Os Selos Do Destino

Uma queda desesperadora


– Então é agora. – Cloe deixou escapar um tom de insegurança.

– Certo, só preciso ir pegar a minha sacola e podemos ir. – Disse Martin.

– Também preciso pegar umas coisas. Já venho.

Os dois voltaram depois de alguns minutos. A ninfa estava com um cinto semelhante ao da professora de poções, Mary Straugs, onde carregava diversos tubos de ensaio, além de levar consigo uma pequena bolsa. Já o elfo trazia uma flauta e uma sacola enganchadas na cintura.

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– Vestidos para matar, hein? – Brincou Samantha.

– Coloquem as capas. – Disse Allan. E os quatro desapareceram debaixo das capas. – Ouçam, pelo que conseguimos juntar das peças os únicos lugares intactos são poucos, desse jeito não temos como escolher um lugar específico, então tive uma ideia melhor, escolher depois.

– Como assim? – Indagou Cloe.

– Simples, a única coisa que não pode ter mudado e que ainda está acessível é o céu.

– Hã?

– Todos se lembram de como chegamos ao lugar, certo? – Todos acenaram com as cabeças flutuantes. O garoto arrumou os óculos. – Basta pensarmos naquela paisagem, no horizonte, o céu se encontrando com as longas árvores que haviam lá. O lugar ainda é o mesmo, só mudou a iluminação. Entendem o que quero dizer?

– Não é um pouco arriscado? E como vamos aterrissar? – Falou Martin.

– É tão simples que pode funcionar. – Começou Samantha. – Durante a queda escolhemos aonde iremos. Eu topo.

– Não gosto nada disso, mas não temos escolha. Também vou. – Disse a ninfa.

– Pelo visto vou ter que aceitar essa ideia louca também. – Martin não acreditava que realmente iriam fazer aquilo.

– Certo. Ninguém mais precisa fazer mais nada? – Allan começou a se animar. – Boa sorte a todos.

Os jovens se concentraram no local que iriam se teleportar, o tom agudo soou e os quatro sumiram da lavanderia.

–x-

O cenário tornou-se outro. A lua brilhava bem a frente deles, as nuvens brancas a céu aberto agora eram prateadas sob a luz do luar. O lugar logo abaixo estava totalmente diferente, desolado. Havia crateras no chão, o campo de caça já não era mais o mesmo. Os quatro foram surgindo um após o outro.

– E agora, onde vamos aterrissar? – Gritou Cloe.

Em meio a queda a voz da garota não atraiu a atenção de nenhum dos companheiros. Enquanto caía Samantha reparou em um pequeno brilho ao longe. Não durou muito para outro surgir e, desta vez, mais intenso. Pelo que já sabia a única coisa que poderia estar acontecendo era um combate e para poder ser visto de tão longe não era qualquer um que estaria lutando.

– Não esqueçam, concentração é a chave para um teleporte seguro! – O jovem Loup também foi reprimido pelo vento da queda. Sem resposta Allan começou a ficar nervoso.

E não era o único, o solo chegava cada vez mais perto deles. Sem reação, a queda cada vez mais rápida, enevoada. Os olhares se encontraram, só teriam uma chance. Samantha desapareceu, Martin também, e por fim Cloe. Allan entrou em colapso total. Desmaiou. O garoto agora rodava lentamente em queda livre.

– NÃO! Por favor! NÃO MORRA! – Gritou a irmã chorando, em meio ao desespero.