Speechless

Capítulo 67


POV Harry

—Ginevra Molly Weasley.

Me levantei imediatamente quando ouvi seu nome ser chamado e acompanhei com empolgação a onda de aplausos que encheu o auditório da universidade. Ela desceu radiante os poucos degraus e cumprimentou os professores do seu curso que lhe entregaram o que representava o fim do ensino superior.

Ao meu lado Ron, Mione e meus sogros também se puseram de pé para prestigiá-la, e antes de retornar ao seu lugar ela sorriu feliz para todos nós. Aguardamos pacientes enquanto todos os outros alunos eram chamados e também quando ela se juntou a alguns amigos para registrar em fotografias aquele momento, para só depois sairmos juntos em direção ao restaurante onde jantaríamos para comemorar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Meu amor, parabéns! - Mione se adiantou para abraçá-la assim que se juntou a nós.

Ela abraçou também o irmão, que a levantou do chão por alguns segundos, ao pai que a felicitou infinitas vezes e a mãe chorosa que só lhe deu um abraço e não falou nada, para só então chegar até mim, com um sorriso tão cúmplice que não precisei perguntar se ela estava emocionada e feliz, eu já sabia só de olhar.

—Eu estou muito orgulhoso de você. - Sussurrei em seu ouvido quando Gina se grudou a mim no abraço mais próximo de todos.

Ao invés de responder ela me apertou um pouco mais antes de se virar para os demais e convidá-los à comemoração. Nos reunimos não muito longe dali para um jantar em família descontraído e leve, que resultou em uma noite divertida, com muitas risadas e infinitas parabenizações para minha namorada.

—E como está essa vida de supervisora? - Ron perguntou entre um assunto e outro sem muita utilidade.

—Por enquanto é tudo bem novo, mas estou gostando. Tenho muita coisa para aprender ainda. - Gina respondeu humilde, mas com os olhos brilhando.

—Falsa modéstia não combina com você, amor. - Zombei fazendo todos rirem, eles também sabiam que ela estava se saindo extremamente bem, mesmo tendo assumido meu antigo cargo apenas há um mês, quando de fato terminou os estudos.

—Eu sempre soube que você se daria muito bem aqui. - Ron elogiou e ela sorriu para ele em agradecimento.

—Estamos muito orgulhosos também, querida. - Molly elogiou e as duas trocaram um aperto de mãos carinhoso por cima da mesa.

Terminamos nossa sobremesa e fomos todos para a casa da minha irmã e meu cunhado, pois segundo eles havia espaço suficiente para todos se acomodarem e aproveitaríamos melhor a visita dos meus sogros, que iriam embora já no dia seguinte.

Quando me aconcheguei no quarto de hóspedes com Gina enroscada em mim ela ainda exibia um sorriso encantador de satisfação.

—Quem é a tal agora, hum? - Perguntei deitado em cima dela.

—Você ainda é o tal. - Respondeu enroscando os braços no meu pescoço. - Ainda estou alguns níveis abaixo de você na empresa.

Seu tom era divertido como o meu, mas eu não tenho dúvidas de que ela realmente considera isso.

—A questão não é quem está a frente de quem, e sim quem chegou mais rápido onde você está agora. - Pisquei ao final, para explicar meu ponto. - Você é a melhor.

—Ok, então eu sou a tal agora. - Rendeu-se, com a satisfação visível diante do meu elogio.

—E eu estou mesmo muito orgulhoso de você.

—Obrigada, amor. - Agradeceu e me deu um beijo gostoso antes de continuar a falar. - Só preciso decidir o que vou fazer agora, daqui para frente. Não quero ficar muito tempo sem estudar.

—Seja o que for, tem o meu apoio sempre. Também estou pensando em cursar alguma coisa rápida, só para me atualizar. - Expus os planos para minha carreira.

—Podemos tentar fazer isso juntos. Se não nos vemos mais no trabalho, podemos pelo menos estudar juntos. - Sugeriu, acatando minha sugestão.

