I Promise

Em Coma


Ignorando os apelos de minha doce mãe e de Dona Fátima, pedindo para voltar para casa, entrei no quarto de Marcos e sentei naquelas confortáveis poltronas. Perto de todas aquelas máquinas eu me sentia ignorante. A chuva caia, mas eu não ligava, só tinha olhos para Marcos. E no escuro do hospital só se ouvia o pinga-pinga do soro ao lado dele.

O dia amanheceu claro, quente, geralmente eu e Marcos iriamos passear, mas Marcos estava numa cama... Sem conseguir se mexer... Ah, sem passeios hoje. Suspirando, sai do quarto andando devagar, fui para casa. Abri a porta e encontrei a minha mãe que apenas me lançou um olhar e um sorriso triste, fui para o meu quarto, peguei uma roupa (short jeans, blusa e casaco do Marcos ), tomei um banho quente e voltando para o quarto, deitei na minha cama apenas lembrando... Do cheiro, toque de seus lábios, de sua voz, e de como era fofo. De como Marcos arregalava os seus lindos olhos verdes quando estava com medo. Lembrava de tudo. E foi pensando nele, que mergulhei em sonho profundo, que quase quis estar em coma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!