Speechless

Capítulo 55


POV Harry

Eu sabia que Gina nunca havia saído do país, e mesmo que minha intenção inicial para nosso primeiro aniversário fosse apenas um jantar romântico, um hotel legal e uma noite inesquecível, não tive duvidas de que esse improviso de ultima hora seria o presente mais perfeito que ela poderia ganhar.

Depois de abraçá-la fortemente no hall de entrada, eu elogiei o vestido simples e bonito que estava usando, de um azul claro e com a saia levemente pregueada, e saímos em direção ao estacionamento, onde o carro alugado nos aguardava. No caminho, liguei para o celular do Rony.

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—Alô. - Cumprimentou ao atender ao telefone.

—E ai, cara, beleza? - Perguntei passando pela praça de alimentação do aeroporto, enquanto minha namorada segurava minha mão e olhava tudo em volta.

—Beleza. Ela já chegou? - Quis saber da irmã.

—Já, acabou de chegar. Estamos saindo do aeroporto agora. E se lembre de que não atenderemos telefone no final de semana, mas ela te liga antes de embarcar. - Informei e ele riu do outro lado da linha, enquanto Gina me olhava sugestivamente, acariciando as costas da minha mão com o polegar.

—Ainda não sei o que eu tinha na cabeça quando concordei com isso. - Ironizou, em tom divertido. - Bom final de semana pra vocês, diga a ela que mandei um beijo.

Nos despedimos depois disso, no mesmo momento em que cruzamos a porta de entrada e a noite agradável de Paris nos recebeu. Dali não era possível ver muito da cidade, ainda mais estando tudo escuro, mas mesmo assim ela olhou ao redor, encantada.

—Gostou? - Perguntei abraçando-a por trás e caminhando em seu ritmo.

—Nem sei dizer o quanto. - Respondeu passando os braços sobre os meus, retribuindo o carinho. - Obrigada por isso, eu não conseguiria imaginar uma surpresa melhor.

O carro não estava muito longe da porta de entrada, então chegamos até ele no momento em que ela me agradeceu. Com as mãos em sua cintura, girei seu corpo e a encostei na porta do passageiro, me encostando a ela em seguida. Não dei tempo para que ela processasse o movimento e grudei nossos lábios, em um beijo urgente, quente.

Quando nos separamos, levemente arfantes, ela me olhou maliciosa e eu apertei sua bunda descaradamente, mesmo por cima do tecido grosso do vestido.

—Está com fome? - Perguntei mantendo o nosso clima de provocação.

—Um pouco. - Respondeu descendo as mãos pelos meus braços, arranhando levemente minha pele no caminho.

Ela sempre fazia isso, e eu sempre ficava excitado com o gesto.

—Então vamos logo, ainda temos muito que fazer hoje. - Convidei e dei um selinho demorado, para depois abrir a porta para que ela entrasse e dar a volta, entrando no banco do motorista.

Eram aproximadamente nove da noite quando a peguei no aeroporto, e como nosso aniversário de namoro seria apenas no dia seguinte, fomos para uma lanchonete descontraída e bem ao estilo Frances e comemos sanduiches e crepes típicos. Depois disso deixei o carro num estacionamento qualquer e caminhamos juntos pelo centro.

No verão havia muitos turistas por aqui, então por todos os lados se via barraquinhas de artesanato e várias outras coisas. Passamos por algumas das principais ruas da cidade e para encerrar a noite fizemos um passeio calmo pela Torre Eiffel, para que Gina a visse iluminada.

—Lindo, não é? - Perguntei retoricamente, vendo seu olhar encantado.

—Muito! - Respondeu boquiaberta e depois me olhou, completando a frase. - Fica ainda melhor com você aqui.

Eu sorri como um bobo e me sentei em um dos bancos que havia por ali e estava vazio. Antes que Gina se sentasse ao meu lado, eu a puxei para o meu colo, abraçando-a assim que se sentou. Não sei quanto tempo ficamos abraçados e em silencio, aproveitando a companhia um do outro e olhando a cidade mais romântica do mundo se estender à nossa volta.

—Aqui ninguém nos conhece... - Observou preguiçosamente, com o rosto deitado no meu ombro, como estava antes.

—Isso quer dizer que podemos fazer sexo na rua. - Completei sua frase e ela gargalhou.

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—Na verdade, eu ia dizer que parece um sonho, mas sua ideia é mais original. - Terminou o que ia dizer, me fazendo rir também.

