Love Way
Capítulo 12 - Resposta.
O silêncio era incômodo ali; era pesado, frio.
– Kate? - James indagou, apenas virando o rosto um pouco do tráfego para fitar a mulher, que estava ereta e calada.
Ela continuou calada.
– Eu sei que está sendo difícil, Kate. Mas você não pode colaborar? Também está sendo difícil para mim tudo isso - Jay disse calmo. Não havia motivos para se irritar, a mulher já sabia que isso o irritava às vezes.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Kate o olhou de esgueira, mas voltou rapidamente o olhar para frente.
– Tudo bem. Se não quiser, depois não reclame das coisas. Eu já disse que vou te ajudar, vou nos ajudar - Jay tornou a dizer sozinho. Kate apenas piscou.
Jay a olhou de novo.
– Vai continuar sem falar nada?
– Achei que seria mais difícil - Kate disse com o olhar pedrado.
– O quê?
– Essa história toda. Já achamos a solução, amor. Só basta você aceitar isso - Kate proclamou, olhando James.
– Eu já te disse, Kate. Ela é minha amiga.
– Eu sei! Amigos fazem isso, não é? - Kate sempre usava esse argumento. E isso irritava demais James. Como ela podia ser tão egoísta? Amizade não era só pensar em si, se fizesse isso, não estaria pensando na amiga, na sua vontade e opinião, de certo modo.
– Kate, por que não podemos arranjar uma pessoa para isso? Existem mulheres queprecisamdisso! Por que você insiste em uma coisa que seria... - James suspirou. - Eu não me sinto bem para poder pedir isso a Lily. -não nesse momento,James queria acrescentar.
– Por que eu não quero outra! Eu quero essa! É difícil de entender? É difícil de compreender que algo me diz isso?
– Você está sendo egoísta! Completamente fora de questão! Você nem a conhece.
– Isso poderia nos juntar! Olha aí! James! Por favor! Só a peça. - Kate implorou e logo no ponto fraco. Sabia que James poderia, talvez, pedir, com a condição de que se ela não aceitasse, eles não fariam mais nada. E Kate também sabia que Lily, pelo modo que, antes, James a descrevia, como boa e qualquer qualidade de uma pessoa super digna, ela não poderia se recusar. Claro que Kate não se importava muito com a opinião de quem quer que fosse.
Kate sentia, cada vez mais, que James ia se afastando. Distanciando-o dela. Ele estava ficando muito próximo de Lily. Kate sempre o pegava falando, sem parar, dela. Não importa a ocasião ou o lugar. Até para os sogros James já falara!
Mas sua meta, até acima de ter o tão esperado bebê, era poder mostrar a Lily que James eraseue que ele faria tudo para poder construir uma família comela. Pena que essa ideia ia se esvaindo cada vez mais de James.
Jay suspirou.
– Kate, eu não me sinto bem pedindo isso a Lily. Ela é minha amiga e... - James iria começar seu discurso.
– Tudo bem, James! Tudo bem. - Kate bufou. - Não precisa pedir. Você é um rapaz muito bom para isso, não é? Não pode fazer isso com a pobre Lily!
– Kate! - Jay bateu as mãos no volante. - Você não sabe da história de ninguém e isso não tem cabimento e ponto final.
– Argh!
James a olhou com raiva e disparou as palavras com voracidade:
– Não quero que toquemos mais no assunto, está claro?
Kate não se deu o trabalho nem de olhar.
– Está claro, Kate? - Jay tornou a perguntar.
– ESTÁ CLARO?
Kate se sobressaltou em seu banco e olhou para James.
– Cristalino - respondeu estreitando os olhos. Aquele foi o começo de uma longa viagem e briga.
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– James! - Remo disse dando uma tapinha nos ombros de James.
Jay virou-se para olhá-lo e sorriu cansado.
– Olá, Remo - respondeu. O loiro sorriu e sentou-se à sua frente.
A cantina do hospital estava silenciosa e só havia dois médicos, duas enfermeiras, James e Remo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Bem, vejo que você não parece muito bem - ele disse e pediu um café.
James apenas bebeu mais um gole de seu café e resmungou algo.
