Everything I Ask For

Capítulo 115


Louis’ POV

Eu não me lembro ao certo o que tinha feito, mas sei que foi merda. Estava tomado por algum espírito assassino, ou algo do gênero, pois o que fiz com Caroline não era normal.

Só voltei ao meu estado “normal” quando vi um pequeno filete de sangue escorrendo de seu pulso, que estava preso em uma das curvas inúteis da mesa.

- Meu Deus, o que eu fiz? – sussurrei incrédulo e ouvi Caroline soltar um grito de dor.

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- O QUE ACONTECEU? – Harry entrou correndo em casa e arregalou os olhos e a boca quando viu o pulso de Caroline.

Cheguei mais perto de Carol, para ajuda-la com o pulso, mas ela simplesmente me afastou com a mão que estava livre. E que força que ela tinha quando queria...

- NÃO ENCOSTA EM MIM! – ela gritou e eu recuei. – Harry... – Caroline choramingou e ele logo correu até ela.

- Mas que porra está acontece... – Niall entrou afobado e eu senti minha pressão baixar. É hoje que eu morro. Literalmente. – O QUE VOCÊ FEZ COM ELA? – ele gritou comigo assim que viu o estado de Caroline.

- Fica quietinha, não se mexe muito senão vai doer mais. – Harry falou e ela assentiu.

Harry tirou o pulso de Caroline com o máximo de cuidado possível, mas a expressão em sua face era de pura dor. Niall se aproximou dos dois e olhou atentamente para ela.

- Está doendo? – Niall apontou para o pulso de Caroline. Não colega, está fazendo cócegas!

- Muito. – ela gemeu de dor e um tsunami de culpa me atingiu.

- Temos que ir para o hospital, Niall. – Harry falou. – Ela torceu o pulso, quem sabe não aconteceu algo mais grave.

- O que foi que aconteceu aqui? – Liam e Zayn entraram e eu engoli em seco.

- O que você fez, Louis? – Zayn me fuzilou com os olhos.

- Eu juro que quando eu chegar do hospital eu vou te socar até eu perder minhas forças! – Niall chegou perto de mim, me desafiando com o olhar.

- Você está morto. – Harry também me fuzilou com os olhos e eu tive vontade de chorar.

Eles saíram com Caroline e eu me joguei no sofá, pegando uma almofada e escondendo meu rosto na mesma. Liam e Zayn se aproximaram de mim ainda confusos.

- Qual a cagada dessa vez? – Liam perguntou sério.

- Eu a perdi. – minha voz embargou. – Eu sou um retardado, idiota, burro, filho da puta! – senti uma lágrima escorrendo. – Eu perdi meu anjo, perdi meu mundo.

Niall’s POV

Não sei de onde surgiu tanta tolerância para não socar Louis naquele exato momento. Mas acho que só de ver o estado em que o pulso da minha irmã se encontrava foi o suficiente para me fazer esquecer dele.

- Você dirige, Harry.

Ajudei Caroline a entrar no banco traseiro e me sentei ao seu lado. Ela estava fazendo o possível para segurar o choro e aquilo me cortou o coração. A abracei forte e ela enterrou o rosto em meu peito.

- Será que você consegue nos contar o que aconteceu? – sussurrei e ouvi Caroline respirar fundo.

Com muito custo ela conseguiu contar o que Louis tinha feito. E explicou também o que tinha acontecido nos dias em que eles ficaram na fazenda. Preciso falar que minha vontade de matar o Tomlinson só aumentou?

- Vocês ficaram? – perguntei incrédulo e ela assentiu.

- Eu vou esfregar a cara dele no chão. – Harry apertou as mãos no volante.

Caroline não disse nada, apenas encostou a cabeça em meu peito e chorou silenciosamente. Se pulso estava repousado em minha perna e segundo ela estava latejando de dor.

Logo chegamos no hospital e Caroline não chorava mais. Seu rosto estava inchado, mas para quem tinha torcido o pulso aquilo era o mínimo. Entramos apressados, pois não queríamos que ninguém na rua nos visse.

Caroline foi atendida imediatamente e eu e Harry tivemos que ficar esperando na sala de espera. Me sentei em uma poltrona e Harry se sentou ao meu lado, suspirando pesadamente.

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- Eu não entendo por que Louis age dessa maneira. – ele disse,

- Ninguém entende. Nem ele entende! – falei indignado.

- Dessa vez ele extrapolou todos os limites. – Harry bagunçou os cabelos e eu assenti.

- Acho melhor chamarmos Paul. – apontei para um grupo de meninas que nos olhavam tímidas.

Harry ligou para Paul e falou que estávamos no hospital. Ele quase surtou, mas Harry explicou brevemente o que tinha acontecido com Caroline, omitindo a parte do teatro idiota de Louis.

Esperamos por um bom tempo até um médico aparecer e falar que Caroline estava bem e com o pulso torcido. Nada que não sabíamos. Ele nos chamou para conversar no escritório e nós fomos.

- Sentem-se, por favor. – ele apontou para as cadeiras e nos sentamos.

Segundos depois Caroline entrou na sala com o pulso imobilizado. Senti meu sangue ferver em minhas veias, mas me controlei. Ela se sentou ao meu lado e esperamos o médico falar alguma coisa.

- Caroline terá que ficar com o pulso imobilizado por 2 ou 3 semanas. Isso dependerá de como o organismo dela reagirá, se ela fará esforço... Então se quiser uma recuperação mais rápida não pegue peso, não se esforce muito e não mexa muito o pulso. Entendido? – Carol assentiu.

- Bem... – Harry falou e o médico olhou para ele. – Caroline é guitarrista da nossa banda. Não há chances de ela tocar com o pulso desse jeito, né?

- Sem chances. – o médico falou e vi Carol abaixar o rosto.

O médico passou mais algumas recomendações e receitou um remédio de dor para Caroline, caso a dor estivesse insuportável. Ele falou para ela tomar cuidado e se cuidar bem.

Saímos e Paul estava do lado de fora. Assim que ele viu o pulso de Carol imobilizado fez uma careta e comentou algo como “não sabe se cuidar direito”. Tiraram o dia para me irritar, só pode.

- Niall, o que vamos fazer agora que eu não posso tocar? – Carol perguntou e eu suspirei.

- Depois vemos isso, minha pequena. – Harry passou o braço pelos ombros dela e beijou sua testa. – Vamos para casa e ter uma boa noite de sono. Você está precisando disso.

Voltamos para casa e eu não deixei que Caroline entrasse em seu quarto. Mandei ela subir para o meu e que pegasse uma roupa minha para dormir. Tomei um rápido banho e quando saí Carol já estava deitada na cama com um moletom verde. Deitei ao seu lado e a puxei para perto de mim, a abraçando forte.

- Pode chorar se quiser. Não precisa ser forte o tempo inteiro. – sussurrei e ela escondeu a cabeça em meu peito, deixando algumas lágrimas escorrerem.

- Acho que nasci pra sofrer. – ouvi Caroline murmurar e a apertei mais contra mim.

Amanhã ia ser um novo dia e talvez um certo Tomlinson nem veja o sol raiar... Se ele for esperto dormirá com os olhos bem abertos.