Harry Potter.

Capítulo 21


Eu corri com a maior velocidade em que já havia corrido na minha vida. Eu olhava para o lado e via meus amigos correndo, com os homens chegando cada vez mais perto. Enquanto corríamos, tentávamos desviar de feitiços e lançávamos outros.

Eu não sabia quem eram eles. Não sabia se eram Comensais da Morte ou os tais Sequestradores que Rony tanto falara. Acho que não faria muita diferença, no momento em que eles percebessem quem éramos, eles nos levariam direto para Voldemort.

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Olhei para o lado e não vi Rony. Parei de correr e vi que ele havia sido capturado. Suspirei e tentei evitar que um dos homens me segurasse, mas foi em vão. Vi Hermione logo à frente, que ainda não tinha sido capturada. Ela lançou um feitiço em Harry e, segundos depois, os homens os alcançaram.

— Ora, ora. - disse o homem que estava comigo - Olha só quem eu achei.

Com terror, reconheci quem ele era: Greyback. O lobisomem que havia mordido Lupin e lutado com Gui. Tentei me soltar do seu aperto mas ele me segurou com mais força.

— Não, não. - ele disse - Você vai ser uma encomenda muito especial para a Mansão Malfoy.

Hermione me encarou, preocupada. Olhei para Harry mas o que vi foi um garoto com o rosto desfigurado.

— Quem é você, Feioso? - perguntou o homem que o segurava

— Válter Dudley. - ele disse

— Verifique na lista, Scabior - disse Greyback, e virou-se para Rony - E você?

— Lalau Shunpike. - disse Rony

— Sério? - riu Greyback - E se eu disser que conheço Shunpike?

O homem que segurava Rony deu uma pancada em seu rosto.

Bardy Weasley— Rony disse com a voz estranha devido ao sangue que escorria de sua boca e de seu nariz.

— Um Weasley? - perguntou Greyback, em tom áspero - Então deve conhecer aqueles traidores do sangue…E você, gracinha?

Greyback se virou para Hermione.

— Penélope Clearwater - respondeu Hermione, aterrorizada

— Qual é seu Registro Sanguíneo?

— Mestiça. - ela respondeu

Ele grunhiu.

— Agora me diz, Alicinha. - ele disse acariciando meu cabelo - Vocês não deveriam estar em Hogwarts?

— Eu não acabaria indo para a Mansão Malfoy de qualquer jeito, Greyback? - ri - Só tentei dificultar um pouco as coisas para vocês.

Greyback riu.

— Dificultar? Foi fácil demais. - ele disse sorrindo - Amarrem-nos com os outros.

Os homens levaram Hermione, Harry e Rony até duas figuras paradas e vi que eles foram amarrados junto a eles. Um dos homens arrancou a bolsinha de Hermione de seu bolso e retirou a espada de Gryffindor.

— Muito bonita. - disse Greyback me empurrando para perto dos prisioneiros

Assenti

— Eu não estou entendendo uma coisa, sabia, Alice? - ele disse - Por onde estaria seu amigo Potter, se não com você?

Arfei.

Ele puxou meu cabelo.

— É melhor me contar. - ele disse

— Eu estava com ele. - eu disse relutante - Até o natal. Fomos até Godric’s Hollow mas encontramos Nagini lá.

Greyback assentiu. Ele deveria saber o que havia acontecido.

— Conseguimos escapar, mas aparatamos separados. - eu disse - Estou procurando por ele desde então.

Greyback me encarou. Analisando a verdade do que eu estava falando.

— Na verdade, é um alívio saber que vocês não o encontraram antes. - sorri

— Eu não acredito em você. - ele disse

Ele me arrastou até os meus amigos e me colocou na frente de Harry.

— O que é isso na sua testa, Válter? - ele disse

Ri.

— Você acha que esse é o Harry? - perguntei sorrindo - Assim você me ofende, Greyback.