– Você não andou dormindo, Potter. O que anda acontecendo? - Remo perguntou, observando as manchas meio roxas em baixo dos olhos do moreno.
Remo e James cultivaram, mesmo durante pouco tempo, um laço de amizade. James também precisava de alguém para falar, e Remo parecia à pessoa adequada.
– É... Minha esposa anda criando muitos problemas com tudo esse assunto - Jay respondeu cansado; cansado de sempre ser o forte, sempre ser a única pessoa que guarda tudo, que aguenta tudo.
James já havia conversado diversas vezes com Remo, e muitas de suas conversas foram sobre si mesmo. Remo sempre o escutava e era boa a sensação que Jay sentia após suas conversas. Livre.
– James, eu não concordo com a Kate nessa cisma em chamar a Lily. Acho que você deveria deixar um tempo para sua esposa tentar entender.
– Esse é o problema! Ela não entende e nunca vai entender!
– E você preza demais a Lily, não é?
– Sim! Ela é muito importante para mim - Jay murmurou baixinho.
– Vou te contar uma coisa minha - Remo disse e se aproximou mais de James: - Uma vez, na época que eu estava estudando medicina, eu conheci uma garota. Sabe, parecia que ela era tudo para mim, mas por uma bobagem eu a perdi. E acredite, até hoje dói e eu me arrependo.
– Não correu atrás dela?
– Não. Não deu muito certo depois, sabe? - Remo disse fitando o nada por um segundo e depois balançou a cabeça, bebericando seu café.
– Aham. - James assentiu: - Você foi muito idiota, cara. Não poderia deixar a garota escapar, hein. - James falou meio brincalhão.
Remo riu.
– Eu sei. E você também não devia deixar isso acontecer. Você sabe disso melhor que ninguém, rapaz.
– É, eu sei. Não vou deixar. - James o olhou determinado e sorriu. Bebeu mais um pouco de seu café e conversou mais um pouco com Remo sobre sua época de faculdade; na manhã seguinte, veria a garota que não deixaria escapar.
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Lily correu para atender ao telefone.
– Oi, Alice.
– Lily! Você vai mesmo lá?
– Sim. Estava indo. - Lily respondeu impaciente, estava de saída!
– Ah tá! Bom, não faça besteira, ruivinha! Beijo, boa sorte. - Alice disse no telefone e desligou.
Lily desligou e saiu correndo. Iria ao Hospital, ao encontro de James. Afinal, ainda eram amigos, não é?
(...)
A figura ruiva andava em passos ritmados pelo tão conhecido caminho. Estava dobrando o corredor quando uma figura de jaleco, cheia de papéis, de cabeça baixa e loira passou a toda velocidade e se chocou contra a ruiva.
– Ai Meu Deus! Como eu sou desastrado! Desculpe-me, senhorita. - Remo disse abaixando-se para pegar os papéis.
Lily riu.
– Ah, nada não. E também sou assim. Sem problemas. - disse levantando-se com alguns papéis.
– Bom, meu nome é Remo Lupin. Médico pediatra daqui. - Remo sorriu e estendeu a mão.
– Prazer, Remo. Meu nome é Lílian Evans, mas pode me chamar de Lily. - Lily disse e apertou a mão do rapaz. Remo vacilou em seu sorriso. Não podia seraquelaLily, não é?
– É um enorme prazer conhecer você, Lily.
– Nada - Lily abanou o ar com a mão, sem graça.
Remo riu.
– Bom, como eu quase te derrubei, te convoco para comer alguma coisa comigo aqui na cantina, já que eu não posso sair. - Remo riu de novo. Estava sendo uma honra conhecer a tão falada Lily. E tinha certeza que ela era; era igualzinha, mas sempre com mais, como James a descrevia. Bem que ele foi verdadeiro quando disse que simplesmente não dava para descrevê-la. Ela também era muito cativante.
– Bem, Remo, eu estava indo ver um amigo... - Remo deixou uma risadinha escapar -... Mas eu posso ir com você sem problemas.
– Vamos lá, Lily. - Eles riram e seguiram para a cantina.
(...)
