Prisioneiras do Terror
Capítulo 14: 18 de julho de 1945
Começo essa parte com um misto de alegria e tristeza. Alegria porque finalmente essa maldita guerra acabou. O resultado é que tem muita destruição para onde quer que se olhe. Quando prenderam o Gaara, me levaram para um lugar fora da área de conflito onde se encontravam outros prisioneiros que também foram libertos das mãos alemãs. Eu fiquei muito curiosa sobre o lugar que o Gaara foi levado, então fui perguntar a um oficial que estava por perto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Oi? – disse meio insegura
– O que é? – respondeu
– Posso perguntar uma coisa?
– Pergunte.
– Pra onde levaram os alemães presos?
– Foram levados a Nuremberg para julgamento.
Eu fiquei nervosa, o que foi percebido pelo oficial que perguntou:
– Algum problema?
– É que... hum...
– Se sente mal?
– Não, não. Só que eu preciso ir pra lá. Preciso mesmo e logo.
– Tem parentes lá?
– É minha cidade natal.
– Entendo. Daqui a pouco alguns de nós vamos lá reforçar a segurança para os julgamentos. Quer ir junto?
– Quero. Obrigada.
Assim eu fui com eles. Eu não disse nada sobre o Gaara temendo que não me deixassem ir. Fui em um caminhão militar, daqueles que levam soldados para os campos de batalha; agora eu sei como o Gaara se sentiu ao entrar nessa aventura de guerra. A cidade está em ruínas e para onde se olhe, se vêem corpos espalhados pelas ruas. Pouco mais de um mês se passou desde o fim da guerra e tudo está destruído, poucos prédios restaram em pé.
– Está vendo aquele prédio moça?
– Aquele? – apontei
– É ali que os julgamentos vão acontecer.
– Me leva pra lá?
– Por quê?
Não tive opção a não ser contar parte da minha história. Ele ao ouvir ficou comovido e facilitou a minha entrada.
– Os presos estão aqui. – disse ele me levando a um longo corredor com celas em ambos os lados – O de cabelo ruivo está na quarta cela da direita.
Na mesma hora saí correndo, até esqueci de agradecer. Não agüentava mais de saudade. Ele estava sozinho, sentado no fundo da cela e com a cabeça baixa. Estava tão distraído que nem me viu chegar.
– Gaara!
Ele me olhou como se estivesse vendo algo extraordinário, depois ele veio até a grade e nos abraçamos e nos beijamos como nunca aconteceu antes.
– Eu pensei que não fosse mais te ver. – ele disse depois que nos soltamos
– Eu também.
– Como chegou aqui?
– Vim junto com alguns soldados que vinham pra cá.
– Não devia ter vindo.
– Por que não?
– Daqui a pouco vão me levar a julgamento e não sei se vou sair vivo.
– Vai sair. Tem que sair.
Ele me olhou e me achou diferente, com toda a razão.
– Sua barriga cresceu Ino. Será que...
– Não pensa nisso agora.
– Mas... – tapei sua boca
– Eu vou ver o seu julgamento. Você vai sair dessa. Eu te amo.
Agora estou na sala de audiência esperando. O Gaara é o próximo a ser julgado e eu estou com medo; medo que não considerem o que ele fez de bom na guerra. Ah! Vai começar, estão trazendo ele. Agora é torcer.
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