Terceiro dia

Ao abrir à porta a cara não poderia ser outra. De surpresa com um pouquinho de espanto.

-Finn? O que você está fazendo aqui? – Perguntou Rachel, pois Finn alguns minutos antes de ela sair de casa apareceu em sua porta.

-Vim te buscar, ué? Pra te levar pra escola. – Disse em um tom divertido – Posso entrar?

-Ah, tá claro, entra! – Disse dando o espaço suficiente para que Finn passasse – Me levar pra escola? Como assim?

-Vim te pegar, pra gente ir junto. – Disse chegando mais perto da garota.

-Por que está fazendo isso? – Perguntou atordoada

-Isso o quê? – Perguntou colocando a sua mão no rosto de Rachel.

-Isso, você nunca notou em mim, e agora só por que nós estamos fazendo um trabalho juntos, você está me jogando o seu “charme”. – disse direta querendo logo esclarecer aquela situação confusa de ontem.

-Sei lá, sabe acho que a gente só precisa de chance pra conhecer direito.

-Humm... Entendo, mas porque eu? Sabe, não sou desejada nem bonita como as Cheerios, sabe eu, falo demais, sou egocêntrica, um pouco egoísta, não me visto bem, não tenho o nariz pequeno, sou estranha, sou...

A frase não foi terminada, pois Finn colou os seus lábios com o dela. De início, Rachel não acreditava, ficou um tempo com os olhos abertos, mas logo depois, ao sentir a língua de Finn pedindo passagem, esqueceu-se de tudo. Lançou seus braços em volta do pescoço de Finn, enquanto ele colocava seus braços em volta da cintura, a trazendo-a para mais perto de si. Passaram-se minutos, quando sentiram a necessidade de se separarem. Lentamente, foram se separando, dando um último selinho.

-Por que você fez isso? – Perguntou depois de um tempo.

-Rachel, sei que você não é desejada, mas você é mais bonita que todas as Cheerios juntas. É sério, você é muito linda! Ainda mais vermelha. – Falou rindo, ao ver como ela ficou corada só com as palavras dele.

-PARA! – Disse dando um tapinha no ombro dele.

-A gente já pode ir?

-Tá deixa só eu pegar minhas coisas. –Disse se soltando dele e subindo para pegar sua bolsa.

Ao ver a garota subir, sorriu vitorioso!

-----------------------------------------------------------------------

-E ai cara? Como anda com a Rachel? – Puck perguntou ao entrar no vestiário e ver seu amigo lá.

-Cara, tem certeza que quer esperar os 10 dias? Pois pra mim, ela já tá no papo – Disse vitorioso.

-Ixi, tá se achando é gostosão! – Disse brincando

-E aí pessoal! – Disse Sam, ao entrar no vestiário.

-Já ta sabendo? O Finn tá se achando o gostosão só por que a Berry já tá caidinha por ele. – Puck falou.

-É sério isso? Tão rápido assim? Putz, tá com tanto charme assim? – Disse Sam brincando com o amigo.

-HAHA, seus sem graça! E sim, a Rachel já ta caidinha por mim – Disse continuando – Gente esqueçam a aposta, ela foi tão fácil, achei que iria ter trabalho mas não, pelo contrário, foi mais fácil do que imaginei

-Mesmo assim a aposta continua – Puck disse – Cara mudando de assunto, quando você vai falar com a Fabray, Evans? – Questionou.

-O quê? Por que falar com a Quinn? – Sam falou com uma voz de quem não está ligando.

-O Puck tem razão. Quando você vai falar pra ela idiota, que tá afim dela? – Finn se pronunciou – Cara, não aguento mais olhar pra você com cara de idiota quando a Quinn passa.

-A tá, o mesmo sorrisinho que você deu quando falou na Berry, né? Acha que eu não reparei?

-Que? Acha que eu to apaixonado pela Rachel, não, nunca! - Disse tentando convencer mais a si mesmo.

Puck e Sam se entre olharam e deram de ombros, afinal não seria nada, né?

-------------------------------------------------------------------------

-Oi! – Disse Finn, ao se aproximar de Rachel no corredor

-Oi – Respondeu terminando de arrumar suas coisas no armário

-Vai querer que eu te leve? – Perguntou.

-Claro, se você me trouxe, vai ter que me levar, não vou a pé, minha casa é praticamente do outro lado da cidade. – Disse divertida

-Nisso eu tenho que concordar seus pais não poderiam escolher um lugar melhor pra se esconder – Falou Finn, rindo.

-Você é engraçado Finn – Disse virando seu rosto pra ele. Ao ouvir isso sentiu seu peito de encher de orgulho, com o elogio que ela lhe deu.

-Eu poderia fazer stand-up, né? – Perguntou divertido

-Não exagera – disse enquanto fechava o armário – Vamos?

-Vamos! – Disse lhe dando o braço para ela segurar. Rachel exitou um pouquinho, mas logo segurou em seu braço.

Foram até o carro, conversando coisas alheias e rindo. Durante todo o caminho foi assim, rindo, fazendo piadas, conversando besteiras.

Quem os visse pelo lado de fora, acharia até que eram um casal de namorados qualquer.

---------------------------------------------------------------------------

-Não você está fazendo errado! - Exclamou ao ver que Finn errava pela enésima vez a mesma questão do trabalho de matemática - Você transfere esse número pra cá!

Finn coçou o pescoço nervoso, estava tentando entender, ele jura, mas matemática era mais difícil do que ele pensava.

-A gente pode parar um pouquinho? Já estamos a quase duas horas aqui sentados fazendo esse trabalho, e meu corpo tá começando a doer.

-Tá! Eu to ficando com a vista embaçada de ver tanto números. Sabe, poderia ter umas questões mais fáceis nesse trabalho! – Disse se levantando indo em direção à geladeira – Quer uma água?

-Quero! –disse se levantando e esticando um pouco do corpo.

-Aqui – disse lhe entregando um copo com água – Acho que já pode ir, sabe, não to com, mas nenhuma vontade de ver números hoje, se eu ver vou pirar!

-Também acho, minha mãe deve estar preocupada, pois não avisei que viria para aqui.

- Eu te levo até a porta – Rachel foi andando um pouco na frente, quando chegou perto da porta Finn a puxou pela cintura, tirando-a do chão – FINN, AHH, ME SOLTA, ME COLOCA NO CHÃO!

Finn fez o que ela mandou, mas a virou no mesmo instando lhe roubando um beijo de tirar um fôlego. Ficaram ali por minutos, ninguém queria parar, mas a necessidade de ar falou mais alto, e foram se separando calmamente.

-Tem que parar com isso, eu vou começar a me acostumar – Rachel disse, um pouco divertida e um pouco séria.

-Não tem problema – disse dando um sorriso de lado – Tchau! – deu mais um beijo, abriu a porta e foi embora.

Ao fechar a porta o sorriso de ambos não poderia ser maior.