Novos Ventos

Capítulo 9


Acordei meio perdida no meio daquela cama enorme e de tantos travesseiros. Peguei meu celular na mesinha de cabeceira e já eram 8hs. Mal me lembro a hora em que realmente dormi ontem. Me estiquei e fiquei com muita preguiça de levantar da cama. Mas meu estomago roncou e me lembrei que ontem acabei passando o dia com um suco de laranja e o iogurte. Levantei sem saber se tomaria o café no salão do hotel, ou se pedia algo no quarto. Acabei resolvendo pedir algo no quarto e comer enquanto desfazia minhas malas. Fui até o telefone e disquei o numero da
cozinha.

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- Bom dia Senhorita Swan! Em que posso ajudar?

- Bom dia! Eu gostaria do meu café no quarto hoje. Você pode providenciar por favor?

- Claro senhorita, em alguns minutos estará ai. Algum pedido em especial?

- Não, nada em especial. Obrigada.

Fui para o banheiro me ajeitar e em cerca de dez minutos minha campainha tocou. E eu nem sabia que tinha uma campainha...


- bom dia senhorita! O seu café.

Dei passagem para o garçom e fiquei imaginando onde colocaria tanta comida.

- onde a senhorita gostaria que eu servisse, na sala ou em seus aposentos?

- Na sala está bom!

- A senhorita deseja que sua camareira venha desfazer suas malas e arrumar sua suíte agora pela manhã ou quando a senhorita não estiver no hotel?

UAU! Eu tinha alguém esperando para arrumar minhas coisas na hora em que eu quisesse!

- hum pode pedir que ela venha em uma hora sim. Obrigada!

- Certamente! Tenha um bom dia!


Acho que eu ia ficar mal acostumada com toda essa atenção e mordomia.


No meu café tinha ovos, bacon, iogurte, suco de laranja, café, pãezinhos e
torradinhas, cookies, panquecas, mel e frutas. Comi algumas uvas e morangos, tomei um pouco de suco, e mordisquei uma fatia de bacon.

Tomei um banho rápido e escolhi no guarda roupa surpresa um jeans, uma regata branca e um cardigã coral, calcei sapatilhas bege e prendi meu cabelo em um coque bagunçado. Quando terminava de colocar os brincos minha campainha tocou.

Era a minha camareira, uma senhora gorducha e amável que logo que me viu abriu um enorme sorriso e disse que eu era muito bonita e jovem. Fiquei meio encabulada mas acabei achando graça e imaginei que me daria bem com Amy. Ela me perguntou se eu tinha alguma maneira especial de arrumar meu armário, eu achei graça e disse que bastava que ela pendurasse as roupas.

Sentia uma simpatia e um sentimento de afeição muito grande irradiando de Amy. Por um momento achei isso engraçado e imaginei se era assim que o Jasper se sentia.

- então menina, o que você tem programado para seus dias aqui em Chicago? Uma mocinha tão linda e jovem como você não vai passar os dias fechada aqui nesse quarto de hotel vai?

- Ainda não sei Amy – incrivel como em menos de uma hora já me sentia tão a vontade com ela – ontem vi uma livraria incrivel no caminho do aeroporto até aqui, só não me recordo o nome...

- Era uma com jeito antigo, de três andares? Só pode ser a Carmim. Lá é realmente incrível, e tem um café maravilhoso no terceiro piso, ao ar livre e vista para o parque.

- Amy fica muito longe daqui?

- Vou pedir para o Sr Martin lhe conseguir um motorista, é melhor até que você se familiarize com a cidade. O Peter é ótimo em mostrar lugares.

Amy ligou para a recepção e pediu que o Sr Martin deixasse tudo pronto para mim em meia hora. Escolhi uma bolsa, peguei um par de óculos escuros e soltei os cabelos. Me despedi de Amy e ela me obrigou a passar um batom. Amy parecia que tinha criado Alice...

Todos da recepção do hotel me cumprimentaram sorridentes e solícitos, eu já começava a achar que era só estalar os dedos e algo que eu quisesse estaria nas minhas mãos em segundos. Mesmo que o que eu desejasse fosse um dos anéis de Saturno!


Meu carro já estava esperando, era um sedan preto de vidros escuros, graças aos céus não era uma limosine! Peter era quase da idade de Amy, tendo por volta dos quarenta anos eu acho. Era loiro e tinha um rosto alegre e brincalhão. O tipo de pessoa bem disposta, mas que não é chata.
Ele abriu a porta do carro para mim com um sorriso de bom dia e
assumiu o volante.

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- então senhorita, fiquei sabendo que você gostou da Carmim. Quer começar por lá?

- na verdade Peter, gostaria de uma volta explicativa pelas proximidades do hotel, tipo uma aula de como não me perder.

- Vejo que é uma jovem independente! Você realmente não parece uma daquelas patricinhas mimadas que o papai manda para cá para se livrar delas. Isso é bom!

- Com certeza não sou uma patricinha Peter!

Passamos o resto da manhã com Peter me ensinando como chegar em galerias, restaurantes, lojas, cafés, qual o melhor restaurante, o melhor sorvete, o cappuccino mais cremoso. Por fim pedi que me deixasse num bom restaurante, mas nada muito chic. Trocamos os números de telefone e combinei que ele me pegasse na Carmim em 3 horas. Se eu não
estivesse na porta da livraria no horário combinado estaria perdida
e ligaria para ele me resgatar.