– Ah! Remo! - Lily exclamou tentando esconder uma gargalhada.
– Mas é sério! Sério - Remo disse se acalmando. Lily estava vermelha de rir.
Ela limpou os olhos que lacrimejaram de rir.
– Ai ai, você é muito engraçado, Lupin.
– Bom, eu não acho. - Remo disse e olhou para o relógio, alarmando-se.
– Lily, eu tenho que ir. Está na hora. - ele se levantou pegando as coisas - Vá à procura de James, acho que precisam conversar. Tchau.
Remo saiu apressado e deixando Lily sem entender nada.
Como ele sabia de James?
Suspirou e saiu da cantina. Olhou a hora e sabia que James encontrava-se do lado de fora do Hospital.
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Lily pisou devagar sobre a grama, não queria assustar James. O moreno estava sentado no banco da árvore, com a cabeça para trás e com os olhos fechados. Parecia descansar.
– Oi, James - Lily disse suave, sentando-se ao seu lado devagar.
James abriu lentamente os olhos e a olhou.
– Ah! Oi, Lily. - ele coçou os olhos.
– Desculpa te acordar - ela deu uma risadinha - Você parecia tão relaxado.
– Nada. Precisava mesmo. - ele deu um meio sorriso. Ao seu lado, havia um monte de papéis de exame. Seus exames, os da esposa, as cartas de recomendações da barriga de aluguel e prescrições médicas.
– O que é isso? - Lily apontou para os papéis do outro lado.
James os pegou.
– Hm... Os exames.
– Ah. - Lily balançou a cabeça. Só naquele momento se deu conta que estava tendo a conversa que tanto planejou na cabeça. Planejou o que iria falar, sentir, demonstrar... mas ali, junto, vivendo de verdade, parecia ser tão natural as coisas. Como elas seguiam.
– Como você está? - Jay perguntou, fitando os papéis.
– Bem. E você anda muito preocupado com a esposa e aquele negócio de gravidez, não é?
– Sim.
– Qualquer pessoa poderia ser a possível mãe, James? - Lily perguntou, cruzando os braços.
– Bom, de acordo com o médico, sim. Seria só ela fazer alguns exames e depois seria só aquilo de chamar os três e depois ela ficaria grávida. Só.
– É tão simples. - Lily sorriu.
– Parece, na verdade. - Jay suspirou.
– Bem, uma amiga seria o indicado, não é? Você disse que confiaria mais. - Lily disse. Ver James ali, com olheiras, cansado, sobrecarregado, exausto dos problemas a deixava muito perturbada e com uma imensa vontade de ajudar.
– Sim. - James olhou para a grama.
– Você me considera uma amiga, não é, James?
Jay a olhou, suspeito.
– Sim.
– Er... - Lily estava disposta a dizer tudo. Aceitar tudo. Passar por tudo. Porém, James a interrompeu:
– Eu tenho uma festa daqui a cinco dias de um amigo. 10 de março. Ele pediu para te convidar.
Lily suspirou.
– Aham. Eu posso ir.
– Eu passo para te pegar. - Jay disse e ficaram no silêncio; um silêncio gritante para Lily.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– James, como é o nome dele?
– Remo. Remo Lupin.
Lily sorriu.
– Ah! Eu o conheci agorinha. - James a olhou com o cenho franzido.
Lily virou-se um pouco de lado no banco e disse:
– Deixa eu te contar como foi.
(...)
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Três dias depois...
– Dorcas, eu já me decidi. Eu quero isso. - Lily falou pela milésima vez. Tudo bem, ela sabia que as amigas queriam seu bem e o que ela estava fazendo podia parecer loucura, mas elaqueriacorrer esse risco. Por ele. Ele ficaria muito feliz.
– Lily! Pelo amor de Deus, mana! Eu sou amiga do Jay e sua, mas isso é loucura! Por favor! - Dorcas tentava argumentar, desesperadamente. Mas no fundo, ela sabia que a ruiva já estava muito decidida, Lily não cedia rápido.
