Ours Blood

Capítulo XVII - Nunca mais chego perto de bebidas.


Vee não tinha culpa de nada.

Principalmente porque ela não sabia o que estava se passando na minha vida durante as ultimas semanas. Mas mesmo assim me levar para um bar no meio da tarde foi um pouco exagerado.

- Isso vai ser demais! – Vee disse enquanto me puxava pelas ruas de Coldwater. – Parece que eu nã ote vejo á anos!

Eu não protestei, o fato de estar com minha melhor amiga pareceu melhorar toda aquela situação em que eu tinha me metido.

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Entramos num bar que ficava bem no centro da cidade, apesar do relógio marcar 15:30 o lugar estava cheio, com pessoas de todos os tipos. Numa mesa quase na entrada, um grupo estava de terno e com maletas sobre a mesa. Mais para o meio do estabelecimento, um grupo de homens com camisa de times locais se amontoavam para chegar mais perto da TV e no canto mais afastado e “sombrio”, alguns adolescentes de roupas pretas se revezavam em colocar a cabeça em baixo da torneira de uma torre de chope.

- Você freqüenta esse lugar? – Perguntei, surpresa.

- Há essa hora não. Mas semana passada vim aqui com Talitha. – Vee se sentou num dos bancos altos que tinham no balcão de bebidas e apontou para outro banco á sua frente.

Sentei-me nele e coloquei as mãos em meu colo.

- Ah, sério? – Tentei fazer o assunto durar mais um pouco, não queria que chegasse a parte em que ela pergunta do meu namoro ou de minha mãe.

- Uhum, estamos saindo muito essas semanas. Desde que Nora Grey foi abduzida por Patch Cipriano. – Vee disse com calma e levantou a mão sinalizando para o barman.

- Vee, não quero falar sobre ele. – Pigarreei quando o homem se aproximou de nós e com uma voz assustadoramente grave disse:

- O que vão querer?

Vee pareceu pensar sobre o assunto e depois apoiou o queixo no punho fechado.

- Duas cervejas, por enquanto.

O homem colocou as mãos de baixo do balcão e voltou com duas cervejas já sem as tampas, logo ele se retirou e minha amiga se virou para mim novamente.

- Tudo bem então. – Vee tomou dois enormes goles de uma vez só. – Scott perguntou de você, parece que está sendo disputada.

Xinguei baixinho. Tinha me esquecido totalmente de Scott, a ultima vez que o vira ele estava todo machucado numa cama de hospital. E é claro que isso me fez lembrar Eric, grande surpresa. E se eu contasse para Vee? Tirando a parte de que ele era um vampiro com mais de mil anos.

- Vee. – Brinquei com a garrafa em minhas mãos e tomei quase até a metade antes de continuar. – Eu conheci um cara... – Eu mal terminei de falar quando ela quase teve um ataque.

- Outro cara?! Me conta tudo! Anda, anda! Desembucha! Quando vai terminar com o Patch? – Coloquei as mãos nos ombros dela para fazê-la se sentar de novo.

- Calma, OK? E eu não vou terminar com o Patch... Eric é só um cara de quem eu acho que... – Eu me recusei a soltar aquelas palavras, eu me recusava a pensar de que me sentia assim.

- Eric? Nome sexy. – Ela disse com os olhos se iluminando. – Conte mais. Quantos anos ele tem?

Mais de mil. Pensei. Mas só ai percebi que não sabia a verdadeira idade de Eric.

- 23. – Soltei, ele era não tinha cara de 18 como também não tinha cara de 30.

- Um cara mais velho! – Vee se abanou com um papel que estava em cima do balcão.

- Patch é mais velho.

- Só um ano! – Ela deixou bem claro antes de terminar com sua cerveja. – Como ele é?

- Acho melhor pararmos de... – Comecei, mas ela me impediu colocando a mão em minha boca e se apoiando conta o balcão. – Precisamos de algo mais forte aqui!

Resmungando, o barman veio arrastando os pés e parou na frente de Vee. Ela sorriu.

- Que tal vodka?

O homem colocou copos, de tamanho normal, em cima da mesa e os encheu com vodka. Mal agradecemos e ele saiu para o lado dos homens que estavam assistindo um jogo de futebol.

