Usque Ad Finem

Capítulo único


USQUE AD FINEM

O dia mais feliz da vida de Remus foi o nascimento de Teddy. O menino de cabelos pretos (só ficaram pretos por alguns instantes antes de ficarem ruivos, mas era assim que Remus imaginava o filho) tinha fitado o pai com grandes olhos âmbar, do mesmo tom dos do pai, e piscado.

Como um gesto tão simples e natural fizera Remus se sentir tão orgulhoso?

O último Marauder não conseguia acreditar que tinha odiado o próprio filho durante os primeiros meses da gravidez. O bebê, nomeado em homenagem ao avô morto durante a ascensão do Lorde das Trevas, era a prova viva de que os genes de lobo não eram transmitidos.

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E aquele dia, onde Poppy confirmou que Teddy não se transformaria, apenas amaria carne vermelha, foi o segundo dia mais feliz da vida de Remus.

Um dos passatempos favoritos do papai orgulhoso era observar o filho dormindo. Seus cabelos mudavam rapidamente de cor, dependendo dos sonhos. Logo ficou claro para Dora e Remus que a cor favorita do filho era um azul berrante que combinava com os gostos exóticos da mãe. Dora dizia que, tendo nascido no dia primeiro de Abril, ele seria um pequeno furacão quando fosse para Hogwarts, assim como o primo. E completara divertida: E sendo capaz de mudar o rosto, nunca será pego!

Teddy roncava, de acordo com a mãe. Era um som baixo e ritmado que seria facilmente confundido com a respiração.

Os dias viraram semanas e as semanas completaram um mês. Na madrugada do dia dois de Maio, Remus e Dora receberam um patrono de Arthur Weasley solicitando a presença dos dois no Castelo. Pelo visto, as forças de esquerda estavam lá e a Ordem estava perdendo. Feio.

A capa cinza que Remus colocou (provavelmente haveria fumaça e assim ele não seria tão reconhecível) parecia ser uma lembrança dos tempos sombrios que estiveram presentes na vida de todos nos últimos dois anos. No caso da Ordem, três anos.

Nenhum argumento convenceu Dora a ficar em casa; ela era um auror e queria lutar! Que tipo de auror ela seria se ficasse escondida em casa como uma covarde Slytherin?

Remus cedeu depois de assistir os cabelos da esposa assumirem um tom vermelho que era um aviso claro do temperamento de Dora.

Antes de saírem, eles pararam no berço de madeira de Teddy.

-- Papai e mamãe vão voltar logo. – Remus falou com uma voz calma enquanto alisava os cabelos azuis do filho.

Dora sorriu e tirou uma foto de Teddy no exato momento em que ele dava seu primeiro sorriso para os pais.

Os passos que levaram o casal para fora da casa foram os mais difíceis que já precisaram dar. Durante todo o percurso, a foto mágica de Teddy sorrindo estava apertada na mão de Remus, e aquele sorriso foi o suficiente para fazer Remus pensar que tudo valeria a pena. Que mesmo que a Morte os levasse, aquele sorriso compensaria tudo.

Porque para onde quer que Remus e Dora tenham ido quando suas vidas foram ceifadas, eles estariam sorrindo. Sorrindo para Teddy, que com apenas um sorriso fez tudo valer a pena.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.