Jeito Maroto

Capítulo II: Tudo de Pernas pro Ar


**Lumus. Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom.**

Capitulo II: Tudo de Pernas para o Ar

POV Lily

Devo admitir que fiquei encantada pelo olhar de preocupação de Potter sobre mim, seus olhos castanhos esverdeados... Nossa! O que eu estou dizendo? É Potter, Lily! E Severo, não acredito que ele fez aquilo, agora, talvez, provavelmente meu pulso estaria vermelho e inchado se o Potter não tivesse me ajudado. Quando cheguei no dormitório feminino o qual eu dividia com minhas amigas, todas me cercaram perguntando por que eu estava com aquela cara. Deitei na minha cama dossel, fechei os olhos e contei a elas um resumo sobre o que acontecera.

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-O James te defendeu? – Perguntou Dorcas me fazendo ficar com uma careta.

Assenti hesitante.

-Que fofo – Marlene disse sonhadora deitando do meu lado.

-Urg! – Fiz outra careta. – Não quero que ele me defenda.

-Ainda acho que você deveria dar uma chance pro coitado – Alice falou ignorando-me, deitou do lado de Marlene.

Dorcas assentiu sentando-se de frente a nós.

-Sabe o que eu acho também? – Indaguei a elas. – Marlene deveria conquistar de vez o Black, mesmo ele sendo um galinha. – Ela suspirou. – E Dorcas procurar o príncipe dos sonhos. E você Alice, a única bem resolvida...

-Graças a Merlin – ela murmurou.

-Porque você não segue o nosso conselho – começou Marlene. – Se você for com o James, algum dia para Hogsmeade de livre e espontânea vontade, eu convido o Sirius.

-E eu saio com o primeiro menino interessante que eu ver – completou Dorcas.

-Eu saio com o Frank para tratar do futuro – comentou Alice. – Casamento.

Eu e Marlene nos levantamos rápido tossindo.

-Casamento? – Perguntamos, eu, Marlene e Dorcas.

Ela riu como se a gente que estive louca.

-Só depois que nos formamos – ela explicou. – Isso se me pedir formalmente.

Bati a mão na testa, ainda sentada.

-Vocês já foram para o outro passo? – Perguntei.

-Quase – Alice respondeu ainda sorrindo.

-Está indo muito rápido – comentou Marlene.

-Nem – disse. – Vocês estão juntos desde o quinto ano, não?

Alice assentiu.

-Mesmo assim Lily – voltou Marlene. – Aquele passo é bem intimo.

-Esse “quase” – comecei ignorando Marlene, que fechou a cara. – Como assim?

-Quente, bem quente... – Alice comentou devaneadora.

-Não sei que tempo vocês arranjam e lugar – disse.

-Eu sou a única que está boiando totalmente? – Dorcas perguntou com as sobrancelhas franzidas.

-Sexo, Dorcas – Explicou Marlene sem rodeios fazendo Alice corar.

-Ah! – Expressou ela. – Vocês ainda são virgens, não é?

-Sim – fizemos um coro.

Marlene ainda estava quieta.

-Marlene você já – perguntei titubeante.

-Não.

Assim o assunto encerrou. Ficamos em silencio até que cada uma foi para sua respectiva cama, alcança o sono pelo tempo de conversa que gastamos há pouco. Pequenos minutos depois o sono me tomou e eu por outro lado estava sem a mínima vontade de dormir e nem de ficar acordada. Escolhendo um dos dois entrei no meu mundo noturno esperando um agradável sonho, mas tudo ainda branco estava, esperei um terrível pesado: eu saindo com a lula gigante. Mas, este não veio também. Sem insistência sonhei sem sonho se isto é possível, apenas eu e meu mundo particular noturno em branco.

Acordei e fui para o Salão Principal logo, para tomar café antes da aula de DCAT. Marlene e Dorcas chegaram dez minutos depois no Salão, sentando na minha frente.

-Cadê a Alice? – Perguntei.

As duas se entreolharam e falaram num coro:

-Com o Frank.

Elas voltaram a sua atenção à comida. Alguém se senta ao meu lado. Viro a cabeça pensando em ver Alice. Mas, Potter sentado ao meu lado servindo-se de suco de abobora. Percebendo meu olhar, ele ignora o suco e se volta para mim.

-Admirando a paisagem? – Ele perguntou com um sorrisinho no canto da boca.

-Saía daqui – falei com os dentes cerrados.

-Bom dia para você também, Evans.