Ele, então, me deu um soco no rosto. Senti o sangue escorrer do meu supercílio. Eu não havia conseguido ver a reação de Hary, mas, agora, Greyback sorria.

— Eu sei que esse é Harry Potter. - ele disse

O encarei e dei de ombros.

— Bom, vá em frente. Chame o Lorde das Trevas. - eu disse - Não vou ser eu quem será punido por ele por terem trazido um falso Harry Potter.

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Greyback franziu a testa e se virou para seus colegas.

— Vamos logo para os Malfoy. - ele disse - Eles conhecem Potter melhor que eu, vão saber reconhecê-lo.

Sorri.

— Eba! Visita aos Malfoy! - eu disse animada - Lúcio já voltou da cadeia?

Em resposta, levei outro soco.

Greyback segurou meu braço com força e me colocou em contato com Harry e Hermione. Senti um puxão no meu estômago e me vi parada em frente a dois portões negros e altos. Atrás deles, vi uma construção magnífica feita com material escuro. A Mansão Malfoy.

Vi uma figura esbelta vindo em nossa direção.

— Sim? - escutei uma voz de mulher dizer

Era Narcisa.

— Capturamos Potter. - disse Greyback - E trouxemos um presentinho para seu filho.

Greyback empurrou minha cabeça contra a grade com força com uma de suas mãos e a de Harry com a outra.

— Esse é Potter? - ela perguntou, confusa

— Ele está um pouco inchado, mas é ele. - disse Greyback

— Como você pode ter tanta certeza? - ela disse

— A companhia de Alice Felton já não é o suficiente? - Greyback riu

— Não. - ela disse friamente - Mas meu filho está em casa, ele saberá reconhecer se é Potter ou não.

Com isso, ela voltou para a casa e os portões se abriram. Greyback nos puxou e fomos atrás de Narcisa, que nos esperava na porta. Ela me observou por alguns segundos, quando entrei em sua casa, mas não consegui ler suas emoções. Por mais que ela tivesse todos os motivos possíveis para me odiar, ela parecia realmente triste em me ver.

Fomos até a sala e Lúcio Malfoy estava parado, nos esperando.

Levantei meu braço livre e acenei para ele. Levando um chute de Greyback. A expressão de Lúcio, porém, fez com que até mesmo isso valesse a pena.

— Draco. - Narcisa gritou - Filho, venha aqui.

— O que, mãe? - escutei a voz de Draco dizer

A voz de Draco. A voz que eu não ouvia desde que ele havia dito que sentia muito. Eu também sentia. Sentira muito naquele momento em Hogwarts e sentia muito estando parada, no meio de sua casa, querendo não encontrar com ele. Tudo que eu desejei naquele momento foi que Greyback me desse mais alguns socos, até que eu ficasse inconsciente para que eu não precisasse olhar para ele depois de todo aquele tempo.

— Eles trouxeram, hm, Potter. - ela disse suavemente - Mas precisamos que você nos ajude a reconhecê-lo.

E ali ele estava.

Draco Malfoy.

Ele estava mais alto. Mais pálido. Mais bonito. E mais triste.

Usava um terno todo preto, o que era estranho, por estar dentro da sua própria casa. Eu teria imaginado-o vestindo pijama ou uma roupa simples. Acho que, quando Voldemort mora em sua casa, você deve usar vestimentas chiques.

Ele parou onde estava ao perceber que eu também estava na sala.

— Filho. - sussurrou Narcisa

Draco assentiu e foi até ela.

Eles vieram até perto de nós e pararam na frente de Harry. Resolvi que seria uma boa hora para olhar para o chão e desejar que ele me engolisse para que eu não sentisse aquele cheiro familiar que estava sentindo.

— Esse é Harry Potter, querido? - ela perguntou

— Não.. tenho certeza. - ele disse

O encarei. Pelo olhar que ele me deu, eu sabia que ele tinha certeza de que era Harry.

