E Se A Dama Se Apaixona Pelo Vagabundo?

Capítulo 27 - A nova Hermione: parte 2


Hermione continuou bebendo um copo atrás do outro, sem nem ter mais consciência do que estava fazendo. O tal cara não saía do seu pé, e Parvati já tinha sumido há muito tempo. Hermione foi conduzida pelo rapaz até a pista de dança e tinha perdido Ronald de vista. Logo, ela começou a sentir o efeito da bebida: suas pernas estavam dormentes e tudo a sua volta parecia girar. Quando o rapaz se aproximou para beija-la, ela achou que ia vomitar e desviou dele.

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- Eu vou no banheiro e já volto! – disse ela.

Começou a andar até o banheiro, tentando não cair e olhando para chão, quando bateu em alguma coisa que estava a sua frente e caiu.

- Ah, é você. – disse alguém, ajudando Hermione a se levantar. Ela olhou para aquele rosto, que demorou a entrar em foco, e viu que se tratava de Ronald. Hermione se soltou dele na mesma hora, e Ronald teve que segurá-la para que ela não caísse outra vez.

- Que é que você está fazendo no banheiro das mulheres, seu idiota? – disse Hermione, completamente bêbada. – Eu achei que tinha te visto engolindo uma menina...

- Nós nem estamos dentro do banheiro, pra começar! O banheiro é ali. – respondeu ele, olhando espantado ao ver o estado de Hermione.

- Rony! – chamou uma menina que tinha acabado de sair do banheiro. – Quem é essa? – perguntou ela, olhando para Hermione que ainda era sustentada por Ronald.

- Ah! – exclamou Hermione dando risada. – Era essa aqui mesmo. Nossa, que decadência, hein Ronald? Isso é que é passar de filé mignon pra carne moída. – Hermione olhou de cima abaixo para a garota. – E ainda por cima é gorda! – e voltou a gargalhar.

A menina pareceu indignada e olhou para Hermione com desprezo, antes de se dirigir a Ronald:

- Vamos! – disse ela puxando o braço dele. Ronald olhou para Hermione, preocupado, mas a soltou e foi embora com a garota, deixando Hermione ali sozinha.

Depois de um tempo, o cara que não largava Hermione em paz a encontrou:

- Te achei! – disse ele. – Pensei que você tinha fugido de mim!

- Cadê a Parvati? Eu estou passando mal, quero ir embora. – disse Hermione, com a mão na cabeça.

- Sua amiga já foi embora com o meu amigo. – respondeu o rapaz. – Eu levo você embora.

- Não! Eu vou de táxi... – disse Hermione.

- Você não está com medo de mim, né? Bem que sua amiga disse que você era muito certinha e medrosa...

- Não sou não! Vamos logo! – respondeu Hermione.

Eles saíram para o estacionamento, Hermione cambaleando. Quando chegaram ao carro, o rapaz puxou Hermione e a encostou contra a parede, beijando-a. Hermione não queria aquilo, mas estava se sentindo fraca e mal conseguia abrir os olhos.

- O que você acha de eu te levar pra minha casa? – perguntou o rapaz no ouvido de Hermione. Ela não teve tempo de responder e ele já a beijou outra vez. Em algum lugar, no fundo da mente de Hermione, ela sabia o que estava acontecendo e que não deveria ir com ele, mas esta parte de sua mente já estava completamente desligada e sem força para fazer qualquer coisa.

Então, ela se deixou levar para dentro do carro e eles partiram. Quando Hermione já estava quase dormindo, ele parou o carro em uma rua deserta a apenas três quarteirões da boate e avançou para cima dela mais uma vez, com ainda mais intensidade. Quando ela sentiu as mãos dele deslizarem por suas costas e começarem a abrir o zíper do seu vestido, ela reagiu.

- Não! Acho melhor você só me levar pra casa... – disse ela, fraca. Ele a ignorou e começou a beija-la novamente. Hermione o empurrou com mais força.

- Que que é? – disse ele, furioso. – Você tá pensando que eu to de brincadeira? Fiquei atrás de você a noite toda, você me deu o maior mole e agora vai se fazer de difícil?

- É que... – começou Hermione, assustada.

- É que nada! – gritou ele. – Não tenho tempo pra gastar com pirralhas. Então, se você não quer nada, sai do meu carro e vai brincar de boneca! – disse ele, debruçando-se por cima de Hermione para abrir a porta do lado dela.

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Ela ficou quieta, paralisada de desespero.

- SAI! – berrou o cara, e Hermione saiu do carro aos tropeços e ele foi embora sem olhar para trás.

Hermione olhou a volta e se viu em uma rua deserta e escura. Não fazia a menor ideia de onde estava e não conseguia nem ficar em pé. Sentou-se na calçada e encostou-se em uma árvore. Pensou em pegar o celular, mas só então percebeu que não estava mais com sua bolsa e não fazia a menor ideia de onde a tinha deixado. De repente, uma forte ânsia a atingiu e ela se virou do lado e vomitou. Nunca tinha estado tão mal em sua vida. Não sabia o que fazer, tentou ler o nome da rua em uma placa, mas estava muito tonta e não conseguia enxergar direito.

Um carro ia se aproximando e passou por Hermione. De repente, ele parou e deu marcha a ré, voltando até o local em que ela estava sentada. A porta se abriu e alguém se abaixou perto dela.

- Como é que você veio parar aqui? Que foi que fizeram com você? – perguntou Ronald. Hermione não respondeu, ficou apenas olhando para ele, com os olhos semicerrados, esperando que fosse vomitar de novo a qualquer momento.

Gentilmente, Ronald a pegou no colo e a colocou dentro do carro. Tirou a camisa e a entregou a Hermione, dizendo:

- Se for vomitar, vomite aqui. Esse carro é emprestado. – e ele deu partida no carro.

Ronald carregou Hermione para dentro de sua casa e a colocou em cima da cama. Tirou seus sapatos e sentou-se ao seu lado.

- Você não tem juízo? Que é que você estava fazendo naquele lugar? E com aquele cara, que deve ter no mínimo o dobro da sua idade... – disse ele, olhando para ela. Mas Hermione não estava mais escutando, tinha caído em um sono profundo.

Naquela noite, Ronald mal dormiu. Hermione passou mal várias vezes, e sempre que corria para o banheiro, Ronald ia atrás e segurava seus cabelos enquanto ela vomitava. Nem ele sabia por que estava fazendo isso, já que ainda estava com muita raiva dela. Mas quando a viu jogada naquela calçada sozinha, sabia que não poderia deixa-la lá. Ela era muito frágil e ele não suportava a ideia de que algo de ruim acontecesse com ela. Ele tinha que protegê-la.