Pavões Albinos - Malfoy Family

39. O MAL... NÃO TÃO MAL.


Os dois meses que antecediam o natal eram bem empolgantes, Narcisa amava o natal. Nele ela ganhava presentes, ate mesmo das pessoas mais falsas, e a loira amava presentes.

No dia vinte e quatro de dezembro, estavam na mansão dos Malfoy, combinando que nas férias escolares iriam se dedicar a reforma da mansão.

Na noite daquele mesmo dia, Lucius desejava feliz natal a seu pai, e aparatava frente à casa dos Black.

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A casa estava decorada, o cheiro da ceia era envolvente. Sirius estava na sala ao lado de Regulo e Tiago Potter.

Mas foi ao lado de Rodolfo e Rabastan que Lucius sentou.

— Nossa, Narcisa esta possessa com Sirius, parece que ele escondeu algo dela. — Bela disse chegando ao local.

— E cadê ela? — Lucius perguntou.

— Ali.

Narcisa chegou com o rosto contorcido numa careta que jamais conseguiria deixa-la feia.

Seu olhar para Sirius e Tiago era mortal, mas ao se virar para o lado onde estava seu noivo, ele modificou.

— Então quer dizer que seu primo te deixou nervosa cunhadinha? — Rodolfo perguntou, rindo.

Ela bufou.

— Sirius e Tiago. Aquelas duas pestes... Acredita que eles simplesmente esconderam um dos presentes que eu ia te dar? — ela disse virando-se para Lucius.

— Aqueles pirralhos são tensos. — Rodolfo disse.

— É, mas eles não são tão pirralhos assim mais, estão com quase quinze anos, cadê a maturidade? — a loira disse.

— Dois chatos. — disse Bela.

— Mas tudo se resolveu, tia Walburga ameaçou mandar o Potter de volta para a casa dele se Sirius não devolvesse meu presente. — ela disse.

O grupo foi para mesa de jantar, o momento era descontraído e alegre.

Quando terminaram a sobremesa, Narcisa e Lucius foram para o canto da sala, sentados num sofá afastado.

— Feliz natal. Mais um natal que estamos juntos. — ele disse.

Entregando uma caixa quadrada e achatada. Narcisa imaginava o que era, antes mesmo de abrir.

— Merlin, é lindo...

Ela disse, tocando o colar de ouro branco de duende. Com uma esmeralda enorme no pingente.

— Vai combinar com sua aliança. — ele disse.

— E com a pulseira que você me deu no natal passado. — ela completou.

— Quero você ainda mais linda.

— Venha.

Ela puxou a mão dele, guiando ate a biblioteca.

— Esse é um dos presentes, esse que Tiago e Sirius esconderam. — ela disse colocando uma carta selada em sua mão.

Lucius sorriu. Para Narcisa ter ficado preocupada, o teor da carta deveria ser surpreendente.

— E esse é seu outro presente. NÃO, não toque.

Ela abriu a caixa aonde deveria estar também um colar.

— Narcisa... Merlin... Como conseguiu isso?

— Tive quase que vender minha alma ao diabo, além de desfalcar vários galeões. Cuidado Lucius. — ela advertiu.

Ele queria tocar, mas sabia que era impossível.

— Opal Necklace, nunca pensei que veria um.

— Agora você tem um.

— Essa peça não vou poder deixar na minha biblioteca, terei de colocar na câmara abaixo da sala.

— Por Merlin Lucius, não toque nele.

— Ei eu sei, será que já matou muita gente? — ele perguntou animado.

Ela deu um sorrisinho.

— Segundo meu pai, foram uns dezenove trouxas. — ela respondeu.

— Fantástico. O único colar no mundo que já nasceu enfeitiçado. Perfeito Ciça, eu adorei.

— Fico realmente feliz que tenha gostado.

— E mal posso esperar para ler a sua carta. — ele disse a abraçando.

Narcisa deu um sorriso sem graça.

Quando iam para casa no natal, eles sabiam que eram poucos dias, apenas para rever a família e tal. Mesmo assim, no outro dia Lucius combinou de sair com Narcisa a noite, mas ele não apareceu, deixando a loira nervosa.

No outro dia, Narcisa ignorou duas cartas dele.

No dia seguinte, Lucius aparatou frente à casa dos Black, Narcisa fez sua mãe jurar que não o deixaria a ver.

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Druella adorava o Malfoy. Achava que os dois tinham tudo a ver e sabia que a filha amava esse garoto.

A matriarca sabia também que esse casamento seria um fenômeno e com certeza perfeito.

Mas para que Narcisa não quisesse ver Lucius, ele devia ter feito algo muito serio.

— Ciça esta resfriada, esta dormindo sabe. A pobrezinha...

Lucius olhou à senhora a sua frente. Era mais alta que Narcisa, era do tamanho de Bellatrix.