— Olhe com atenção! - disse Lúcio, e eu nunca o havia visto tão animado - Chegue mais perto!

Draco bufou.

— Eu não sei. - disse Draco - Talvez seja, mas ele está muito estranho.

— O que vocês fizeram com ele? - perguntou Narcisa a Greyback

Greyback deu de ombros.

— O encontramos assim.

— Aposto que eu sei quem foi. - disse uma voz aguda vinda da minha direita - Foi você, não foi, docinho? Uma Azaração Ferreteante?

Bellatrix Lestrange estava ao lado de Hermione, lançando um sorriso cínico para ela.

— Ótimo, agora a festa está completa. - eu murmurei baixo, tentando não ser ouvida por Greyback, mas é claro que ele ouviu. Ele já estava pegando gosto em me bater.

Tanto Harry quanto Draco enrijeceram ao ouvir a pancada surda em meu rosto.

— Weasley e Granger. - ela disse - É um prazer recebê-los na nossa casa.

Rony assentiu.

— Bom, acho que Potter não viajaria sem vocês, não é mesmo? - ela sorriu - E vocês não abririam a panelinha de vocês para um estranho, como disse que se chamava?

— Válter - disse Harry

Ela riu e desviou o olhar. Ao fazer isso, ela me viu.

— Lizzie! - ela abriu um sorriso - Não tinha te visto aí!

Sorri.

— Sempre um prazer, Bella. - eu disse

Ela veio até mim.

— Então, Alice, se esse não é Harry Potter, onde ele poderia estar? - ela me perguntou

— Eu já disse a Greyback, eu me separei dele no natal, quando a cobra estúpida do seu amo nos encurralou. - eu disse

Ela levantou uma sobrancelha e desviou o olhar.

— O que é isso? - ela exclamou

Percebi que ela olhava para a espada na mão de Scabior.

— Estava com eles. - disse Scabior - Agora é minha.

— Isso deveria estar no meu cofre, em Gringots! - ela gritou

— Ei, ei… eu não peguei do seu cofre. - ele disse - Peguei deles.

— SAIA DAQUI! - ela gritou lançando um feitiço nele - SAIAM TODOS. Os Sequestradores, com exceção de Greyback, saíram correndo da sala. Segundos depois, ouvi a porta da frente bater.

— Isso foi realmente necessário, Bella? - perguntou Greyback

— Você não entende. - ela disse - Isso estava no meu cofre.

Greyback deu de ombros.

— Bellatrix! Use seu cérebro! - eu disse rindo - Você realmente acha que conseguiríamos arrombar Gringots? Essa espada é falsa!

— Leve-os para o porão. - ela disse rispidamente - Deixe Alice comigo.

— Não. - disse Draco com uma voz firme - Eu cuido disso.

Bellatrix revirou os olhos.

— Draco. - ela disso - Isso é bem sério. Você não pode estar querendo ficar com sua namoradinha outra vez.

— Eu nunca disse que queria essa imunda de volta. - disse Draco - Eu disse que vou cuidar disso. E vou cuidar disso agora.

Bellatrix encolheu os ombros. Greyback me empurrou na direção de Malfoy, que me segurou.

— Certo. Pegue-a. – ela disse - Deixe a Granger comigo, então.

— Não! - disse Rony - Me pegue no lugar dela!

— Oh céus, esses hormônios adolescentes! - ela riu - Leve os dois, Greyback.

Ela puxou Hermione com força e vi Harry e Rony sendo puxados por uma escada. Rony gritava o nome de Hermione repetidamente.

— Ele deve gostar muito de você. - Bellatrix disse para Hermione

Hermione tremia.

— Venha. - disse Draco me puxando para uma sala

Tentei me soltar de seus braços e ir até Hermione, mas ele não permitiu. Draco me puxou até que entramos na sala e ele trancou as portas com um feitiço. Ele soltou meus braços, que eu, instantaneamente, cruzei, me apoiando na parede mais próxima.