O que? Ele me chamou de Evans? Desde o começo do ano passado que ele insistiu em me tratar com seus apelidos que ele considera carinhosos, e achar que ter a intimidade em me chamar pelo primeiro nome.

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-Como?

-Bom dia – ele falou parecendo uma pergunta. E voltou a comer os bacons.

Ergui as sobrancelhas surpresa.

-Fale-me o que você esta aprontando.

-Eu? – Ele perguntou, e não parecia nada cínico. – Não estou aprontando nada. Pode ficar sossegada.

-Fale logo.

-Não estou aprontando. Já disse. Estou me tornando sociável.

-Como?

-Sociável. Agradável... Civilizado – Ele citou.

-Eu sei os sinônimos. Porque você quer ser agradável? – Acho que fiz uma careta.

-Porque não agüento mais os seus gritos – ele disse.

-Eu não grito.

-Na realidade grita sim, o tempo todo, comigo.

-Esta desistindo? – Perguntei esperançosa. Oba! O Potter não vai mais me seguir.

-Não – ele respondeu. Opa! Errei. – Não vou desistir – ele falou serio, corei.

-Que droga – resmunguei.

-Conte-me mais sobre aquele jogo... Amigo secreto?

-Sim. Como eu já tinha explicado, a gente faz um sorteio de quem vai participar, cada um tirar um papelzinho e o nome que estiver nele, você da um presente no dia da troca. E é claro não falar quem é que você tirou.

-Você costumava jogar no mundo trouxa?

-Sim, nós fazíamos no Natal e na Páscoa, mas ao invés de um presente aleatório, tinha que dar ovos de Páscoa.

-Vocês ainda o fazem?

Eu dei um sorriso fraco lembrando a última vez em que o fizemos em família completa.

-Para falar a verdade, não. A última vez fora antes da carta de Hogwarts chegar. Petúnia, minha irmã, se recusou a participar da brincadeira próxima por causo de mim. E então nunca mais...

-É uma pena, parece ser muito animador.

-E é. Você e sua família fazem algo no fim do ano?

-Não tem muita coisa... A gente viaja ou passa em casa. Meus pais dão presentes, para mim e Os Marotos que na maioria das vezes estão lá em casa.

-Coitada da sua mãe... Agüentar vocês.

-Ela não fica muito em casa, e nem o pai. Eles são aurores... Mas, somos bem próximos.

Ele deu um sorriso antes de continuar:

-Percebeu? – Estendi as sobrancelhas. – Estou conversando com você sem gritos.

Era verdade. Ele continuou:

-E você ainda nem percebeu que não há ninguém alem de nós no Salão.

Virei minha cabeça para os lados, não acredito. Conversei com o Potter e nem percebi o que acontecia em minha volta. Ele sorriu mais uma vez, levantou e saiu andando em direção ao portão.

-Tchau Evans – ele gritou o bastante para eu ouvir.

Eu estava bastante... Atordoada. Ele estava certíssimo, ele foi tão civilizado comigo que nem percebi que não gritara e nem o xingara.

Ainda em transe, pisquei mais algumas vezes tentando voltar para a realidade. Levantei, correndo para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Tropecei e cai algumas vezes, é típico. A mão ralara um pouco. Me esbarrei com Apollyon Pringle*, o zelador calvo e baixo, que sempre tem consigo uma vassoura para limpeza, que começou a ralhar. Saí correndo ainda mais. Cheguei na sala do Profº Zenon, vermelha e desarrumada. Os olhares se voltaram a mim. E eu, falhamente tentei me arrumar.

-Srtª Evans – disse o Profº Zenon, com seu cabelo semi-grisalho, seus lábios finos e poucas rugas de expressão.

-Desculpe professor.

-Sente-se.

Sentei ao lado de Marlene.

-Porque se atrasou?

-Depois eu te conto.

-Hoje vamos falar sobre um feitiço que vocês já o conhecem e tem varias funções – começou Zenon. – Antes de perguntar, porque o feitiço se está na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Esse feitiço pode ser considerado uma maldição... Alguém sabe?

Potter levantou a mão.

-Sim, senhor Potter?

-Reducto.

-Dez pontos para a Grifinória. A função exatamente é...?

Eu levantei a mão dessa vez.

-Desintegra ou destrói objetos sólidos que estiverem no caminho do lançador.

-Mais dez pontos para a Grifinória.

Marlene sorriu para mim.

-E é capaz de matar** – ele falou lentamente. – Ele pode acabar com todos os feitiços e se não usado da maneira correta pode haver um grande estrago. Então... Esse feitiço é acatado uma maldição por que...? – Apontou para Sirius que ria.

