Prisioneiras do Terror

Capítulo 3: Aliança


Acho que endoidei de vez. Quando chegaram mais prisioneiros não tive coragem de mandar a Ino para a morte, e o Naruto se encarregou de salvar a Hinata. Ele me disse que está gostando dela senão não teria toda essa coragem. Então se eu salvei a Ino quer dizer que... ainda não parei para pensar nisso; melhor contar o que aconteceu de importante por aqui.

Foram distribuídas algumas coisas para tentar distrair os soldados do campo: alguns jogos como damas, xadrez, baralhos; mas o que é mais útil é o rádio que eles deixaram, assim podemos acompanhar o avanço ou recuo das tropas alemãs nas frentes de batalha. Eu sempre ouço o que se passa no rádio até que um dia, vendo meu interesse pelo aparelho, a Ino me perguntou:

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– Por que você ouve tanto esse rádio?

– Porque assim posso acompanhar a movimentação do exército.

– E como está?

Estranhei a pergunta, mas mesmo assim respondi.

– Não muito bem. A invasão à União Soviética não está saindo como o planejado e temos sofrido muitas baixas.

– Lá eles também prendem a gente?

– Não. Isso só acontece aqui.

– Por que vocês fazem isso? – ela perguntou com um princípio de choro

– Não é culpa minha. São as ordens do Führer* e só fazemos cumpri-las.

– Quando cheguei aqui não imaginava que seria desse jeito.

– Eu imaginava como era uma guerra, mas não esperava essas mortes sem motivo.

– Não esperava? Não foi você que teve os pais mortos! Não é você que está sozinha agora!

– Você não está sozinha Ino. – eu disse olhando nos olhos dela – E pra você saber, meus pais também morreram nessa guerra.

Percebi que a Ino ficou emocionada com o que eu disse. Depois disso chamei o Naruto lá fora e contei o que planejava, que eu mesmo considerei loucura.

– O que quer falar? – perguntou Naruto

– É sobre a Ino e a Hinata.

– Como assim?

– Você sabe que a Ino ganhou minha simpatia e que eu planejo salva-la. Quero saber se você vai fazer o mesmo para a Hinata.

– Vou. Já tinha decidido isso há algum tempo. Só resta saber como.

– Pra qualquer lugar que se vá vamos achar áreas de conflito e não vão nos deixar sair daqui com elas.

– Então só nos resta mantê-las na cela.

– Só que vai ser muito difícil evitar que as levem para a morte.

– Eu gosto da Hinata e decidi arriscar tudo por ela. Se você está fazendo o mesmo pela Ino também não quer dizer que você gosta dela?

– Ela me encantou muito, isso não nego. Mas ela ainda está assustada com a morte dos pais e isso a impede de gostar de mim.

– Então você gosta dela.

– É verdade. Não sei como aconteceu, mas acho que é isso.

– Então estamos no mesmo barco cara. Nosso objetivo é evitar que nossas amadas morram.

– Amadas?

– Amadas sim.

– Hum... se nossos objetivos são os mesmos sugiro que unamos forças.

– Era exatamente isso que eu ia propor.

– Então está decidido. – apertamos as mãos – Vai ser só nós dois contra tudo e contra todos, pela vida delas.

Com certeza é perigoso o que vamos fazer, mas o perigo já está nos rondando desde que chegamos aqui. Nesse momento a Ino e a Hinata estão conversando e vendo elas assim, sinto que tomei a decisão certa. O Naruto até que está certo, eu realmente aprendi a gostar da Ino nessa prisão; só que ela, apesar de falar comigo, ainda me considera um inimigo que pode mata-la a qualquer momento. A verdade é que não importa muito, ela em certo ponto tem razão. Mas eu e o Naruto estamos mais do que motivados a protegê-las; a diferença é que sei que a Hinata também gosta do Naruto. É... não tem mais o que fazer por hoje, então vou dormir para poder enfrentar a guerra de amanhã e não desistir.