A Preferida De Lord Voldemort

Eu começo o meu 7º Ano em Hogwarts


Com o fim do sexto ano, Tom e eu tivemos que voltar para o Orfanato Wools, era horrível voltar para lá, ficar longe de nossos amigos. Martha nos recebeu com sorrisos como fazia sempre, mas não era assim com os outros órfãos, que viviam a nos olhar feio. Ao menos Tom tinha um quarto só dele.

Os dias pareciam se arrastar de tão lentos e eu ainda precisava aturar Amandinha e suas amigas sempre a me importunar.

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Em meados de agosto, depois do jantar, houve uma confusão em um dos corredores. Coloquei a cabeça para fora do quarto a tempo de ver Sra. Cole se dirigir para o corredor onde ficavam os dormitórios dos garotos. Catelyn, uma garota de quinze anos que dividia o quarto conosco, entrou apressada no dormitório.

– Parece que alguns garotos estavam implicando com o Riddle. - disse ela para as outras garotas.

– O que? - perguntei. - Por quê?

– É bem feito para o Riddle. - disse Amanda e eu revirei os olhos.

– Parece que quatro garotos estavam mexendo em suas coisas e então Riddle os ameaçou, Denis Bishop que estava entre eles, saiu correndo, ele morre de medo do Tom, por algo que ele fez quando eram crianças, mas os outros o enfrentaram. - explicou Catelyn. - Não foi justo, três contra um e nem eles mexerem nas coisas do Riddle, desde que ele entrou para a tal escola, não tem mais feito coisas estranhas como antes.

Decidi sair para deixá-las mais a vontade para falar mal de nós. O corredor, antes cheio de curiosos agora estava vazio e eu segui para o quarto de Tom, entrando sem bater, ele estava deitado em sua cama, as mãos atrás da cabeça fitando o teto, mas sentou-se quando notou minha presença, seu lábio estava cortado.

– Bateram em você? - perguntei arregalando os olhos e sentando na beirada de sua cama.

– Deduziu isto pelo corte em minha boca ou pela fofoca do orfanato? - ele perguntou sarcástico e com cara de poucos amigos, revirei os olhos e peguei uma blusa jogada na cama, secando com cuidado um pouco de sangue em sua boca levemente inchada por causa do soco que tinha levado. - Espero apenas pelo dia em que me verei livre deste lugar. Se eu pudesse usar a varinha...

– Estariam todos mortos com certeza, mas você não é maior de idade e nem quer ir para askaban, então não devia tê-los ameaçado. - eu o adverti, ele deu de ombros.

– Não devia estar aqui, volte para o seu dormitório.

– Você não é monitor aqui, Riddle. - digo com firmeza. Ficamos alguns segundos em silêncio, sei que devo ir para meu dormitório, mas odeio aquelas garotas, até consigo entender o ódio que Tom sente por trouxas, estando num lugar como este. Não percebo que ele está me olhando até que ele sorri. - Que? Do que está rindo?

– Você pode ficar. - ele diz dando de ombros. - Como você disse, não sou monitor aqui e se Martha não te ver, pode dormir aqui se quiser.

– Leu minha mente? - pergunto divertida.

– Não preciso disso para saber o que te aflige e bem sei como esses trouxas são insuportáveis, dividir o quarto com eles deve ser horrível.

– É sim, eu gostaria de saber o que fez para eles terem tanto medo de você?

– Eu os fazia sentir dor, fazia-os ficar doente, enforcava seus animais de estimação, nada demais. - ele diz pegando um livro qualquer e começando a ler, eu tiro os sapatos cruzando os pés na cama em forma de Buda, observando-o ler atentamente, era isto que ele fazia durante as férias?

– Se não fosse seu lado perverso, você seria irritantemente parecido com Hermione Granger.

– Quem? - ele perguntou sem tirar os olhos do livro.

– Uma sangue ruim sabe-tudo irritante, tudo o que meu pai queria era que eu fosse mais inteligente do que ela, aliás, no futuro, você só não conseguiu matar Harry Potter ainda, por causa dela.

– Não está me comparando a uma sangue ruim, eu espero. - ele diz ríspido. - Terá sua vingança, você mesma cuidará desta garota.

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Eu ri, não estava sendo assim tão ruim ser má. O resto da noite foi divertida, ao final Tom teve que parar de ler e ficamos conversando, enquanto eu o ensinava a falar um pouco menos certinho e lhe falava algumas gírias do futuro, mas acabávamos rindo de como aquelas gírias eram ridículas.

Foram assim todas as noites no orfanato, líamos juntos, conversávamos e riamos muito ou roubávamos qualquer coisa na cozinha. Quando já estávamos exaustos, dormíamos e ele me abraçava possessivamente, afinal à cama era pequena e éramos dois, mas era bom. Certa vez, eu estava de olhos fechados, mas ainda não tinha dormido, ele beijou minha testa.

– Fico feliz que esteja aqui, Liz. - ele sussurrou quase inaudível, pois não queria me acordar e não falaria isto se soubesse que eu estava acordada e foi à única vez que ele me chamou de Liz.

As férias passaram mais rápidas do que eu esperava e voltamos para o nosso ultimo ano em Hogwarts. Junto com a carta dos materiais, chegou o aviso de que Tom seria monitor-chefe e enquanto estávamos no trem, recebemos um pergaminho, um convite de Slughorn para tomar um chá logo no começo do ano.

– Você será a primeira garota a fazer parte das reuniões de Slughorn, Liz. - disse Cygnus Black.

– Não sei se fico feliz, dizem que não é muito legal. - digo.

– Ao menos o chá é bom. - disse Avery.

– Liz. - chamou Druella que para a minha surpresa não estava no mesmo compartimento que o nosso, ela estava no corredor, de braços dados com Walburga Black e Ângela. Lancei um olhar aborrecido a Walburga, Ella é minha melhor amiga e não dela. - Vem com a gente, estamos em outro compartimento, ai está muito cheio.

– Ahm... Está bem. A gente se vê em Hogwarts. - digo para os garotos, piscando quase imperceptivelmente para Tom que sorriu de canto.

Segui as garotas para outro compartimento.

– Ângela tem algo a nos dizer. - explicou Druella. - Por isso não podíamos ficar lá.

– Mas o que é assim tão importante que não pode ser dito na frente dos garotos? - perguntou Walburga.

– Eu... Eu acho que estou apaixonada. - disse Ângela cheia de risinhos, franzi a testa, mas fiz como as outras garotas debruçando-se animadas para a loira.

– Fala, fala. - dissemos.

– Pelo Abrax. - todas soltamos gritinhos e risinhos estúpidos. - Minha família e a dele foram assistir a um jogo de quadribol juntos nestas férias e ele foi tão gentil.

– Vocês foram feitos um para o outro. - digo, mas estou mais interessada na paisagem da janela, Ângela e Malfoy realmente foram feitos um para o outro, loiros, fúteis e riquinhos. Druella por outro lado lançou-me um olhar hesitante que me deixou desconfiada, mas eu nada disse, falaríamos sobre isto no dormitório quando todas as outras garotas tivessem dormindo.

– E você Walburga? - perguntou Ângela. - Druella está praticamente noiva de Cygnus, Liz tem alguma coisa com Tom Riddle e eu estou apaixonada, mas e você?

– Estou prometida ao meu primo Orion, é bom que eu não me apaixone por ninguém. - ela explicou. Eu franzi a testa, deve ser horrível ser prometida a alguém.

Nós quatro conversamos muito e comemos doces durante a viagem, foi divertido e não demoramos a chegar a Hogwarts.