Tinha os cabelos marrons e olhos enormes, azuis. Como de Ciça.

Diferente dos Black, que eram criaturas robustas, altas, com espessos cabelos negros, olhos escuros e frios. Isso era obvio, já que Druella era uma Rosier, e seguia o padrão de sua descendência.

Era linda, uma coroa muito chamativa, mas era sua quase sogra, e por mais que conseguisse convencer o mundo com esse olhar. Lucius sabia que ela mentia.

Não de proposito, mas porque provavelmente sua filha lhe pediu.

Ele encolheu os ombros, desejou melhoras à noiva e saiu dali.

No outro dia a moça não teria como fugir, teria de se encontrar na estação de trem.

E foi justamente o que aconteceu, pouco antes das onze, Narcisa chegava com Bela, Rodolfo e Rabastan.

Lucius encarava de longe, mas assim que a menina entrou no trem, ele segurou seu braço e a levou ate um vagão.

— Melhorou o resfriado, querida? — perguntou, sentando-se frente a ela.

— Sabe muito bem que eu não estava resfriada.

— Claro que sei, só quero saber por que mentiu pra mim, ou tentou. Sabe que não admito essas coisas.

— Não menti e nem tentei. Sabia que você não a creditaria, foi proposital.

— Mandei duas cartas explicando porque não pude te encontrar para sairmos.

— Eu queimei as duas cartas sem ao menos ler.

Ele a encarou abobalhado. Como ousava?

— Você queimou minhas cartas?

— As duas, sem nem abrir. Estava com raiva, e já imaginava o teor delas “desculpe, bla bla bla...”.

— Aconteceu um imprevisto Narcisa, recebi um convite em cima da hora e não pude recusar.

— Que nobre, recebe um convite que não pode recusar, mas pode me deixar esperando em casa? — ela perguntou com secura.

— Era um convite do lorde das trevas, Narcisa ele é... Fantástico. — Lucius disse animado.

— Me deixou esperando atoa por causa de Voldemort?

— Você não entende...

— VOCÊ NÃO ENTENDEU LUCIUS, FUI PASSADA PARA TRÁS POR CAUSA DE UM HOMEM?

Ele abriu a boca, antes de retomar a compostura e olhar mortalmente para ela.

— Espero que dobre a língua antes de fazer insinuações desse tipo sobre mim. Na próxima vez vou abrir suas pernas e te foder ate que entenda que nunca trocaria uma mulher por um homem.

Narcisa engoliu seco. Ótimo. Ela estava com a razão e agora o tinha irritado.

E o rosto dele tinha adquirido uma tonalidade avermelhada, irritado e muito. Ao que parece, Lucius não admitia qualquer comentário sobre suas preferencias e sua masculinidade.

— Eu não quis dizer isso. — ela disse num tom baixo. Envergonhada.

— Se não quis dizer isso, então eu também não quis dizer o que disse. Agora podemos ficar quites.

Eles ficaram cerca de meia hora sem trocar uma palavra. Ninguém ousava entrar no vagão e interromper o casal. Nem os amigos mais íntimos de Lucius faziam isso.

— Essa é a ultima vez que vamos para Hogwarts juntos. Percebeu? — ele disse, tentando puxar assunto.

— É mesmo.

— Vamos agora, e no final do ano letivo voltamos, e eu me formo.

— Sim.

— Não vamos fazer dessa viajem um drama, vamos aproveitar, sim?

Ela concordou, finalmente levantando o olhar para ele.

— Eu esqueço seu comentário impertinente. E você esquece que te deixei na mão. Tudo fica ok.

— Tudo bem Lucius.

E ele sentou-se ao lado dela e a abraçou.

— Posso falar apenas mais uma coisa sobre o tema passado? — ela perguntou.

— Só se me der um beijo antes.

E ela obedeceu. Beijando calorosamente seu noivo.

— Pensei que você não ia se unir ao lorde das trevas, me prometeu que não iria. — ela disse, temendo sua resposta.

Lucius a abraçou mais forte.

— Não vou, te prometi sim? Mas isso não impede que a amizade fique, o lorde me adora Narcisa, e as ideias dele são perfeitas. Apoio todas.

— Mas você me disse...

— Eu sei o que eu disse. E vou cumprir. Ok? Vou manter minha palavra por você.

— Obrigado Lucius.

Os dois curtiram a viagem longa e fria no trem.

Lucius tinha mudado seu olhar com relação a Voldemort.

O homem era um gênio. Perfeito. Ideias únicas e com o objetivo de qualquer pessoa que quer purificar a raça bruxa.

O lorde das trevas valorizava Lucius, na frente de comensais mais velhos, de pessoas famosas, Voldemort estava sempre falando sobre Lucius, o elogiando.

E aos poucos, sem que Lucius percebesse, estava entrando num beco sem saída.