Tricks of Fate

"Eu te amo, sabia?"


– Vem, Vick. Vamos procurar uma roupa para você. – Ela agarrou meu pulso e me puxou pelo corredor.

Entramos novamente em seu quarto e ela se dirigiu à cômoda, abrindo uma gaveta.

– Bom, você é maior que eu, então eu só tenho isso aqui para você.

Ela deu de ombros, entregando-me uma camisa de mangas compridas e botões com fundo preto e caveiras coloridas estampadas e um short preto liso.

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– Tá ótimo, amor! - Sorri, pegando as roupas.

Coloquei-as sobre a cama e tirei a camiseta preta e os shorts, ficando apenas de roupa íntima. Maddy arregalou os olhos.

– Que foi? Somos meninas, ué. – Ri inocente.

– E-eu vou tomar banho. – Ela gaguejou e foi até o banheiro.

Retirei o sutiã também, colocando depois o pijama – que deixou grande parte das minhas pernas a mostra.

Quando Maddy terminou seu banho, eu estava juntando meus livros.

– Uau! Colocaram uma angel da Victoria's Secret no lugar da minha namorada e não me avisaram? – Ela brincou, analisando-me de cima a baixo.

Eu havia deixado meu cabelo solto e ele estava levemente bagunçado e volumoso, caindo sobre meus ombros e costas. A camisa encaixara no meu corpo, e os shorts estavam bem curtos.

Eu ri.

– Que exagero, Maddy. – Balancei a cabeça.

– Mas você tá muito gata, garota! Se você for assim sempre antes de dormir, vou te convidar para vir aqui mais vezes. – Ela riu.

– Menos, por favor. – Falei, parando para observá-la de verdade.

Maddy estava com uma camisa comprida – que batia quase na metade de suas coxas – e só.

– Hm... E olha quem fala, garota da camiseta exageradamente curta. – Sorri, cruzando os braços e cravando os olhos em suas pernas torneadas.

– Que foi? Tá calor, ué. – Ela disse no mesmo tom que eu havia dito antes.

Eu ri.

– Querida, o quarto está pronto. – Eva apareceu na porta.

– Ah, sim. Muito obrigado, sra. Eva. – Agradeci. – E boa noite, Madison. –S orri para ela como boa amiga enquanto sua mãe ia embora.

– Boa noite, nada! – Ela me puxou para si e me beijou mais uma vez, um pressionando nossos corpos.

Nossas pernas encostaram-se e eu estremeci.

– E você só sabe me beijar, é? – Brinquei.

– Não. Eu sei fazer muito mais que isso. – Ela respondeu e eu mordi o lábio.

– Bom saber. – Sorri. – Au revoir!

Acenei e saí andando meio distraída pelo corredor. Até esbarrar em alguém.

– Descul...Victoria?! – Era Will que me olhava de cima a baixo com uma expressão meio abobada. Ele parecia estar próximo de babar. Lembrei do que Madison me dissera e corri para longe do garoto de 11 anos, mas não antes de ouvi-lo murmurar algo como "eu não acredito".

Entrei no quarto de hóspedes e deixei minha bolsa sobre uma cadeira que havia ali. Deitei na cama, me cobri com um lençol e fiquei ouvindo a movimentação do lado de fora. As luzes estavam quase todas apagadas quando o telefone tocou. Houve mais movimentação e depois o silêncio reinou. Eu abri quase todos os botões da camisa por causa do calor e logo peguei no sono.

· · ·

Com certeza 01:20 da madrugada é o melhor horário para se ter sede. Tentei dormir, mas a sede era maior. Resignei-me e levantei no maior silêncio que consegui, começando andar pelo corredor.

Minha movimentação durante o sono havia desabotoado o resto da minha camisa, deixando apenas um botão fechado. Mas eu não senti necessidade de fechar o resto afinal, as pessoas já estavam dormindo.

Entrei na cozinha – que tinha apenas as luzes fracas de cima da bancada acesas, dando um tom meio sombrio para o local – e me deparei com um vulto.

– Madison?! – Exclamei. – O que você está fazendo aqui?

– O que você está fazendo aqui? – Ela retrucou.

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– Estava com sede, vim tomar água. – Dei de ombros.

– Eu também. – Rimos, mas logo ela parou.

– Por que sua camisa tá aberta? – Ela perguntou, direcionando o olhar até meu abdome.

