O Garoto Da Casa 918.

Capítulo 35


"Bom dia, tia." -Disse indo para a cozinha.

"Bom dia, dormiu bem?"

Parei com a maçã na mão.

"Sim...Por que?"

"Parecia meio... agitada."

Olhei em volta.

"Tive um pesadelo, mas estou bem." -Assenti.

"Que bom."

Fui até a sala e percebi outra pessoa sentada no sofá.

"Bom dia senhora Hammer." -A cumprimentei.

"Oh, Helena, quanto tempo." -Ela disse sorrindo- "Você esta tão diferente da quela garotinha que corria com meu filho."

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Sorri. A senhora Hammer era uma mulher muito charmosa, sempre que a via estava com colares e anéis caros; não sei nem por que Jack trabalhava se eles podiam pagar tudo.

"Estávamos falando agora mesmo de você." -Ela disse pegando o chá.

"De mim? Sobre o que?" -Me apoiei na parede e mordi a maçã.

"Tantas coisas." -As duas riram- "Por isso que demorei, a encontrei no cabeleireiro."

Assenti.

"Bem, eu vou para a biblioteca, mas eu volto antes do almoço."

"Senhora Hammer, gostaria de jantar conosco esta noite? Vou fazer frango assado."

"Então ponha mais três pratos." -Ela riu.

Dei a costas e fui até a porta, peguei meu casaco e saí. Não era muito longe da minha casa até a biblioteca, dava uma caminhada legal, mas não demorava nem meia hora.

O bom de ir na biblioteca de sábado de manha é porque ela fica vazia. Passei meu cartão na secretaria e entrei. Minha parte preferida era contos românticos; o que toda garota gosta.

Peguei meu preferido: Bela Adormecida.

Me sentei numa das cadeiras e o abri.

"Oi." -Disse alguém se sentando do meu lado. Levantei o olhar e Jack sorriu.

"Você estava me seguindo?" -Perguntei.

"Não, eu vi você chegando. Então... Você esta me seguindo?" -Ele perguntou.

Ri.

"Sua mãe esta na minha casa." -Comentei.

"Eu sei." -Ele assentiu.

"Não acha isso estranho?"

Ele me olhou.

"Sabe... Helena, minha mãe tem conversado muito com a sua tia ultimamente. E logo você fará dezoito."

"O que você quer dizer com isso?"

"Nem eu sei..." -Ele encostou na cadeira.

"Tia Sarah tem comentado muito sobre casamento nesses dias." -Apoiei minha cabeça não mão.

"É a vida." -Ele deu de ombros.

"O que?" -Olhei para ele.

"Garotas nascem, cressem e... Quando chegam a uma certa idade, tem que casar."

"E se eu não quiser isso?" -Murmurei.

"Vire freira." -Ele disse.