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- Agora pode me contar. – Vee me empurrou um dos copos e eu tomei uns três goles sem me importar com minha garganta pegando fogo.

- Ele é... Lindo.

Tomei o copo todo depois dessa confissão.

- Detalhes! – Exigiu, minha amiga.

- Loiro, olhos azuis, alto, muito alto.

- Adoro homens altos.

- É, eu sei bem disso. – Murmurei e coloquei o copo na mesa. O Barman tinha deixado a garrafa em cima da mesa, reenchi meu copo e comecei a tomar outra vez.

- Ele é do tipo badboy como Patch, ou é meigo e carinhoso?

- Badyboy, com certeza. – Tomei mais de minha bebida, eu já estava começando a ficar tonta, mas era bom esquecer de tudo por um tempo.

- Então vai fundo, amiga. – Ela levantou o copo e nós brindamos antes de secar os copos de novo.

Uma hora tinha se passado desde que entramos no bar, já estávamos completamente tonta e abobalhadas. Tivemos uma imensa dificuldade em pagar a conta e quando conseguimos, saímos para a rua cantando Chasing the Sun.

- Sabe do que nós precisamos? – Vee disse entre um soluço e outro, ela tinha tomado menos que eu, mas tinha bem menos experiências com álcool.

- Mais vodka? – Disse enquanto tentava chutar uma pedrinha no meio da calçada.

- Isso ai. – Depois disso entramos em uma conveniência e compramos mais duas garrafas, duvidava que ia conseguir tomar aquilo ali sozinha, mas tomei e tomei tentando chegar a um ponto de que nem meu nome eu lembraria mais.

Terminamos sentadas num banco de parque. As pessoas passavam olhando com superioridade, indiferença. Nós ainda estávamos com as garrafas na mão e já tínhamos sido expulsas de um shopping e um restaurante.

Minha cabeça martelava e pulsava, parecia que ia explodir a qualquer momento, e minha visão estava embaçada. Não queira levantar daquele banco, mas já estava anoitecendo, a escuridão já estava tomando conta do parque. Então com uma força de vontade enorme, levantei e puxei Vee comigo.

- Você tem que ir para sua casa, já está anoitecendo.

- O que?! E você?! – Gritou enquanto cambaleava alguns passos a minha frente.

- Tenho que pegar algumas coisas na minha casa.

Isso se eu conseguir chegar lá.

- Tchau, meu amor. – Ela gritou de novo e mandou um beijinho antes de se virar e bater tão forte na janela de um táxi que eu fiquei surpresa de não ter quebrado.

Esperei ela estar dentro no carro até tomar meu rumo. Continuei a tomar a bebida até a um ponto que eu não conseguia nem mais andar, joguei-me com tudo numa calçada e fiquei ali, sentada.

Uma folha parou em meu cabelo e eu tentei tirá-la enquanto ria igual uma idiota. Deitei-me na calçada e respirei fundo tentando parar de sorrir. As pessoas xingavam e reclamavam de ter que passar pela grama, eu só fechei meu olhos e pousei minhas mãos na barriga sentindo a noite tomar conta.

Alguém cutucou minha perna e eu abri apenas o olho esquerdo.

Eric estava em pé com as mesmas roupas que estava em meu sonho da noite passada, mas agora com uma expressão de diversão.

- Eu devia tirar uma foto disso.

Ri alto sem ao menos saber o porquê.

- Vamos, serei sua babá hoje á noite. – Ele brincou.

Tomei mais alguns goles de minha garrafa antes de responder, rindo.

- O babá mais gostoso do mundo. – Apoiei-me nos cotovelos e mordi o lábio inferior numa tentativa de ser sexy.

Eric pareceu surpreso de inicio, mas logo voltou a sua típica cara sarcástica.

- Vamos logo. Levante-se. – Ele ofereceu uma mão.

- Me carregue. – Dei mais alguns goles antes de deixar a garrafa no chão e abrir os braços para que ele me pegue.