– Tava muito calor. – Respondi e tentei pegar o copo em sua mão. Madison puxou-o para si e a água virou toda em sua blusa.

Começamos a rir novamente, mas ela se moveu e a luz fraca atingiu sua blusa molhada e colada no corpo. Vi-a se arrepiar, e então a minha sanidade se esvaiu.

Agarrei-a e a empurrei contra a parede próxima. Meu corpo se colava ao dela enquanto eu subia sua blusa até quase a cintura. Pressionei a pele nua ali e Maddy suspirou quando eu subi minhas mãos até suas costelas.

Então ela pegou meus ombros e me empurrou.

Abri a boca para falar algo, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, as posições se trocaram e ela me pressionou contra a mesma parede, escancarando minha camisa e me deixando descoberta dos quadris para cima. Então Madison beijou meus lábios, meu queixo e minha mandíbula. Meu pescoço, o colo e...

– Maddy! Seus pais estão no cômodo ao lado! – Sussurrei.

– Não estão. Eles saíram para jantar com uns amigos. Provavelmente só voltam amanhã. – Ela respondeu.

– Bom saber. – Sorri e cheguei perto da sua orelha. – Você sabe o que eu quero. – Sussurrei.

Ela agarrou meu pulso, me puxou até o quarto e trancou a porta. A empurrei direto para sua cama e me livrei da minha camisa antes de deitar também. Puxei as barras da sua camiseta para cima e a tirei por completo, vendo sua barriga lisa com algumas gotinhas de água. Sorri com malícia, mas ela conseguiu virar e ficar sobre mim.

Com destreza Madison arrancou meu short e minha calcinha azul no estilo boxer, me deixando completamente nua.

– Isso é injusto, garota! – Exclamei, arrancando sem a menor delicadeza o resto da sua roupa.

Ela trocou de lugar novamente e começou a beijar e deslizar a língua por cada parte do meu corpo.

···

Acordei com o sol da Flórida batendo na minha cara. Em outra situação eu reclamaria, mas não agora. Afinal, eu estava deitada ao lado da minha namorada, em sua cama.

Esfreguei os olhos e me virei de lado, dando de cara com uma Madison coberta apenas por um lençol, apoiando um cotovelo na cama e a cabeça na mão.

– Bom dia, meu amor. Dormiu bem? – Ela perguntou.

– E você ainda tem dúvidas? – Sorri e levantei-me, apoiando de propósito no lençol e deixando-o cair na cama.

Fixei meu olhar no corpo de Madison – que agora estava coberto apenas dos quadris para baixo – e comecei a desenhar leves padrões com a ponta dos dedos em sua pele nua.

– Eu te amo, sabia? – Ela olhou para mim.

– Eu também. – Sorri. – Meine Liebe.

– Je t’aime.

– Ich liebe dich.

– I Love you.

– Eu te amo.

– Te quiero.

– Yo también. Te quiero mucho.

Aumentei ainda mais meu sorriso e levantei-me até chegar em seus lábios. Começamos um novo beijo, atiçado pela fricção dos corpos nus.

E ouvimos a porta de entrada se abrir.

– Meus pais! – Ela exclamou, arregalando os olhos.

Olhamos o relógio e vimos que já eram quase nove horas.

– Se veste e vai receber eles. Eu fico aqui e você diz que eu estava... – Mordi o lábio. – Procurando uma escova de cabelo. – Respondi, tentando resolver a situação.

Maddy assentiu, colocando rapidamente a camiseta branca já seca e uma calcinha que havia tirado da gaveta.

Eu recolhi meu pijama e comecei a vesti-lo enquanto a garota a minha frente corria para a porta do quarto.

Peguei uma escova sobre a cômoda e comecei a pentear meu cabelo ali mesmo.

– Bom dia mãe, pai... – Ouvi a voz de Madison fora do quarto.

– Bom dia, Madison! Ainda de pijama? São quase nove horas! – Eva.

– É que eu acabei de acordar.

– E sua amiga, Victoria?

– Bom dia. – Sorri, saindo do quarto e ainda penteando o cabelo.

– Pelo visto vocês duas acordaram tarde hoje. – Eva riu.

– Pois é.

– Madison, aqui a escova que você me emprestou. Muito obrigada, agora deixa eu trocar de roupa. – Sorri, entregando a tal escova para Maddy.

– Com licença. – Sorri para Eva e segui em direção ao quarto de hóspedes.