Fiquei num bistrô simpático, com mesinhas ao ar livre, com flores decorando. Pedi uma salada com um filé de salmão. Estava muito saboroso, e o ambiente era muito agradável. Dispensei a sobremesa pois Amy havia me dito ue no café da Carmim tinha uma torta de limão deliciosa e resolvi rovar. Encontrei a livraria com facilidade, no caminho passei por ma loja que vendia doces e comprei um pote de tubinhos de goma zedinha e uns bombons para Amy e Peter.

Tinham livros de todos s gêneros na livraria. Tinha uma sessão inteira de livros em versões antigas. Encontrei um exemplar do Morro dos Ventos Uivantes do inicio do século XX. O terceiro piso era incrível e ficava além do café a sessão de revistas, jornais e um espaço com computadores que eu imaginava ser para acesso a internet. Isso me lembrou que não escrevi para Alice, Rose ou minha mãe desde que cheguei em Chicago.
Olhei as horas e percebi que já estava quase na hora de Peter me
buscar, escolhi algumas revistas, paguei e fui me encontrar com ele
na rua.

Já tinha quase uma semana que eu estava em Chicago, já sabia andar bem pelos arredores do hotel, graças as dicas de Peter e Amy. Amy a cada dia se tornava uma mãe para mim. Sabia o dia em que eu estava cansada e queria comer no quarto, sabia o dia em que eu devia sair e me estendia um vestido na cama. Era engraçado, nunca tinha um fio de cabelo fora do lugar no meu pequeno castelo.

Nesses dias já havia escrito para Alice e Rose, e ligado para minha mãe. Visitei alumas exposições de arte, fui a uns cafés mais afastados do hotel, e até cheguei a tomar uma cerveja com um desconhecido saindo de uma peça de teatro. Nesse dia fiquei feliz por deixar Peter avisado que
precisaria dele, pois fiquei um pouco tonta, e não sei como chegaria
em casa sem ele lá pra me buscar.


Hoje acordei decidida a tomar novos rumos na minha vida.

- Você quer algo especial para hoje querida?

- Amy, quero algumas cervejas na geladeira, você pode providenciar para mim?

- Claro! Alguma marca?

- Ah, não sei, algumas variadas, quero experimentar...

Amy ficou um pouco desconfiada do meu pedido, mas percebi que precisava começar a aprender a viver as experiencias da vida. Ontem tomei uma cerveja e fiquei tonta, eu precisava contornar isso.

Passei dois dias de ressaca, mas no terceiro dia tomei 5 cervejas e não fiquei tonta, e acordei sem parecer que tinha sido atropelada.

Pedi que Amy providenciasse um bar completo para minha sala, queria começar a testar minha reação a diversas bebidas. Experimentei rum, vodca, gim, tequila, wisk, conhaque, licor e vinho. Não gostei do wisk, gim também não foi meu preferido. Vinho geralmente me deixava com dor
de cabeça, e isso eu não queria. Licor era um pouco enjoativo. Meus
eleitos foram o rum, a vodca e a tequila. Pesquisei na internet
diferentes drinques e adorei o mojito. Tequila era bem divertido
também. Uma semana depois eu já era capaz de beber com uma boa
resistência a ficar bêbada.

Um dia de manhã estava voltando da piscina do hotel e passei por Ben, o que me deu uma ideia.

- Ben! Preciso de um favor!

- Sim senhorita Swan!

- Já te pedi para parar com esse senhorita! Me chame de Isabella. Mas enfim, estava querendo ir a algum lugar dançar, você sabe de algum lugar legal que eu possa ir hoje a noite?

- Bem, tem o Petit, fica perto daqui, e tem música boa e o ambiente é legal. Hoje tem um DJ de Amsterdã que vai tocar, e parece que vai ser legal.

- Legal, e você vai trabalhar essa noite?

- Não senho... Isabella.

- Então por favor, me acompanhe, não quero chegar lá sozinha, é chato. Por favor, por favor, por favor! - OMG eu virei a Alice dando pulinhos e pedindo assim?

-Tudo bem...

- Nos encontramos na porta então combinado

- Dei um abraço rápido nele e segui para a recepção.

- Martin! Preciso que me consiga entradas para o Petit hoje a noite, para mim e um acompanhante. Espero que não se importe, mas como não tenho família aqui na cidade além de vocês e pedi que Ben me
acompanhasse. Por favor, não brigue com ele!

- De forma alguma Isabella! Fico feliz que se sinta em família. Liberarei o Ben mais cedo para que não se atrase. Colocarei seu nome na lista da boate.

- Mande a conta para mim depois combinado!

Martin me tratava como a princesinha do hotel, sempre que eu queria algo era só pedir que ele me arranjava. Pedi exclusividade dos serviços de Amy e Peter, e Ben sempre me ajudava em algumas coisas que eu precisava como configurar um programa novo no notebook, regular a lente da minha câmera, ou instalar os jogos no meu quarto. Eramos quase como irmãos. Ele até já havia me dado dicas de quais marcas de cerveja eram melhores.

Eu estava feliz vivendo no hotel.