Prólogo

Tudo ia bem, eu e Patch estávamos juntos a mais de dois meses e sem uma briga sequer. Ele praticamente morava na minha casa, por que todo o dia aparecia por lá.

Vee agora namorava Rixon, outro anjo caído, amigo de Patch. Talitha tinha passado num curso para intercâmbio e acabou indo para a Índia, ainda sem saber a verdade. E Scot... Bem, Scott continuava na mesma, em seu canto, sem falar nada e agora, raramente falava comigo.

Nayara passava maior parte de seu tempo correndo atrás de Scott e o convidando para sair, ele só murmurava um “não” e me olhava, como se ainda estivesse esperando meu convite.

Meu aniversário estava chegando e Vee pulava de tanta animação quando falava sobre planejar minha festa, eu sempre gostara de meus aniversários, mas esse parecia diferente. Eu completaria 18 anos e eu só conseguia pensar nisso como um sinal de velhice. Patch levava tudo numa boa e quando eu tocava no assunto ele dizia ser uma total besteira e que eu devia esquecer isso.

- Mas você vai ficar assim para sempre! – Eu estourei numa noite uma semana antes de meu aniversário, estávamos na cozinha e Vee, Nayara, na sala “preparando” o que fariam no meu aniversário.

- Por que você se importa tanto com isso, Nora?! – Ele perguntou já um pouco cansado dessa conversa, podia ser idiota e fútil, mas a ultima coisa que eu queria era que Patch me deixasse por que eu estava velha e ele não sentia mais atração alguma por mim.

- Porque... Eu não quero que você me deixe. Sei que não existe nenhum jeito de eu ser imortal e ficar com você, mas... Eu tenho medo de te perder.

- Você nunca vai me perder, Nora. Só tem 18 anos, não precisa se preocupar com isso.

- E quando eu tiver 68 anos, com rugas, a cara toda murcha, peito e bunda caídos... – Tudo que eu tive vontade de falar desde que esse assunto surgira saiu pela minha boca. Apoiei-me na bancada da cozinha e abaixei minha cabeça.

Patch riu, provavelmente sobre as ultimas palavras.

- Eu te amo pelo o que você é por dentro. O fato de você ser linda é apenas um bônus. – Sua mão desceu pelas minhas costas me fazendo ter arrepios. Eu nunca me cansaria disso, nunca me cansaria de Patch.

O jeito dele me deixava doida.