—Seria ótimo, mas não vou fazer suas provas de matemática, se essa é a sua real intenção. - Provoquei e ela riu com gosto.

—Se você não fizesse meus exercícios de matemática talvez nem estivéssemos aqui, pense nisso. - Tentou me convencer se referindo à ocasião do nosso primeiro beijo.

—Se não fosse aquela desculpinha amadora que você inventou para chegar perto de mim eu teria te agarrado, nem que para isso tivesse que invadir o banheiro enquanto você tomava banho - Afirmei com exagero, e ela riu.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Invadir meu banho para um primeiro beijo seria um pouco além do necessário, não acha?

—Naquela época você só fugia, então eu não tinha muitas opções de como agir. - Expliquei minha única alternativa.

—Você poderia ir até lá em casa e me agarrar quando eu abrir a porta. Eu corresponderia na hora. - Sugeriu outra opção.

—Assim nem teria emoção. E nem busque possibilidades, nada seria mais emocionante do que você tomando banho.

—Fico satisfeita que você ainda pense assim. - Confidenciou roçando os lábios pelo meu pescoço.

—E agora mais do que antes, o tempo passa e você só fica mais gostosa. - Elogiei apreciando o carinho.

—E você só fica mais gostoso. - Opinou apalpando os músculos moderados dos meus braços e costas.

—Imagina nossos filhos, como serão perfeitos então. - Comentei alisando suas coxas nuas e afundando meu rosto em seu decote.

—Filhos? - Questionou interrompendo o passeio de suas mãos pelas minhas costas, quando a olhei ela exibia uma expressão contida de riso e o lábio inferior preso entre os dentes.

—Sim, a menos que você não os queira. - Esclareci em dúvida.

—Claro que eu quero, é só que nunca conversamos sobre isso antes. - Explicou, voltando a me acariciar e me olhando apaixonada.

—Pois saiba que mesmo assim você já faz parte do futuro dos meus filhos. - Dei de ombros e ela riu.

—Nossos filhos. - Corrigiu e me deu um selinho demorado.

—Mais de um? - Continuei o assunto, planejando nossa futura família.

—Dois seria o ideal, não acha? - Opinou e eu concordei. - E precisam ter os seus olhos verdes, porque eles são lindos.

—E ruivos igual a mãe. - Desejei, beijando seu pescoço.

—Altos igual você. - Sugeriu.

—Com as suas pernas. - Falei voltando minhas mãos a elas.

—Quantas exigências, assim vai dar trabalho fazê-los como queremos. - Comentou divertida.

—É só questão de prática. - Comentei e deslizei meus dedos para a lateral de sua calcinha, fazendo-os passear por ali.

—Temos ainda uns seis anos para praticar, concorda? - Falou já com a voz mais grave, como quando se excitava.

— Sim, tempo suficiente para treinar bastante, e então eles serão totalmente perfeitos, igual você.

—E igual a você. - Retribuiu o elogio enquanto erguia minha camiseta.

—Igual a nós dois juntos. - Disse junto ao seu ouvido, fazendo-a se arrepiar antes de me beijar.

Em mais de dois anos com Gina eu já sabia onde explorar seu corpo para fazê-la gemer, se arrepiar, e até mesmo para deixá-la com vontade de gritar embaixo de mim. E como comemoração à sua conquista eu dei o meu melhor, como sabia que a enlouquecia, e ri de pura satisfação quando ela se jogou do meu lado cansada e sonolenta.

Acordei cedo no dia seguinte com ela ainda enroscada a mim e uma quantidade considerável de cabelo em cima do meu rosto. Me desvencilhei com cuidado e após me vestir a chamei, como me pediu que fizesse, para aproveitar o dia com seus pais.

Arrumei a cama em que dormimos enquanto ela se vestia e me sentei para observar enquanto ela terminava de pentear os cabelos, para então sair juntos em direção à sala onde todos já nos esperavam.