Eric levantou-me como se eu fosse uma pluma, passou um braço por minhas costas e outro por minhas coxas apertando-me contra ele. Sua pele gelada me deu arrepios, mas eu passei os braços pelo seu pescoço fazendo nossas bocas ficarem próximas. Ele ignorou e na velocidade de vampiro, ele começou a correr, tanto que num minuto estávamos no Fangtasia, para ser mais exata, no escritório de Eric.

A música estava alta do lado de foram o cheiro de bebida e fumaça artificial tomava conta do cômodo, eu pouco me importei, me concentrei em olhar alguns enfeites e posters que estavam pelo escritório.

- Onde está Pam? – Perguntei de repente.

- Tomando conta do bar. – Ele apontou com o indicador para a porta de metal.

- Legal. – Eu coloquei um cacho atrás de minha orelha e segui aos pulinhos em direção a Eric, ele revirou os olhos. – Estamos sozinhos então.

Passei os dedos por seus braços e lentamente fui tirando sua jaqueta de couro.

- Se você não contar as aproximadamente 100 pessoas no bar. Claro.

Sorri quando consegui jogar a jaqueta dele no chão.

Eu desejava Eric, ali, naquele instante.

Coloquei a mão na mesa dele e num movimento rápido, o mais rápido que uma bêbada conseguia fazer, eu joguei todas as coisas que estavam em cima dela no chão.

- Nora... – Ele começou e eu coloquei meu dedo indicador em seus lábios.

- Shhhh. – Rodei algumas vezes segurando a barra de meu vestido e finalmente sentei na mesa. – Sabe... Um vampiro mal como você se aproveitaria de uma garota indefesa como eu.

Ele me fitou absorvendo cada detalhe de meu corpo, seus olhos se demoraram em minhas pernas.

- Me beije, Eric. – Sussurrei e por um minuto fiquei com medo de que ele me dissesse não e fizesse uma cara de nojo antes de sair porta á fora, mas ele se aproximou de mim rapidamente e colocou uma mão em minha nuca, nossos lábios se roçando de leve.

Eu sorri e deitei na mesa.

- Faça sexo comigo. – Disse com a voz tranqüila e rouca, ainda tentando ser sexy. Minha cabeça doía, mas eu tinha certeza de que queria Eric. Coloquei a mão na barra do vestido e o levantei.

- Não fale para eu fazer coisas das quais você vai se arrepender depois. – O vampiro colocou a mão sobre a minha e puxou o vestido de volta. – Você está bêbada.

- Você não me quer? – Falei numa voz fingida, aproveitei para colocar sua mão em minha coxa.

Eric fechou os olhos e apertou minha perna.

Ele também me queria.

- Não me tente, Nora Grey. – Ele disse, mas sua mão fez exatamente o contrário, seguiu para minha virilha e a apertou.

- Aproveite a chance, Eric. – Arfei. Puxei-o pela camisa e Eric cedeu facilmente indo para cima de mim. Várias partes estratégicas de nossos corpos estavam coladas

- Pena, não vai ser sua primeira vez. – Lamentou e passou a mão pela lateral de meu corpo.

- Faça logo. – Seus lábios tão próximos dos meus que eu não agüentava de tanta ansiedade para tê-los colados nos meus.

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Eric finalmente me puxou pelo cabelo com força e colou sua boca com a minha. Sua língua pediu passagem e é claro que eu cedi na hora. Ele me beijava com força, sugando de um jeito bom, e tão feroz. Uma mão foi para o meu quadril e levantou-o para que seu membro, já rígido, encostasse me mim.

- Eu não podia ter me apaixonado por você, humana.

- Tarde demais para dizer isso, não acha? – Tirei a camisa dele, seu peito era pálido e musculoso como o resto do corpo. – Você me ama, Eric.

O beijei de novo e de novo, suas mãos eram rápidas e logo já me vi sem vestido. A calça de Eric estava perigosamente baixa.

- Você me quer. – Mordi o lábio inferior de Eric, ele fechou os olhos com a sensação.

Nesse ponto já estávamos sem roupa alguma, e ele pronto para o penetrar, e ele o fez. Na velocidade de vampiro, o que só fez gritar igual uma louca. Suas presas saíram e ele as enfiou em meu pescoço, gritei mais ainda, mas não foi por dor.