-Porque ele pode acabar com todos feitiços e é considerado uma arma letal.

-Exatamente, mais dez pontos para a Grifinória. Sr. Snape?

Severo ergueu as sobrancelhas, agora vermelho porque todos olhavam para ele.

-Sim, Profº?

-Qual o feitiço que é semelhante deste?

-Expulso, senhor – respondeu Snape tremulo.

Eu não acredito que ele é assim, e eu achando que ele era meu amigo. Só falava comigo porque não tinha mais ninguém que o elogiava e conversava igualmente. Na frente de todos ele era todo quieto, só bastou eu esta sozinha que ele me obriga a aceitar as desculpas dele. Francamente.

-Exatamente Sr. Snape. Dez pontos para a Sonserina.

Black fez uma careta. Marlene riu. Ele soltou um beijo para ela. Ela ficou corada.

Depois de dois tempos de DCAT tive Feitiços, depois do almoço foi à vez de História da Magia com o Profº Binns, que insisti em falar arrastado deixando não só eu com sono, quem não dormia conversava como eu e Dorcas, outros se beijavam como Alice e Frank e outros fingiam presta atenção na monotonia da aula do Binns. Por sorte depois das aulas com o Binns, tivemos Trato das Criaturas Mágicas com o Profº Silvanus Kettleburn.***

-Me conta logo o que aconteceu! – Ordenou Marlene sentando na poltrona do lado a minha. – Você me enrolou o dia todo.

-Porque não é nada de mais.

-Mesmo assim eu, sendo futura madrinha do seu filho com o James, tenho direito de saber o que vocês conversaram.

-Urg! Eu não vou ter um filho com o Potter.

-Vai ser menina?

-Eu não vou ter nada com o Potter!

-Conte.

Ditei a ela, desde que eu mandei ele sair do meu lado até ele me dar tchau.

-Estranho? – Perguntei. Ela assentiu. – Também achei. Talvez ele esteja cansado de si mesmo – supus.

-Nam, nada a ver Evans – ele falou, me fazendo dar um pulo na poltrona.

Ele se sentou no sofá defronte a mim. Black chegou, com seus cabelos maiores que o normal, seus olhos cinza azulados percorrendo a gente.

-Marlene – ele a chamou.

Ela o olhou.

-Que foi?

-Posso falar com você um instante?

Ela se levantou.

-Você sabe o que ele que? – perguntei a Potter.

-Almofadinhas não me contou nada – disse ele. – A propósito, vim te lembrar que a reunião começa em meia-hora.

-Er... Obrigada, eu ia realmente esquecer.

-Por nada, Evans – e começou a escrever num pergaminho.

Li por mais quinze minutos, fui ao dormitório pegar os relatórios. A reunião foi a de sempre, cada um dava o seu relatório, opiniões eram expressadas... Acho que só na Sala dos Monitores não havia censura. Muitos monitores depois da reunião ficavam ali para fazer deveres, já que era calmo.

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A ronda, que seria dessa vez minha e do Potter, não foi a chatice que imaginava. Conversamos, rimos, ficamos em silencio. Era tão estranho e diferente. Eu ainda não conseguia acreditar que o Potter estava civilizado, até Túnia agiria bem com ele.

-Você esta agindo assim só comigo?

-Não... É claro que faço atividades marotas, mas não estou azarando ninguém.

-Que atividades marotas são essas?

-Um dia, o qual eu espero, você vai saber.

Dei um sorriso fraco. Eu estava com pena do Potter, e eu era a culpada.

-Você só quis ser civilizado, para eu não gritar mais?

-Também, é um dos motivos... – Ele se encostou na parede ao lado da mulher gorda.

-Espero que vocês entrem – a Mulher Gorda disse. – Quero tirar um cochilo.

-Varinha de Alcaçuz – disse a senha a ela.

Entramos no buraco do retrato.

-Varinha de alcaçuz, é um dos meus...

-Doces favoritos, e sapos de chocolate – ele completou.

-Como você sabe?

-Sabendo. Boa noite Evans.

Ele subiu para o dormitório masculino. Eu, sem sono algum, sentei na poltrona vermelho desbotado. E lá no fundo uma voz: “Porque vocês não viram logo amigos”? Devo admitir que Potter é totalmente diferente do meu próprio conceito sobre ele. O Potter intolerante e abusivo não estava mais como suas características principais, ele, como o próprio desejava, está nada mais que agradável. E nenhuma das vezes que nós conversamos, ele não me chamou para sair e nem fez cantadas surradas. Ele mudara.

**Malfeito feito. Nox!**