Decidimos passar o dia em família em casa mesmo, pois frio não estava muito convidativo para ir a rua, assim aproveitamos o dia sem nos preocupar com roteiros e lugares onde comer. Meus sogros iriam embora após o almoço, pois queriam chegar em casa antes do anoitecer, então para poupar tempo Ron e Mione deixaram quase tudo pronto já no dia anterior.

—O que acham de almoçarmos agora? - Minha irmã sugeriu. - Estou com fome.

—É um pouquinho cedo, não acha amor? - Ron questionou.

—Acho ótimo, querida, assim não nos demoramos muito por aqui e aproveitamos o almoço juntos. - Molly concordou de imediato.

—Ok, vamos buscar as coisas então. - Ron se adiantou, levantando já em direção à cozinha com a esposa.

—Deixa que eu ajudo, Ron. Pode ficar. - Ofereci sabendo que ele e Gina gostariam de ficar um pouco sozinhos com os pais.

Chegamos ao nosso destino e ela foi direto à geladeira retirar algumas travessas de comida pronta para colocar no forno enquanto eu procurava pratos e talheres no armário. De canto de olho observei que várias vezes durante essa tarefa ela sorriu para o nada, cantarolou alguma coisa ou fixou seu semblante em uma expressão clara de felicidade.

—O que foi? - Perguntei por fim.

—Nada, por que? - Respondeu corando um pouco e voltando sua atenção ao que fazia, sem me olhar.

—Você está diferente, feliz.

—É não é bom que eu esteja feliz? - Tentou mudar o foco do assunto.

—É ótimo, só queria saber o motivo. Quem sabe não me deixa tão feliz também? - Tentei argumentar e ela riu com vontade.

—Não se preocupe com isso, Harry, não é nada. - Negou novamente e eu resolvi deixar pra lá.

Ajudei a preparar o suco enquanto ela verificou o ponto da carne assada que preparava e concluiu que precisaríamos ainda de mais alguns minutos até que tudo estivesse pronto.

—Não marque nada para sábado que vem, você e Gina precisam vir jantar aqui. - Convocou, depois de um tempo em silêncio.

—Vamos comemorar? - Tentei novamente, aproveitando sua distração.

—Comemorar o que? - Esquivou-se, mas notei quando ela sorriu um pouco antes de me responder.

—O motivo da sua felicidade. - Ri também quando minha tentativa falhou.

Antes que eu insistisse no assunto ela se virou para mim, como que lembrando de algo.

—Falando em comemorar, por favor comemore mais baixo da próxima vez que dormirem aqui em casa. - Me repreendeu sem aparentar estar brava, com um pouco de diversão. - Ouvir a Gi gemendo não é minha canção de ninar preferida.

Eu gargalhei com essa última frase.

—Eu gosto, mas não consigo dormir quando escuto. - Brinquei e ela me deu um tapa no ombro. - Desculpe, não queria atrapalhar seu sono.

Ela se virou novamente para o forno sem me responder e puxou suas luvas térmicas de cima da pia quando constatou que nosso almoço estava pronto.

—Ron também ouviu? - Quis saber, já prevendo que ele provavelmente falaria alguma coisa e eu deveria desde já inventar uma resposta criativa para dar a ele.

—Não, ele já estava dormindo quando começou.

—E você estava com insônia? - Questionei avaliador, observando-a abaixada de costas para mim.

—Sim, um pouco. - Me contestou se levantando com a assadeira nas mãos e fechando a porta do forno com o pé.

—Por que? Você nunca teve insônia. - Constatei e ela negou com a cabeça, rindo novamente.

—Não é nada, príncipe, já disse. - Negou novamente, me chamando pelo mesmo apelido que minha mãe o fazia desde que eu era pequeno.

—Ok, então vamos esperar o jantar do próximo sábado. - Me rendi à espera que ela impôs e a segui quando começou a levar as coisas para a mesa de jantar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!