— Oi, Alice. - ele disse

— Malfoy - murmurei sem olhá-lo nos olhos

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Ele se aproximou de mim e me deu um abraço, que eu não retribuí.

— Como você está? - ele perguntou

— Bem. - eu disse

Ele assentiu.

Ouvi Hermione gritar, da sala principal, e arfei.

— Eu sinto muito. - ele disse

— Por que? - perguntei rindo - Por quase matar Dumbledore? Por fugir com os comensais depois? Por deixar que sua tia prenda meus amigos? Por deixar que ela torture minha melhor amiga? Você sente muito pelo que?

Ele suspirou. Hermione gritou novamente.

— Você age como se eu pudesse fazer alguma coisa. - ele disse - O que você quer que eu faça, Alice? Vá lá e sugira que deixemos vocês todos irem?

Não respondi.

— Eu fiz o que pude, ok? - ele disse - Eu não falei para eles que aquele é de fato Potter, por exemplo. Eu não deixei minha tia maltratar você. Eu sei que ela está com a Granger mas você sabe que ela estaria fazendo muito pior se fosse você lá.

Ele me encarou com seus grandes olhos cinzas. Desviei o olhar. Na sala, Hermione gritou mais uma vez.

— Fica comigo. - ele disse

— O que? - perguntei, confusa

— Eu sinto sua falta. - ele disse - E eu ainda te amo.

Suspirei.

— Você não pode estar falando sério…

— Eu estou, Alice. - ele disse - Você vai ficar a salvo, aqui.

— No covil de Voldemort? - perguntei

— Eles não farão nada enquanto você estiver comigo. - ele disse

— E meus amigos? - perguntei

Ele não respondeu. Senti lágrimas correndo pelas minha bochechas.

— Esse é o problema, Draco. - eu disse - Você não consegue ver que isso tudo é muito maior do que nós dois?

Ele não respondeu, também estava chorando.

— Se eu ficar aqui, isso pode significar a morte de muita gente. - eu disse - Meus amigos, minha família…

— Mas você estaria a salvo. - ele disse, passando a mão no meu rosto.

Neguei com a cabeça.

— Eu não quero estar a salvo desse jeito. - eu disse

— Nós podemos fugir. - ele disse - Eu e você.

— Draco! - eu disse - A guerra ainda estaria acontecendo! Você não percebe?

— Eu não me importo. - ele disse

— Mas eu, sim. - eu disse

— Alice, por favor. - ele disse

Neguei com a cabeça. Ele suspirou.

Abri a boca para pedir desculpas, mas ouvi um barulho alto vindo da sala, como se alguma coisa estivesse se estilhaçado.

Nos entreolhamos.

Ele sacou a varinha e segurou meu braço novamente. Fomos até a porta e ele destrancou, com um feitiço. Quando a abrimos, vimos que o barulho que havíamos ouvido era o barulho do lustre caindo do teto, e, agora, ele estava estraçalhado no chão.

Não vi nem Rony, nem Hermione, mas vi Harry e Dobby correndo em minha direção.

— Eu sinto muito. - eu sussurrei

E acertei Draco com um soco.

Ele soltou meu braço instantaneamente. Harry chegou perto de nós e arrancou a varinha de Draco da sua mão. Dei outro soco em Draco e ele caiu no chão, atordoado. Narcisa ameaçou lançar um feitiço em nós, mas Dobby estalou os dedos a varinha dela rodopiou até nós. A mesma coisa com a varinha de Bella e Lucio.

— Como ousa tirar a varinha de um bruxo, seu animal inútil? - perguntou Bella - Dos seus donos!

— Dobby não tem nenhum dono! - disse Dobby - Dobby é um elfo livre que veio ajudar seu amigo, Harry Potter.

Ele segurou na minha mão e na de Harry. Vi Bellatrix jogar algo em nossa direção, mas senti um puxão e caí na areia molhada.