Arfei.

— O que foi? - sorriu Draco

— Eu…tenho que… ir. - eu disse respirando pesadamente

— Ei, você está bem? - perguntou ele beijando minha testa

— Não - sussurrei

Ele fechou os olhos e cobriu o rosto com as mãos, suspirando. Ele tinha entendido o que havia me deixado daquele jeito.

— Eu posso explicar. - ele disse

— É autoexplicativo, Draco. - eu disse me levantando e arrumando a saia do uniforme

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— De fato. - bufou ele - Tudo bem, é uma Marca Negra. Qual é o grande problema, afinal? Não vai me dizer que você achou que isso nunca aconteceria.

— Eu esperava que não. - disse

— Eu não estou pedindo para você conseguir uma também, Alice. - disse ele

— Ah certo. Você só está aliando ao bruxo que quer acabar com famílias trouxas… - eu disse - Você conhece alguém que tem alguma família trouxa? Eu conheço.

— Não é como se eu fosse deixar que ele matasse a sua família… - ele disse

— Ao contrário de você, Draco, eu não me importo apenas com a minha família. - eu disse - Você acha que pode estender esse seu trato com Voldemort para a minha família inteira? Para meus amigos de infância? Para a família dos meus amigos bruxos nascidos trouxas?

Ele ficou em silêncio, apenas me encarando.

— É uma guerra, Draco. - eu murmurei - Eu achei que você fosse ficar do lado certo.

— Não existe lado certo, Alice. - ele disse - E você deixou bem claro que estava do lado oposto ao meu naquela noite, no Ministério da Magia.

— Que o melhor vença, então. - eu disse saindo da sala, secando as lágrimas.

O caminho até o salão comunal me pareceu mais longo do que nunca, e eu que estava tão cheia de coisas na mente e com olhos embaçados, me perdi algumas vezes até chegar no corredor certo.

Antes de chegar no quadro da Mulher Gorda, trombei com Harry.

— O que você está fazendo aqui? - perguntamos ao mesmo tempo

Eu evitei olhar diretamente para ele, assim, talvez, ele não perceberia que eu havia chorado.

— Eu fui olhar no mapa o que Slughorn estaria fazendo agora, levando em conta do que aconteceu hoje. - ele disse, me levando para o salão comunal - Aí eu te vi vagando sozinha e não pude deixar de tentar te ajudar. O que aconteceu? Por que você não está com Draco?

— A gente terminou. - suspirei

— Tem alguma coisa que eu possa fazer para te ajudar? - perguntou ele

— Não, não tem nada. - eu disse me dirigindo para o sofá. - Só talvez jogar na minha cara que você me avisou esse tempo todo.

Ele ficou sem entender.

— Você conseguiu o que você queria. - eu disse - Você quis tanto que ele fosse um deles que acabou conseguindo isso.

— Eu não queria que você ficasse assim, independente de tudo. - ele disse - De acordo com seu conhecimento, quão mau eu sou?

— Bem mau. - murmurei

Ele riu.

— Hoje eu estou me sentindo particularmente gentil. - ele disse - O que você quer que eu faça? Pegue alguma coisa na cozinha? Dance pra você? Arranje uma detenção? Qualquer coisa…

— Eu acho que vou me deitar. - eu disse sentindo vontade de chorar ainda mais

— Certo - ele sussurrou

— Mas amanhã eu quero saber o que aconteceu entre você e Slughorn.

— Eu te conto tudo. - ele sorriu

Deixei escapar um sorriso fraco e fui para o meu dormitório.

Nem preciso falar o que fiz assim que coloquei a cabeça no travesseiro.

Acordei arfando completamente suada. Olhei para os lados e todas as garotas ainda estavam dormindo.

Eu tinha tido um sonho terrível.

Eu estava de volta na noite do ministério e quando fui ajudar Harry com Bellatrix, me deparei com Voldemort. Mas não era Voldemort. Era Draco com fendas no nariz e uma careca. Se eu não estivesse tão desolada talvez teria achado graça no novo visual dele.

Estremeci só de lembrar.

Desci para o café da manhã e não recebi os costumeiros olhares de pena. A escola ainda não sabia que havíamos terminado.

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Sentei ao lado de Rony, que me abraçou.

— Sinto muito, Lizzie. - ele disse

— Eu estou bem. - menti

Mione bufou.

— Você acha mesmo que depois desse tempo todo a gente ainda não consegue saber quando você está chateada?

Ri.

— Você tem razão, me desculpe por querer poupá-los do meu drama.

— O que aconteceu, afinal? - perguntou ela

Olhei para Harry e ele desviou o olhar. Ele não havia contado o motivo do término. Ele olhou para mim, novamente, e eu agradeci com a cabeça.

— Vocês já podem ter uma ideia mas eu posso contar quando estivermos em um lugar mais vazio.

Hermione arregalou os olhos.

— Wow. - suspirou Rony

Assenti.

— Mas espera, ele teria que estar sem camisa, certo? - Rony perguntou

— Ronald! - Hermione exclamou

Harry engoliu uma risada.

— Parabéns, Rony. - eu disse rindo - Que grande detetive você é.

— Eu sei, eu sei. - ele riu

Depois do café, fomos para o salão comunal para aproveitar nosso último dia de férias.

— Você não me contou o que aconteceu entre você e Slughorn. - murmurei para Harry

— Certo. - ele disse

— Foi terrível. - disse Mione

— Bom, Dumbledore me mostrou uma memória de Voldemort em que ele pergunta pro Slughorn mais informações sobre as Horcruxes. A lembrança então fica meio turva e uma voz mais forte briga com Voldemort, Tom Riddle, naquela época.

— Não entendi. - disse Rony - Por que Dumbledore te mostraria isso?

— Exatamente. - disse Harry - A memória de Slughorn foi alterada por ele mesmo, provavelmente por sentir remorso do que falou para Tom naquela noite. Dumbledore então, me deu a tarefa de conseguir a memória com Slughorn.

— Certo. - murmurei - E o que você fez?

— Ontem, depois da reunião, esperei que todos fossem embora e me aproximei dele. - disse Harry - Acho que fazer a mesma pergunta que Tom fez não foi uma boa ideia.

— Você acha? - perguntou Mione

— Ele ficou bravo e provavelmente me odeia agora. - ele disse

— Você não vai desistir, não é? - perguntei

— Não, mas… Slughorn nem me cumprimentou hoje.

— Nossa deve ser terrível… - disse Rony sarcasticamente

Ri.

— De qualquer forma, em um mês será dia dos namorados. - Harry disse - Você ainda tem tempo de entrar no nosso clube, Rony. Agora que a Lizzie terminou, só falta você.

— Eu tenho a impressão de que vocês não gostam da minha namorada… - disse Rony

— Nossa deve ser terrível… - eu disse sarcasticamente

Rony riu e jogou uma almofada na minha cabeça.

— Vocês ficam fazendo piada da coitada da Alice, daqui a pouco a gente sobe pro quarto e ela vai ficar chorando no meu colo. - disse Mione

Bingo, Hermione. Você não é chamada de “bruxa mais inteligente da nossa idade” a toa.

— Eu estou tentando levantar o astral dela, Hermione, pare de ser tão chata. - disse Rony - Olha pra cara dela, ela vai chorar com ou sem minhas piadas.

Ri mas deixei escapar uma lágrima.

Rony riu e me abraçou.

— Vai ficar tudo bem, Lizoca. - ele disse passando a mão no meu cabelo - Se esforça em ganhar a guerra que depois vocês podem ficar juntos, caso seja extremamente necessário. E só se sobrarem vocês dois na Terra e seja preciso continuar a espécie.