– Dorcas, eu só liguei para você para dizer que essa é apenas uma decisão muito importante na minha vida. Você não sabe como eu já pensei tanto nesses dias sobre isso. Eu sinto muito, mas se você continuar a me pedir, eu deixarei de falar com você - Lily disse rude. Ela não queria que fosse assim, mas suas amigas não deixavam alternativas.
– Mas... mas... Lily! - Dorcas chamou desesperadamente: - Isso não é certo, amiga! Pensa! Olha, ele é uma pessoa boa e tudo, mas isso é demais! Por favor!
– Dorcas, desculpe-me, mas a vida é minha. Sei que você quer meu bem, mas... O que eu tenho a perder? Pense pelo lado bom, será mais uma lição. - Lily tentou argumentar, não queria mesmo dar à grossa e desligar, mas não estava dando mais.
– Lílian! Tudo bem. - Dorcas suspirou cansada: - Não há outra saída mesmo. Bem, eu tenho que desligar. Há uma chamada urgente aqui, mas... Cuide-se, mana. Eu amo você - Dorcas suspirou, pesarosa e desligou.
Lily respirou fundo, cansada.
– O.k. Também te amo - a ruiva murmurou quando o telefone desligou.
Ninguém a faria mudar de ideia. A parte mais difícil agora seria ligar para a Marlene. Osso duro de roer; Marlene usaria de todas suas artimanhas, que não eram poucas. Mas, agora, deixaria levar-se para Alice, ela seria um pouco compreensiva, não é? Pelo menos, é o que Lily acha.
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– Alice, eu espero que sua atitude seja diferente das minhas amigas. Eu também sei que você quer meu bem, mas eu quero isso, entende? É a minha vontade e minha vida. Por favor, entenda-me! - Lily suplicou-lhe e segurou suas mãos.
Alice balançou um pouco a cabeça e abriu um meio sorriso.
– Amiga, você sabe que eu estou do seu lado. Tudo bem que eu não concordo muito com essa ideia meio maluca, mas, como você mesma disse, a vida é sua. Só saiba que eu estou aqui. - Alice sorriu e abraçou Lily.
Lily suspirou aliviada.
– Ai! Como é bom ouvir isso de você! - Lily a abraçou mais forte: - Eu sei que posso contar com você.
– Conto para a Marlene, Alice?
– Bem, eu acho melhor contar quando for tudo certeza, sabe? Ficaria melhor. Como você disse, ela pode surtar! - Alice riu.
– Sim, ela iria surtar.
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10 de Março
"E aí, Lily. É hoje, o.k.? Irei te buscar às oito horas. Beijo."- Asecretária eletrônica de Lily anunciou a voz, um pouco baixa e desanimada, de James.
– Só espero que essa desanimação melhore - Lily murmurou, voltando a tomar seu café, sozinha.
Lily levantou-se e colocou seu café na pia.
DING - DONG
Lily arqueou a sobrancelha e foi até a porta, curiosa.
– Er... Olá. - a pessoa na porta disse. O homem era alto e tinha um porte físico invejável. Ombros largos. Usava um terno preto e sua gravata estava torta; os botões de sua camisa branca estavam, os primeiros, abertos. Ele sorriu, aquele seu jeito despojado. Os cabelos lisos e loiros estavam virados para um lado só. Em seus olhos esverdeados brilhavam brincadeira.
– Bem... Oi - Lily sorriu.
– Será que você poderia me dar um pouco de água? É que meu carro precisa de um pouco, sabe? - ele deu uma risadinha. Lily balançou a cabeça em aprovação e disse:
– Claro, você poderia esperar aqui do lado de fora? É que, sabe, as coisas andam muito perigosa. - Lily sorriu sem graça. O homem sorriu divertido e respondeu:
– Ah, tá. Claro que sim. Pode ir. Ficarei aqui esperando você.
Lily fechou a porta, e trancou - precaução - e foi buscar a água.
– Está aqui, senhor. - ela disse.
– Obrigado... - ele disse enquanto levava a água para seu carro, uma BMW preta.
– Lily. Apenas Lily. - Lily disse dando um meio sorriso. Os britânicos tinham a mania de chamar os outros pelo sobrenome. Ela preferia apenas Lily.
