You Changed My Life

É... Vai ter que ser do jeito dificil.


As lagrimas escorriam incessavelmente pelo meu rosto. Assim que cheguei em casa, abri a porta rapidamente e corri em direção a escada. Minha mãe me olhou assustada e se levantou vindo atrás de mim. Subi as escadas o mais rapido que eu podia eu não queria ter que responder a todas as perguntas que, com certeza minha mãe faria.

Entrei no meu quarto e fechei a porta, a trancando logo em seguida.

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– Lisa querida, tá tudo bem, meu amor? - As lagrimas desciam cada vez mais, e eu soluçava.

– Tá mãe. Tá tudo bem. - Disse tentando segurar o choro.

– Filha, por que está chorando? - Me virei me encostando na porta e deslizando por ela, me sentando no chão.

– Não é nada, mãe. Por favor me deixa aqui.

– Tem certeza que não quer falar sobre isso?

– Tenho mãe, tá tudo bem. - Ouvi ela suspirar do outro lado da porta e murmurar um "tudo bem.". Minha mãe nunca foi de invadir a minha privacidade, ou algo assim. Ela sempre me deixou muito a vontade.

Quando tive certeza de que ela tinha saido dalí, comecei a chorar um pouco mais alto.

Talvez eu tenha guardado isso por muito tempo e essa situação foi demais a ponto de eu não aguentar mais. Droga, eu era tão fraca!

Eu não suporto a ideia de que eu estou chorando por ele. NÃO CARA, EU NÃO POSSO TÁ CHORANDO POR ELE! QUE DROGA! Ele não é nada. Eu sempre odiei ele não foi? Então por que isso agora?

Me deitei na cama ainda chorando e depois de um tempo dormi.

***

Acordei e já eram 8:45. Porra, nem vou levantar mais pra ir pra escola, não dá tempo. Me deitei de novo e cochilei um pouco.

Depois de uns 15 minutos, resolvi levantar. Fui pro banheiro com uma indisposição enorme e fiz minha higiene matinal. Eu estava com olheiras enormes.

Vesti uma roupa qualquer e desci. Minha mãe estava na sala, assistindo.

– Mãe por que não me acordou pra ir pra escola? - Perguntei, indo pra cozinha.

– Bom dia pra você também. - Ela respondeu e eu revirei os olhos. Ok, ás vezes eu duvido que a adolescente nessa casa seja eu.

Ela veio atrás de mim e ficou me olhando, encostada no batente da porta.

– Por que tava daquele jeito ontem? - Baixei a cabeça e fui até a geladeira, abrindo e pegando suco.

– Não era nada, mãe.

– Filha você sabe que pode confiar em mim... Foi aquele garoto o Luke? Ele te fez algo? Por que se fo... - A interrompi

– Não foi o Luke, mãe.

– E então? - Eu suspirei.

– Não foi nada, mãe... Eu tô bem. - Dessa vez ela suspirou e balançou a cabeça negativamente.

– Tudo bem, querida. Se não quer contar eu não vou insistir. Mas eu estou sempre aqui pra o que você precisar, você sabe disse não sabe?! - Eu assentii, mordendo o lábio. Peguei uma maçã e subi pro meu quarto.

***

Minha mãe tinha ido trabalhar e mais uma vez eu estava sozinha em casa. Não que eu achasse isso ruim era até bom.

Me levantei, indo deixar as louças sujas na pia. Só que como eu sou muito inteligente supeeeer atenta e nada desastrada, eu tropecei em algumas roupas minhas que tinham no chão ( Sim, tinham roupas sujas no chão. Se é o quarto de uma garota normal? Não, esse é o meu quarto. .-. ) E caí. PALMAS PRA LISA! *clap, clap, clap*

Foi tipo assim, meu pé enganchou na blusa e eu pisei na mesma blusa com o outro pé o que fez eu cair, praticamente de cara no chão. Só que tinha a minha mesinha perto e eu tentei me segurar o que teria dado super certo, se não tivesse um caderno em cima da mesa e ESSA BOSTA CAISSE DA MESA, LEVANDO MEU BRAÇO E ME FAZENDO TACAR O COTOVELO NO CHÃO GERANDO UMA DOR INFERNAL!

Daí que eu vi que o resto do suco tinha caido no meu edredom, limpinho que eu tinha colocado hoje de manhã. Nossa Lisa, nossa parabéns pra você, merece um premio por tanta lerdeza.

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Ok meu quarto é assassino e eu sou a próxima vitima daora a vida. Tá Lisa, respira.

Acharam que tinha acabado? Se eganaram! Por que eu fui levantar e estava indo em direção a porta, depois de juntar as louças que tinham caido com minha ridicula queda e aí meu dedinho mindinho do pé acidentalmente, assim do nada, bateu na quina da mesinha assassina que tinha me derrubado.

Aí foi o fim.

– PORRA! QUEM FOI A PRAGA QUE COLOCOU ESSA MESA SATÂNICA PERTO DA PORTA? AAH, MEU DEDINHO! - Sim, sou exagerada.

Então eu desci pra cozinha. Com um cotovelo doendo um dedinho quebrado e me atrapalhando toda com as louças.

Deixei as louças na pia e assim que ia voltando pro meu quarto, alguém bate NA PORRA DA PORTA ME DEIXANDO MAIS ESTRESSADA AINDA!

Fui bufando até a porta, a abrindo bruscamente. Meu corpo estremeceu quando vi quem estava lá.

– Por que não foi pra escola hoje?

– Por que quer saber? - Ele abaixou a cabeça e depois voltou seu olhar para mim.

– Fiquei preocupado. - Eu ri sarcastica. - Posso falar com você?

– Não cansa de fazer a mesma pergunta todas as vezes que me vê?

– O problema é que eu nunca recebo a resposta que espero. - Ele falou tirando as mãos do bolso e se aproximando.

– E nem vai receber. - Falei de cabeça baixa. "Não posso olhar em seus olhos, não posso olhar em seus olhos." - Agora eu vou fechar a porta e sugiro que você se afaste, a não ser que queria quebrar o nariz e se eu tiver sorte o resto da cara toda. - Tentei parecer forte mas minha voz acabou falhando em alguns momentos.

– Não vou sair daqui enquanto eu não falar o que tenho pra falar.

– Cara, então vai demorar um pouquinho... E se quiser pode ficar aí, eu vou fechar e trancar a porta e subir pro meu quarto. Tchau. - Tentei fechar a porta, mas ele me impediu.

– Lisa... Me deixa falar. Por favor. - Ele falou me olhando suplicante e eu tentei ignorar. Tentei.

– Uai não tô te impedindo de falar só não vou ouvir. Simples.

– Odeio essa sua irônia.

– É? Pois eu adoro ela.

– Para com isso, cara!

– O que eu tô fazendo ué?

– Então tá acho que vai ter que ser do jeito dificil. - Dito isso ele me empurrou pra dentro e me encostou na parede, fechou a porta e colocou os um braço de cada lado me impedindo de sair dali.

– Só acho que se você não quiser levar um soco no meio da cara devia me soltar. Tipo, agora.