—Na rua não, é muito exibicionismo das nossas habilidades. - Justifiquei e ela riu baixinho, sem mudar de posição. - Mas, eu estou hospedado no mesmo hotel no ano passado, alguns andares acima, dessa vez. E eu sempre tive certas fantasias com varandas, como a que tem no meu quarto. - Falei baixinho, em seu ouvido e ela riu, antes de se arrepiar com minha ultima frase. - Transar com você, tendo essa vista como plano de fundo será fantástico. - Finalizei, apontando em volta.

—Com certeza será algo de que não se esquece tão fácil. - Confirmou se ajeitando no meu colo, e roçando seu corpo no meu, propositalmente. - O que acha de encerrar nosso passeio por hoje, e você me mostra toda a sua capacidade em fazer coisas excitantes, fantásticas, e inesquecíveis? - Sugeriu, sussurrando bem próximo ao meu ouvido.

—Acho que o meu corpo está com saudade do seu. - Falei acirrando o aperto em torno da sua cintura, fazendo-a me sentir. - E acho que você está me deixando excitado. - Esfreguei meu corpo no dela, e ouvi um gemido baixo sair de sua boca, junto com uma risada safada. - E acho você deveria fazer ainda mais gostoso do que sempre faz, porque quero guardar uma boa

lembrança da minha primeira vez em Paris. - Gina riu com a minha ultima frase e levantou no meu colo quando eu a empurrei gentilmente.

Me levantei em seguida e caminhamos, não tão calmos quanto antes, em direção ao lugar onde havia deixado o veículo. Poucos minutos depois estávamos no elevador e, como ninguém nos conhecia, minha namorada me encostou na parede do mesmo assim que a porta se fechou e nos beijamos afoitos desde a garagem até o nono andar.

Quando as portas se abriram para que pudéssemos descer, ambos estávamos ofegantes, e por isso eu tive tempo suficiente de trancar a porta antes que ela grudasse novamente em meu pescoço e o atacasse com aqueles beijos quase mortais que me dava. Como prometido, aproveitaríamos o fato de que ninguém nos conhecia, e por isso eu passei direto pela cama e a guiei de costas até a porta, até então fechada, da varanda.

Destravei o trinco e deslizei o vidro para o lado, dando espaço suficiente para passar nossos corpos por ali. Mais alguns passos e eu a encostei na grade de proteção do pequeno espaço externo ao quarto.

Estávamos a nove andares de altura, cercados de restaurantes de luxo e edifícios comerciais, onde certamente ninguém estaria às onze e meia da noite em uma sexta feira de verão, por isso não me preocupei quando espalmei minhas mãos em seus joelhos e as subi, levando junto seu vestido, até chegar às laterais da calcinha, fazendo carinho por toda a região das suas coxas.

Esperei que ela tirasse minha camiseta e jogasse no chão ao nosso lado, para depois descer meus beijos por seu pescoço e então me abaixar em sua frente e infiltrar minhas mãos sob sua saia o suficiente para na volta trazer sua calcinha junto. Ainda usando os sapatos de salto, ela levantou um pé, e depois o outro, para que eu tirasse completamente a diminuta peça e a deixasse sobre minha camiseta.

Quando me levantei novamente, seu rosto expressava o mesmo fogo de sempre, quando estávamos prestes a transar, e eu apoiei minhas mãos na grade, ao lado do seu corpo, enquanto ela chupava meu pescoço e abria o botão e o zíper da minha calça jeans, me alisando lenta e deliciosamente durante a tarefa.

Não iríamos ficar nus em uma varanda voltada a uma cidade inteira, então abaixamos minha calça e a cueca o suficiente para que não nos atrapalhasse e enquanto ela arranhava minhas costas do jeito que me deixava louco, beijei novamente seu pescoço e infiltrei minha mão sob seu cabelo. Ouvi quando ela gemeu quando eu apertei seus fios ruivos entre meus dedos, puxando-os o suficiente para que ela sentisse.

Ainda segurando-a dessa forma, me afastei bruscamente e virei seu corpo de costas para mim. Imediatamente suas mãos seguraram a grade de proteção à nossa frente e ela se inclinou levemente, me dando a visão do seu corpo perfeito, e nesse momento todo empinado para mim. Soltei seus cabelos e, com as duas mãos, levantei sua saia, segurando firme e possessivamente seus quadris.

—Temos que apreciar a vista juntos, senão não tem graça. - Falei em seu ouvido, enquanto unia meu corpo ao dela.

A expressão de prazer que ela fez durante todos os longos minutos que passamos ali me instigava a nunca tirar minhas mãos de seu corpo e devorar seu pescoço ao mesmo tempo em que ambos chegávamos próximo do clímax. Nossos gemidos já não eram tão contidos e meu corpo todo parecia ter consciência da presença dela quando gozamos juntos. De fato, Paris nunca me pareceu tão bonita.