– Obrigado, Lily. Ah! - ele virou-se: - Meu nome é David Jones. Apenas David ou qualquer apelido - David riu feliz.
Lily foi contagiada e sorriu junto.
– Tudo bem, Jones! - Lily levantou as mãos, sorrindo.
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– Eu já vou indo, Lily. Depois nos falamos. - David prometeu e apertou a mão de Lily.
– Tchau, Jones. - Lily sorriu e fechou a porta. Olhou o relógio e viu que só tinha duas horas para James passar para pegá-la.
(...)
Lily se olhou no espelho pela última vez. O vestido branco de uma alça só pendia em sua pele meio rosada, que ia até a metade da coxa. O rosto com uma maquiagem leve e ao mesmo tempo forte, que marcava seus olhos verdes esmeraldas.
Os cabelos estavam trançados para trás e calçava um sapato preto, meio alto.
Lily parou de se olhar no espelho quando a buzina do carro de Jay chegou aos seus ouvidos.
Pegou sua bolsa apressadamente e correu para fora.
(...)
– Lily! - Jay sorriu fraquinho, mas feliz: - Você está linda.
– Obrigada - Lily sorriu sem graça e agradeceu pela noite cobrir suas bochechas que ficaram um pouco rosadas.
– Bem, então vamos. - Jay sorriu-lhe e arrancou com o carro.
– Sua esposa estará lá, James? - Lily perguntou. Se fosse dar sua notícia, que fosse com os dois.
– Sim. Eu já a deixei lá. Ela está ansiosa para conhecê-la. - James disse sem aquela sua misstura de entusiasmo com felicidade que Lily conheceu quando ele falava em apresentar a esposa à amiga.
– Bem, eu também estou. Muito. - Lily finalizou, com o coração aos pulos. Seria naquela noite.
(...)
A festa rolava e o apartamento de Remo estava lotado. Remo ficou imensamente feliz quando viu Lily e logo a levou para conhecer seus amigos que trabalhavam no centro de Londres em Administração - como Lily já havia lhe dito.
James, porém, logo foi para perto da esposa e Lily não voltou a vê-lo. Nem a famosa Kate.
– Remo! - Lily exclamou feliz, na cozinha quando viu o loiro pegando algumas bebidas.
– Lily ruivinha! O que foi?
– Er... Você poderia me dizer onde o James e a esposa estão?
– Na varanda, do outro lado. - ele sorriu e Lily assentiu, indo embora.
Bebeu seu refrigerante todo e respirou fundo, perguntando-se seria aquela a escolha que realmente queria. Dita a palavra, não poderia voltar atrás; confirmou para si mesma pela milésima vez e forçou as pernas a irem à varanda, com o coração batendo freneticamente.
Tenho que ir
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– Oi, pessoal - envergonhada, Lily saudou James e Kate, que estavam de costas, conversando.
James virou e sorriu, nervoso, e a mulher, Kate, virou-se.
Ela fitou Lily nos olhos, e a ruiva não desviou. Foi uma saudação silenciosa.
– Bem, Kate, essa é a Lily. Lily, essa é a Kate. - James movimentou as mãos.
Kate estendeu a mão e com um sorriso perfeitamente elaborado e ansioso.
– Prazer, Lily. Sou a Kate - ela disse e Lily apertou-lhe a mão.
– O prazer é meu, Kate. É bom conhecer aquela que James vive falando - Lily sorriu, simpática.
– E você também não fica para trás! Acredite! - Kate riu e olhou para James e voltou-se para Lily.
– Bom... Eu tenho algo a anunciar para vocês. Kate, creio que James já lhe pôs a par de tudo. - meio sem graça, Lily ia falando.
– Pode dizer, sou todos ouvidos. - Kate sorriu, um pouco, vitoriosa demais.
James lançou-lhe seu último olhar pedindo que não. Ele já sabia.
(...)
– Quero ser a mãe de aluguel de vocês - Lily soltou.
Kate não demonstrou surpresa alguma, mas abriu seu maior sorriso venenoso e vencedor.
James, ao contrário, não esboçou nada. Apenas seus olhos falavam: uma mistura de aceitação, incredulidade e... Seria lamento?
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