Come Be My Angel

So Far Away


*Niall Parte*

O que se passou no hospital me pareceu em câmera lenta, ainda mais com todos falando português, me sentia um peixe fora d’água. Eu queria correr atrás de Vitória e dizer que tudo iria ficar bem, mas eu sabia que não era assim. Algo me prendia. Ela entrou no quarto e eu fiquei esperando na recepção, junto com seus pais e 15min depois, ela foi retirada a força de lá, chorando mais que nunca, descontrolada. Desprendi minha calça da cadeira (sim, era ela quem me prendia) e corri para fora, procurando por ela. Quando encontrei abracei-a e perguntei:

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- O que houve princesa?

- Ele se foi, Ni... ele me esperou, e se foi.

Não entendi o sentido das últimas palavras dela, mas não insistiria nisso. Ela precisava do meu apoio agora, não necessariamente palavras, só um abraço talvez...

- Ele sabia que eu odiava despedidas, mas me esperou para partir. Sempre meu irmão. – Vitória disse, entre soluços.

*Vitória Parte*

Não quis ir no velório, não aguentaria tanta dor e tantos “pêsames e coitadinha”. Fiquei com Niall em casa, conversando.

- Namorada, sabe de uma coisa... seu irmão era seu ajo da guarda, né?

- Sim.

- Vou prometer uma coisa para ele e para você.

- Fala.. – Eu disse, com voz manhosa.

- Eu vou ser seu guardião a partir de hoje.

- Promessas tem que ser cumpridas, não se esqueça.

- Desde que vivamos juntos a vida toda, ela será.

Nos beijamos. Eu tenho o namorado mais perfeito do que poderia imaginar, sim ou claro? Eu tinha perdido um anjo, o que era insuportável, mas havia ganhado outro. Deus faz tudo certo, sempre.

Criei coragem diante das palavras de Niall e fui levar um buquê de rosas vermelhas para meu irmão.

- Descanse em paz, meu anjo. – Sussurrei.

“Tão longe de mim, eu preciso que você saiba, eu te amo.”