

Ela queria ter tudo.

Como era um costume no mundo bruxo, o casamento era feito pelo lado mais interessado na união.

Os trouxas tem um costume de apenas a família da noiva arcar com os gastos maiores.

Mas nesse caso, os Malfoy já tinha deixado claro o desejo por “bancar” toda cerimonia, juntamente com a decoração e claro, a lua de mel.

Os Black se responsabilizaram pelos convidados, devida a grande influencia e família igualmente grande. E pela refeição.

De qualquer forma, a ultima palavra era sempre de Narcisa. E com isso, a moça estava fazendo questão de gastar o máximo possível.

Quando a noite chegou, trazendo Lucius ate a casa dos Black. Narcisa já não estava tão feliz. Bastava olhar para a cara do noivo, que seu humor desandasse.

Estava temerosa.

Quando aparataram frente à mansão, a diferença já era vista.

Os campos estavam bem mais limpos e com pequenas arvores redonda e com flores de uni cor.

Quando a porta principal foi aberta, ela tinha certeza que estava entrando em outro lugar.

Os quatros voltaram aos seus postos, mas com molduras diferentes combinando com todo resto.

A mansão mantinha seu estilo rustico e melancólico. Mas estava combinada e linda.

— Merlin... — ela murmurou.

— Ficou lindo né? — Lucius perguntou.

— Ficou ótimo.

Eles sentaram-se à mesa de jantar, aguardando a refeição.

Não tinha assunto, Lucius olhava para o anel em sua mão direita, anel semelhante ao da moça a sua frente.

Narcisa por sua vez olhava Lucius.

Que em momento algum tinha se preocupado em dar-lhe atenção na mesa.

O jantar foi silencioso, Narcisa se quer tocou no prato.

— Não vai comer? Sabe, não estou a fim de me casar com um saco de ossos.

— Estou sem fome.

— Pensei que estaria feliz ao ver que a mansão ficou do jeito que você queria, desse jeito fica difícil te agradar Narcisa.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Esta divagando Lucius, sabe que eu te conheço? Vejo-te desde que me entendo por gente, ando com você desde meus onze anos. Estamos juntos desde meus treze... Te conheço. E sei que esta acontecendo algo.

Ela disse sem mais delongas.

Lucius afastou a vasilha de sobremesa.

— Não sei nada sobre o que esta falando. — disse a olhando.

Era um tipo doloroso de arrependimento. Não, não arrependimento. Apenas um remorso. Afinal servir ao lorde das trevas era prazeroso, mas olhar as esferas azuis e sinceras que eram os olhos da sua noiva e saber que a enganara o fazia sentir-se mal.

— Acha que sou uma idiota? Pensa que pode simplesmente me enganar? Esta nítido sua mudança, ate mesmo nas cartas. Hoje a me ver. Agora no jantar... Esta me traindo Lucius?

Ele deu uma risada sem humor.

— Não estou te traindo, ok? Pode respirar aliviada. Ainda estou paciente e daqui alguns meses vamos nos casar.

Narcisa respirou mesmo aliviada. Lucius nunca mentiria sobre isso, se a tivesse traindo, falaria e pronto.

— Então o que é?

— Nada.

— Malfoy sei que algo aconteceu, sabia que a pessoa fica muito mais aliviada depois que desabafa?

O rapaz passou as mãos no rosto, fechando os olhos.

— Faltou ver o quarto que será nosso. — ele disse com voz cansada.

Ao abrir os olhos, Narcisa já estava de pé.

— Vamos então. — disse com voz fina e seca.

O quarto estava excedendo as expectativas. Narcisa pensou que o decorador seguiria suas regras e como o resto da casa, tudo ficaria a seu jeito. Mas esse local tinha algo diferente, especial.

Era um dos maiores cômodos da casa. A cama era enorme, numa madeira enegrecida e pilares que caiam um tecido verde escuro e luxuoso.

Além de alguns depósitos, tinha uma grande poltrona frente a um tapete magnifico, ambos combinando com uma lareira.

Além de duas portas, uma para o closet, outra para o banheiro.

Ficar com Lucius nesse local a deixava encabulada.

Como se estivessem fazendo algo improprio, como se fosse proibido. O que de fato era, pelo menos ate o casamento.

— Você já dorme aqui? — ela perguntou.

— Não. Estava com meu pai, vim esses dias para cá. Estou num quarto de hospedes. Vou ficar ali ate o casamento.

A loira se sentiu muito contente ao saber que ele aguardaria sua companhia para dormir naquele quarto. Isso era mais importante do que poderia dizer.

Narcisa o abraçou, sem se preocupar em lhe demonstrar afeição.

Ambos sabiam dos sentimentos de amor dela por ele.

Quando ergueu o rosto, Lucius a encarava solenemente. Sem pensar e sem aguentar mais esses seis meses que ficou longe, a loira o beijou.

Era tão bom fazer isso. Dava tão certo. O gosto era ótimo. O amor fazia seu coração pulsar.

Quando terminou, a respiração dos dois estava violenta, ela sabia que ele tinha aprovado, que ele também sentiu falta.

— Gostou da mansão? — Lucius perguntou sem soltar seu abraço. Sem afastar os lábios dos dela.

— Perfeita, talvez acrescentasse algo no exterior, mas tudo esta lindo.

— Tenho que te mostrar uma ultima coisa. — ele disse com tristeza.

Para tristeza de Narcisa, o rapaz se afastou e para sua completa surpresa, tirou o terno que vestia.

Quando ele disse sobre mostrar a ultima coisa, ela imaginou algum cômodo surpresa, algo assim. Sabia muito bem que essa mansão provavelmente teria algo do tipo.

Mas os dedos dele desabotoavam o botão da manga esquerda e erguiam sem se preocupar em amarrotar o tecido.

Imaginou-se sendo lavada com o feitiço “Queda do Ladrão” que protege Gringotes.

Como se toda felicidade tivesse sido sugada da sua alma, toda empolgação. Toda alegria. Tudo foi embora com a simples visão do crânio e da serpente no braço do seu noivo.

A tatuagem se movia levemente como se tivesse viva. Era assustador.

Medonho. Narcisa sentiu-se traída da pior maneira. A decepção era tanta que conseguiu com muito custo, correr ate a porta anexa e indo de encontro ao banheiro.

Despejando no vaso todo seu nojo. Toda sua tristeza.

Claro que passar mal assim na frente de alguém era inaceitável. Mas não dava para segurar.

A bile veio com toda pressão.

Lucius a enganou, a traiu. Mentiu. E fez algo que ela mais temia: se associou ao lorde das trevas.