Capítulo 11 - Chegada ao Vaticano

O avião pousou em Roma na manhã de uma quarta feira chuvosa. Logo depois de chegas, fui direto para o hotel em que ficaria hospedada.

- Lady Croft, ficamos muito felizes pela senhora ter voltado ao nosso hotel. - disse Martin, gerente do hotel, a quem eu já conhecera há alguns anos.

- Obrigado Martin. - eu disse. - Você poderia mandar alguém subir com minha mala?

Mostrei a ele uma pequena bagagem. Ele reparando o tamanho, disse:

- Pelo visto, a senhorita vai ficar pouco tempo.

- Eu não sei Martin, eu não sei mais de nada. - disse eu finalizando!

Após ter descansado e colocado meus pensamentos em ordem, liguei para a recepção do hotel.

- Posso ajuda-la em alguma coisa, senhora? - disse a recepcionista no telefone.

- Ah, por favor, você pode me indicar algum guia turistico particular?

- Qual local? O Coliseu?

- Não, o Vaticano.

Após estar tudo pronto, coloquei uma roupa comum. Não iria levar armas. Iria só dar uma olhada...

- O Vaticano é uma cidade-estado e o menor estado independente do mundo, encravado na Zona Norte de Roma. - dizia o guia turistico que contratei. Não prestava atenção no que ele dizia, pois algumas informações sobre o local eu já tinha conhecimento. Mas então porque eu o chamei? Bom, eu precisava de um \"disfarçe\", podemos dizer. - Deve a sua existência ao fato de ser a residência oficial do Papa e de ser a sede da Igreja Católica e também da Igreja Católica de Rito Latino, a maior e a mais conhecida e numerosa das 23 Igrejas sui juris que constituem a Igreja Católica.

Estavamos nos aproximando da sede da Igreja Católica e antes mesmo de chegarmos, o guia já comçra a falar. Tinha de admitir que ele era profissional.

Como todos os dias, o lugar estava cheio de turistas. Melhor ainda.

Entramos e o guia recomeçou a falar. Enquanto ele dizia a etimologia do local, eu prestava atenção em cada detalhe cultural que lé tinha. Realmente era muito bonito.

- Originalmente, Vaticano era uma figura da mitologia romana que \"abria a boca do recém nascido para que ele pudesse dar o primeiro grito, o primeiro choro\". Era também o nome de uma das sete colinas de Roma onde se erguia o Circo de Nero. Lá São Pedro foi martirizado e sepultado. A senhorita gostaria de perguntar alguma coisa?

- Não, pode prosseguir. - disse. Eddington havia dito que ele tinha vendido o coração para o Vaticano, mas não havia especificado quem. Seria para o própio Papa? Ou algum importante cardeal? Esse era o problema. Eu não tinha idéia para quem o traidor havia vendido.

Como estava perdida em meus pensamentos, o guia percebeu.

- Esta tudo bem? - perguntou ele triste, pois viu que eu não estava muito interessada. - Quer que eu pare; ou não esta gostando da explicação...?

- Não, não, esta ótima. Diga-me senhor, como a igreja conseguiu o território do Vaticano? - perguntei para despistar. E funcionou, já que o guia sorriu.

- O Vaticano foi dado pelo Tratado de Latrão, assinado por Benito Mussolini e o Papa Pio XXI em 11 de Fevereiro de 1929. As terras tinham sido doadas em 756 por Pepino, o Breve, rei dos francos. Durante um período de quase mil anos, que teve início no império de Carlos Magno no século IX, os papas reinavam sobre a maioria dos Estados temporais do centro da península itálica, incluindo a cidade de Roma, e partes do sul da França. Durante o processo de unificação da península...

Pude perceber que subiam as escadas um grupo de freiras. Todas usavem a mesma roupa e pareciam que estvam chegando. Ela continuaram a subir as escadas e passaram por nós. As olhava passar, mas tive uma estranha sensação ao ver o rosto de uma. Ela tinha cabelos negros e tambem olhava estranho para mim. As freiras continuaram o seu caminho e eu ainda olhava para elas andando. Ali tinha alguma coisa, eu podia ter certeza. Quando havia olhado aquela moça de cabelos negros, senti como se ela fosse a resposta. Investigar agora estava em meus planos. Que pena que não trouxe nada, pensei.

- ...Papa pronunciou um breve discurso dizendo que \"se tratava de um pequeno território para uma grande missão\". Podemos prosseguir?

- Na verdade, eu já tenho que ir. - Tirei uma boa quantia de dinheiro da bolsa e o entreguei. Havia pago a ele mais do que ele imaginava.

- Mas ainda nem acabamos...

- Eu sinto muito, mas tenho que ir. Adeus e obrigada. - disse e começei a seguir o caminho que o grupo de freiras havia tomado.

- Espere, essa não é a saída... - dizia ele, com as notas de dinheiro ainda na mão.

Mas eu não me importaria com interrupções. Aquela freira escondia alguma coisa. E eu iria atrás dela, com armas ou sem!

***

Após o grupo de freiras passar por Lara, Luise não se sentiu bem Se afastou do grupo, dizendo que não estava bem e foi direto para seu quarto.

Enquanto andava, se lembrava do que a Deusa dissera. Saberás quando chegar a hora! Finalmente havia acontecido? Ou era apenas um pressentimento bobo?

Chegou ao seu quarto e deitou na cama. Perdida em pensamentos, tentou se acalmar. Olhando para a janela, sentiu uma brisa forte atingir seu corpo e apagar a vela de oração que estava em cima de uma mesinha.

Se ajoelhou perante o vento e disse:

- Ó Grande Mãe, chegastes a hora?