Love Way

Capítulo 6 - Equivocado.



James desligou o carro. Os pingos de chuva batiam violentamente na janela do carro. Mais um dia.

Abriu a porta do carro e pegou sua mala. Assim que fechou o carro, James correu para não se molhar.

Chegou ao tapete da porta de entrada do hospital e chocalhou o cabelo molhado.

– James, acho que isso não é uma boa saudação para meu segundo dia de trabalho. – o tom brincalhão de Lily chegou aos ouvidos de James.

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– Ah, Lily. Desculpe-me. – o moreno disse sem graça enquanto a ruiva parava à sua frente. Seus cabelos ruivos estavam presos em um rabo de cavalo e usava uma calça jeans com uma bata branca.

– Que nada. Estava apenas brincando. Relaxa – Lily disse limpando algumas gotas que estavam em seu braço.

– Hm... Bom dia, não é? – Jay riu um pouco.

– É. Bom dia. – Lily sorriu.

– Então, vamos trabalhar? – ela perguntou olhando para dentro do hospital.

– Claro. Eu queria te passar umas coisas. – James disse entrando e Lily o observava atentamente e absorvendo as informações. Pelo menos James ainda não tinha comentado sobre sua promessa à Dorcas. Lily sentia-se... pressionada? Talvez...

–- # --

Seattle, Washington, EUA.

O telefone tocava novamente. E se dependesse de Marlene, ele tocaria até explodir.

“sua mensagem está sendo encaminhada para a caixa... BIP: Marlene, amor, abre a porta para a gente conversar!”

O tom de voz de Sirius era suplicante.

Marlene bufou com raiva e levantou de sua cadeira.

Pegou a base do telefone e a puxou com tudo, soltando os fios. Abriu o vidro de sua janela na sala e deixou que a base de seu telefone voasse até o chão depois de quinze andares.

Ela nem se importava com quem estava em baixo.

Um sorriso satisfeito brotou no rosto de Marlene, e a mesma voltou para sua mesa e café da manhã.

Após alguns minutos de silêncio, alguém esmurrava a porta.

– Sirius Black, pare já de tentar derrubar minha porta! – a morena gritou.

– Marlene! É sério! Por favor! – a voz de Sirius saiu estridente, mas ia caindo, ficando fraca. Uma pequena chaminha de compaixão queimou em Lene, um pouquinho. Talvez o suficiente para deixá-lo entrar.

– Sirius, se você não percebeu, eu ainda estou furiosa com você! – Marlene esbravejou de frente para a porta.

– Eu sei, querida! Mas, por favor! Abre a porta, Lene!

Marlene resmungou contrariada, mas abriu a porta.

– Obrigada, Lene. – Sirius murmurou e passou calado para o quarto. Marlene estreitou os olhos em sua direção. Deu de ombros, e voltou a aproveitar seu café da manhã. Se o Black quisesse que tudo voltasse ao normal, teria que pedir desculpas. Uma coisa que ele não faria nem morto.

(...)

O silêncio era predominante naquele recinto. Sirius de vez em quando olhava de esguelha para a namorada, que nem se importava, mas sabia que estava sendo observada.

Marlene pigarreou e levantou-se da mesa, onde Sirius continuou a comer.

Jogou-se cansada em seu sofá. Acomodou-se confortavelmente e pegou o controle da TV.

Lene ficou tentando concentrar-se em seu programa, mas sua atenção sempre voltava para Sirius, que a olhava discretamente no sofá.

Marlene bufou indignada e foi procurar seu jogo. Sirius levantou-se da mesa e acabou de comer.

– Marlene, cadê o telefone? – ele perguntou olhando para um lugar vazio em uma pequena mesinha, onde jazia há pouco tempo o telefone e sua base.

– Eu joguei pela janela, ué. – Lene respondeu apertando suas escolhas em seu jogo e preparando-se para jogar.

– Como assim jogou pela janela, Marlene? – Lene, que já estava em seu jogo dançando, deu pausa e virou-se para Sirius.

