Haruma

Capítulo 6 - Reforços


Capítulo 6 – Reforços


Soul Society. Rukia fora até lá apresentar um relatório. Estavam os dois, Ukitake, Shunsui e Byakuya em uma sala do décimo terceiro esquadrão.

- Sim, nós o vimos. Usa roupas vermelhas, tem uma mecha de cabelo vermelha como sangue se destacando nos fios castanhos e carrega o tempo todo uma rosa branca – Rukia esclarecia. Ele trata as vítimas exatamente como foi descrito pra nós.

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Rukia entregara seu relatório para Yamamoto, que atribui ao décimo esquadrão a missão de lidar com Iruma, e ordenou ao sexto esquadrão continuar investigando a Lua Vermelha.

- Com licença, Sou-taijou. O sexto esquadrão já perdeu muitos oficiais.

- Rukia. Uma oficial não deve contestar o Capitão Comandante – Byakuya disse, irritado.

- Não seja tão rude Byakuya – Shunsui a socorreu.

- Ele tem razão. Rukia-chan só está preocupada – Ukitake falou.

- Nós vamos ajudar o sexto esquadrão. Iruma é capaz de interferir no tempo e nas memórias, é alguém perigoso – Ukitake ofereceu, sendo apoiado por Shunsui.

- Muito obrigada – Ela agradeceu aos dois.

Após deixarem o primeiro esquadrão e se reunirem no décimo terceiro, Ichigo e Rukia se encaminhavam ao quarto, para visitar Renji e o oficial, feridos por Iruma.

- Vamos ter trabalho pra derrotá-lo. É um inimigo perigoso pelo qual você não deve se deixar cortar – a shinigami comentava.

- Estou preocupado. Não acho que ele esteja no nível de Aizen, mas é muito difícil encontrar uma brecha pra defesa ou ataque. Por muito pouco não perdemos Renji e aquele sobrevivente.

Ela apenas suspirou. Não havia muito o que fazer mesmo, só tomar cuidado e andar alerta. Entraram no esquadrão sendo atendidos por Unohana e encaminhados por Isane até a sala do oficial. Após conversarem algum tempo com ele, se dirigiram a Renji, na sala ao lado.

- Parece que está dormindo... – Rukia observou.

Era possível ver, através do kimono branco, que o tenente tinha as costas envolvidas por bandagens, levemente manchadas de sangue, que para o alívio de Rukia, estava seco, o que indicava que qualquer indício de hemorragia já se esgotara. Renji estava deitado de lado, para evitar pressionar o ferimento nas costas. O longo cabelo vermelho estava solto. O kimono shinigami, as sandálias, meias e a zampakutou em uma mesa ao lado da cama.

- Parece que passou maus bocados – Ichigo falou.

- Foi muita sorte do oficial Renji ter chegado a tempo de protegê-lo daquele golpe. Não estava muito ferido, mas se Iruma o tivesse acertado, teria sido fatal.

- Isso aí... Eu sou demais... – ouviram o tenente ferido sussurrar.

- Seu idiota! – A pequena reclamou – Estava acordado esse tempo todo!

- Só não me senti disposto pra falar – disse com a voz mais alta dessa vez.

- Pra se gabar você teve força – falou o ruivo.

- Vieram aqui só pra me repreender... Não vão nem perguntar como eu estou?

- É pras isso mesmo que viemos – a tenente esclareceu.

Conversaram por algum tempo. Rukia deixou a sala por um tempo para trocar algumas palavras com Momo e Hitsugaya que passavam pelo esquadrão para interrogar alguns shinigamis sobre Iruma. Ichigo pretendia sair também, há um bom tempo que não via o amigo baixinho, mas Renji segurou seu pulso.

- Ichigo... Eu sei que a situação é muito grave. Sei que vocês dois tem muito potencial, mas por favor... Seja mais prudente nas suas lutas de agora em diante. Não é sempre que você vai conseguir se salvar no último segundo.

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Refletiu a respeito das palavras que ouvira. Ele tinha razão.

- E a propósito... Antes que a Rukia volte... Eu já me conformei. Rukia é muito forte, mas deixo nas suas mãos como dever de cavalheiro protegê-la sozinho enquanto estou assim.

Ichigo podia jurar que seu coração parou por alguns segundos. Era tão visível assim o que ele sentia por Rukia?

- Como é que você pode ter tanta certeza disso? Quem é que disse que eu gosto tanto assim dessa baixinha irritante?

- Eu posso ver... Nos seus olhos e nos dela também, escondido lá no fundo.

Ela também sentia algo? Queria sorrir, mas estava embaraçado com o atrevimento do tenente de falar aquilo. Felizmente Rukia veio em seu socorro chamando-o para irem embora. Despediram-se de Renji e saíram da sala. A alguma distância do esquadrão encontraram uma típica cena de Hitsugaya sendo atacado e esmagado num abraço de Matsumoto.

