O Melhor de Uma Briga
Capítulo 3
Quando o turno terminou, a equipe tratou logo de ir embora. Apenas Sara ficou para trás, dando uma desculpa qualquer aos amigos, e seguiu hesitante para a sala do supervisor.
--Hey. –Ela disse da soleira.
Grissom automaticamente ergueu os olhos de seus relatórios e a observou.
--Está indo para... Sua casa? --Lhe doía perguntar isso.
Ela respondeu com outra pergunta:
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Ele retirou os óculos e arqueou uma sobrancelha para ela. Fungou alto e respondeu:
--Acho que não devemos continuar essa conversa aqui. –Seu tom era baixo e decidido.
--Certo. Mas eu dirijo, meu carro está no conserto.
O entomologista deu um sorriso de lado e lhe jogou a chave de seu carro, que Sara pegou no ar. Sem dizer mais nada, a morena seguiu para o estacionamento e minutos depois – para não despertar suspeita – Grissom se juntou a ela.
O caminho até o apartamento de Sara foi feito em completo silêncio, assim como o café da manhã. Ela já sabia seus gostos de cor, então nem perguntou o que ele gostaria de comer, simplesmente fez. Mas uma hora o silêncio se tornou insuportável, até mesmo para o homem mais quieto de Las Vegas.
--Me desculpa. –Ele sussurrou com a voz rouca.
Ela terminou de beber seu café e o analisou com o olhar. Não respondeu nada, apenas seguiu para a sala e se sentou no sofá, para que ele logo se juntasse a ela. Sara apenas ouvia, mas deu um suspiro involuntário quando ele entrelaçou seus dedos.
--Não foi minha intenção te provocar ciúmes. Eu não pensei que você se magoaria por eu ajudar uma amiga. –Ele segurou seu rosto com a mão livre. –Eu te amo. E eu já te provei isso, não? –Ela sorriu de lado. –Heather não se insinuou pra mim, e o contrário também não aconteceu. Ela sabe que eu te amo, ela percebeu a tensão no hospital.
--Como? –Sara franziu o cenho.
--Ela consegue captar as coisas no ar, e captou que eu não estou disponível. Heather é uma boa pessoa, mas uma amiga, entendeu? Eu quero você, não ela.
O sorriso da morena alargou-se involuntariamente, e ela cedeu.
--Eu também amo você. –Eles se aproximaram. –Me desculpe por ser tão ciumenta.
Ele sorriu de lado e a provocou:
--É gostoso ser disputado por você. –Ela iria se manifestar, mas ele a calou com um beijo curto. –Agora, o que acha de fazermos hora extra e recriarmos a cena do crime... Outra vez?
Sara acariciou o rosto do namorado com delicadeza, enquanto deixava-se envolver em um beijo molhado seguido de um longo suspiro; quando o ar faltou, ela não deixou que se separassem: mordeu seu lábio inferior com delicadeza e sorriu marota, dando- lhe uma resposta totalmente não verbal. E não tardou para que os objetos pessoais e roupas espalhassem-se por todos os cantos, enquanto eles desfrutavam da melhor parte de uma briga: a reconciliação.
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