– Jogando, sabe? Com as mãos. Por ali. – ela apontou para a janela aberta.

– Marlene, por que você fez isso? – Sirius perguntou colocando as mãos na cintura.

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– Você não parava de me ligar, queria que eu fizesse o quê, Black?

– Não precisava jogar, não é?! – Sirius falou e logo se arrependeu lembrando que estava em falta com a namorada. Ele não podia fazer isso. Do jeito que ele a conhecia, sabia que ela chorara na noite anterior, não que ela fosse confirmar.

– Lene, amor, você me desculpa? Eu não queria fazer nada ontem. – ele disse chegando perto de Lene. A morena logo desligou a TV e seguiu para seu quarto.

– Marlene, é sério. Por favor. - ele a seguiu e se aproximou.

– Sirius, não... Eu não quero falar sobre isso, ok? – Lene disse sentando-se em sua cama. Sua voz não era mais mandona, estava fraca e ressentida

– Lene, por favor. Não fique com raiva de mim. Eu posso te compensar. – Sirius disse sentando-se ao seu lado.

– Sirius, por mais que pareça besteira, me magoou muito.

– Eu sei, minha rainha. Eu te peço mil desculpas. – Six sussurrou ao ouvido de Lene e essa se arrepiou. Por mais que tenha ficado longe dele apenas uma noite, sentia sua falta.

– Mas... eu... – Marlene balbuciou enquanto Sirius a deitava na cama e a abraçava.

– Não precisa falar. Ok? Tudo bem. – ele respondeu por ela e a beijou.

Marlene parecia sonolenta nos braços de Sirius, mas antes que ela pudesse cair em sono profundo, Sirius falou:

– Senti sua falta. – com o coração aos pulos.

–- # --

Marlene remexeu-se nos braços de Sirius.

Sirius acordou de seu cochilo.

– Six, eu te perdôo. Mas vai ter volta. Também senti sua falta. – ela sorriu e beijou-lhe. Sirius, por mais que estivesse com medo da ameaça de vingança de Lene, ele não poderia estar mais feliz.

§§§§§§§§§§


– Bom Lily, acho que acabou o trabalho. – James suspirou cansado ao fim do dia.

– Aham. Então... Até amanhã. – Lily disse e arrumou suas coisas para ir embora.

– Lily, então, eu te levo em casa. – James disse.

– Não precisa, James. Sério. Dessa vez eu quero ir andando e ver um pouco as ruas.

– Não, eu te levo. – James continuava a insistir. Jay não estava se sentindo bem. Ele sabia que ao chegar a sua casa não poderia adiar a conversa com a esposa, assunto delicado. E Lily insistindo só piorava seu humor. Ela não podia ser menos teimosa?

– Lily, por acaso você algum encontro para não ir comigo? – James perguntou. Lily se impressionou com a sua cara de pau. Ele não tinha nada haver com a sua vida e quão ele estava sendo estúpido?!

– James, acho que isso não é da sua conta! –

– Tudo bem, Lily. Eu entendo. Pode ir se encontrar com ele. – James disse. Com certeza ele não estava se sentindo bem ou normal.

– COMO?! James, pára de inventar! – Lily gritou. Não estava gostando de James falando coisas suas, e ainda mais erradas. Quem ele pensa que é?

– Lily, tudo bem. Já disse que entendo e... – James falava e parecia que havia bebido.

– CALA A BOCA! VOCÊ NÃO ENTENDE NADA! – Lily gritou sentindo os olhos arderem e pegou sua bolsa, e saindo.

James havia agido como um completo ignorante e idiota. Lily se mantinha com muita raiva daquela pessoa que chamava de amigo.

Saiu furiosa rumo a casa.

James não entendia o porquê da ruiva em ficar com raiva. Afinal o que ele havia feito de errado?

Totalmente cansado e frustrado, deixou-se cair em sua cama de consulta e acabou dormindo. Ele podia não saber agora, no momento, mas mais tarde, ele haveria de descobrir o quanto estúpido e grosso havia agido com sua nova amiga.