- Bill?

- Sim?

-É o Ryan. Tudo bem? Eu gostaria de saber se você pode vir aqui no meu apartamento hoje.

-À que horas?

- Agora.

- Tudo bem, estou indo.

Depois de dez minutos, alguém bateu na porta. Imediatamente fui atender.

- Entra. Então, Bill, eu vou ser bem direto: você precisa aceitar o Gabe de volta.

- Bem direto mesmo.

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- E então?

- Minha resposta é não.

- Por favor... Ele não tem sido mais o mesmo.

- Nisso eu tenho que concordar. O que será que aconteceu pra ele ter contratado uma prostituta e os dois fazerem ali na rua mesmo?

- Bill, eu estou falando sério.

- Eu também estou.

- Por favor...

- Eu não vou aceitá-lo de volta.

- Me escute primeiro, sim?

- Fale.

- O Gabe sente muito a sua falta, ele precisa de você. Ele não passa um dia sequer sem chorar. Ele não consegue nem dormir direito. Ele não fala praticamente nada durante o dia inteiro. Antes ele era feliz e sorridente, agora o rosto dele... é como uma estátua. O estado dele é assustador. Gabe vive se isolando, só deixa eu chegar perto dele, e eu tenho turnês, tenho que trabalhar no novo álbum, ensaiar e outras coisas, Bill, eu não posso ficar com ele o tempo todo e isso só me faz sentir pior. Dá um aperto no coração ver ele desse jeito. O coração dele está destruído,eleestá destruído. Ninguém merece essa tristeza toda. Por favor, Bill, você é tão sem coração a ponto de deixar ele sofrer desse jeito?

- Em primeiro lugar, ele deveria ter pesando bem antes de fazer aquilo; em segundo, caso você não saiba, eu também tenho sentimentos...

- Não parece

- ... Como você acha que eu me sinto? Feliz?

- Se comparado a ele, você parece ótimo.

- Mas eu não estou. Droga, Ryan, você acha que é legal trair alguém? Você está defendendo esse bastardo como se fosse certo o que ele fez.

- Será que você não entende? - Gritei - Aquela garota estava quase estuprando o Gabe!

- Olha, Ryan, eu vou embora. Eu não sou obrigado a ouvir isso.

William andou até a porta e fechou-a com força depois de sair. Suspirei e coloquei a mão em minha testa. Eu teria que pensar em outra coisa para convencê-lo.

- Ry?

Gabe entrou no cômodo, bocejando.


- Ah, oi Gabe.

- Quem estava aqui? Eu ouvi você gritando, está tudo bem?

- Só um amigo, estávamos falando sobre o álbum e acabamos nos empolgando. Como você está?

- Normal.

Ultimamente, normal para Gabe era estar triste o dia todo.

- Eu comprei alguns doces, aqueles que você adora.

Gabe caminhou até a cozinha e pegou o saco de doces que estava em cima da bancada.

- Bagels? Esses vocêadora. Onde conseguiu?

- Comprei um estoque em Seattle.

- Sempre prevenido.

- Com certeza. Bagels são a minha vida.

- Aposto que sim...

- Ah, qual é, Gabe, eu não vou conseguir arrancar nem um sorriso do seu rosto?

- Nem continue tentando, pois vai perder seu tempo.

- Hunf.

- Você não me contou como foi lá na gravadora.

- Foi legal, já temos alguns planos. Estou com algumas linhas e acordes no papel. Bem poucos, na verdade.

- Que bom. E quando vocês vão se juntar?

- Eu não sei. Brendon disse que teve uma ideia, mas só para nós dois. Achei um pouco estranho. Se Jon e Spencer são da banda, eles deveriam ir também, certo?

- Talvez o Brendon queira passar um tempo sozinho com você.

- Um ano?

- Bem...

- E Jon e Spencer não deviam ser excluídos assim.

- Talvez eles também ajudem, só que distantes. Por telefone ou internet, talvez?

- Essa história está bem estranha para o meu gosto.

- Fale com o Brendon, então.

- Pode ter certeza de que ele não vai abrir a boca para me contar nada.

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- Então espere para ver o que ele quer.

- É, eu vou. Quer comer o quê?

- Nada.

- Tem certeza?

- Tenho.

- Então tá.