- O capitão consegue ser tão calmo e fofinho, mesmo nos tempos de guerra!

- ME SOLTA!!! – O baixinho gritava, irritadíssimo.

Momo ria. Conversaram um pouco com os três antes de partirem.

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- O que? Sua baixinha irritante! Não fique me dando ordens assim! – Falava com Rukia ao telefone, o qual recebera da Soul Society para se comunicar com os demais shinigamis – Reforço? Toushiro? Talvez isso ajude a controlar melhor as coisas – após desligar, uma reiatsu forte o atingiu e correu na direção dela.

Nas ruínas do orfanato, Iruma coletava sangue.

- Pode parar! – Ichigo gritou, tendo chegado ainda a tempo de salvar a próxima vítima, uma shinigami já caída no chão.

- Você... – Iruma o olhou de maneira fria – Há algo diferente em você. Você é parte humano não é?

- Como pode ser tão frio?

- Também sou humano. A frieza é um dos elementos que por vezes caracteriza a natureza humana.

- Miserável... – murmurava para si mesmo, cada vez mais irritado.

- Mas deixando isso de lado... Não tenho interesse em humanos.

- Os humanos não são insignificantes como você pensa.

- Eu vou me livrar de qualquer um que ficar no meu caminho e você não é uma exceção.

Iruma atacou e teriam iniciado um pesado combate se Hitsugaya, aparecendo repentinamente, não tivesse salvado o substituto dessa ocupação.

- Todos, se afastem. Ele não poderá vencer Hyourinmaru.

Ichigo sentiu uma dor no peito quanto o vento gelado o atingiu. Num segundo não podia se mover, estava paralisado, caiu no chão sem nada poder fazer. Por ordem do capitão, Ichigo e a shinigami ferida foram levados por outros oficiais para a loja de Urahara. Um grande grupo de hollows controlados por Iruma apareceu, transformando o campo de batalha em um caos. Um hollow, que seria branco e puro se não fosse pela fuligem, se destacava entre os demais, mas não era percebido pelos que lutavam. Tinha movimentos distintos dos demais e o buraco no peito era quase inexistente. Após vários minutos de luta Hitsugaya atacou um falso Iruma, era uma cópia hollow. Nesse momento os oficiais entraram na luta e Iruma, com um sorriso perverso, os massacrou sem pena. Hitsugaya ativou o bankai e atacou o assassino, que minutos após, desapareceu. Numa luz clara como um trovão o capitão vislumbrou um hollow, que urrou e sumiu.

- Que estranhos... – Não havia mais ninguém ali além dele e dos oficiais feridos.

- Ele foi rápido o suficiente para fazer a substituição – disse Shunsui.

- Ele fugiu – confirmou Ukitake – Viemos ajudar, só espero que não tenhamos chegado tarde demais – falou observando os feridos.

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Sozinho, Iruma mantinha-se observando a rosa branca, mas seus pensamentos foram interrompidos.

- E AÍ?! – O hollow que lhe oferecera ajuda apareceu gritando, o que o fez erguer a espada contra ele.

- O que você quer?!

- Eu vi você lutando com os shinigamis...!

O hollow escandaloso parou de falar e afastou-se rapidamente quando Iruma investiu golpes de espada contra ele.

- O que você quer?!

- Espere! Deixe falar! Eu posso ajudar! Serei leal! – O hollow curvou-se no chão, ainda tendo a espada erguida contra sua cabeça – Está ficando cada vez mais forte com o sangue dos shinigamis! Eu também não gosto dos shinigamis! – Ele gritava, cutucando a lâmina vermelha da zampakutou.

Notando que o hollow não lhe ofereceria perigo, abaixou a espada, unindo toda a paciência que lhe restava para ouvi-lo. Quando se cansou da gritaria, tomou a palavra.

- Talvez hollows possam ser úteis...

- Isso mesmo!

- Você será o mais importante.

- O mais importante?!

- Mas todos... Você também, devem seguir o que eu disser.

- Eu darei o meu melhor! – Falou antes de desaparecer.

Abaixou a espada e apoiando-se nela, caiu de joelhos. A lâmina da espada rosnou.

- Está tudo bem. Eu devo esperar – ele falou para a lâmina, em seguida virando-se para fitar a rosa nos degraus da porta dos fundos do orfanato – Haruka... – sua voz nunca saíra tão triste.

Os momentos que vivera com ela voltaram à sua cabeça, parecia até mesmo que podia escutar sua voz. Caminhou até os degraus, recolheu a rosa e sentou-se, olhando-a fixamente. A dor cortou seu coração, o que fez seu rosto se contorcer brevemente em sofrimento. Levantou-se, desceu os degraus e fitou as estrelas, tentando ignorar a lua de sangue.

- Eu estou certo... Não há outro caminho.