Always

Um jantar nada especial


Não entre em pânico. Era a única coisa que Draco pensava naquele momento. Todos ao redor o olhavam, uns com certo ódio, outros com alegria. Vai entender esses comensais. Draco olhou para as pessoas, viu sua tia Bella sentada logo a sua frente. Seu pai, Lúcio, estava ao lado dela e ao lado dele sua mãe - horrorizada - sentava gentilmente.

- Que honra ter Draco conosco essa noite. - a voz era tão aguda e horripilante.

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Draco não respondeu, e não achou que deveria. Fitou o prato vazio de porcelana, vendo seu rosto assustado.

Pensamentos, lembrou-se sobre a sua mãe ter dito algo como deixar a mente limpa, Draco iria pensar em qualquer cosia menos em Hogwarts e em Luna. Mas ele não conseguia entender o porque, não sabia se queria entender também.

- Meu sobrinho, deve estar orgulhoso de sentar-se com você, Milorde. - dise Bella entusiasmada de um jeito assustador.

- Deve mesmo. - completou o pai com a voz grossa, mas distante.

Draco não estava, óbvio.

Ele olhou para Voldemort e viu a pior imagem que poderia ver. Um rosto pálido, sem vida. Seus olhos eram vermelhos e no lugar do nariz tinha fendas. Ele era tão horrivel quanto o nome.

O jantar foi servido, Draco não sabia o que estava comendo apenas tentou concentrar-se nas conversas alheias dos comensais e não olhar para Voldemort.

-... Temos que dar um jeito de entrar no ministério... temos que dar um jeito de leva-lo para lá. - comentava um.

- Sei lá, acho que milorde vai pensar em alguma coisa. - respondeu outro.

Draco olhou os pais de Crabbe e Goyle, deu um leve cumprimento com a cabeça e continuou a comer.

O jantar não durou muito tempo, Voldemort ficou observando Draco a noite toda, ele tentava desviar olhando para um lado ou para outro, mas ele parecia interessando no que Draco fazia.

- Muito bem, Draco... - começou a voz falando num sussurro mas todos pararam de conversar instantaneamente. - Voc~e estuda em Hogwarts... Como anda a escola...?

- ah... b-bem. - gaguejou - Nada de muito interessante, eu acho.

Voldemort sorriu, desdenhoso.

- Ele é perfeito, não é? - comentou Bella, baixinho.

- Até demais... - ele olhou para Narcisa e ela desviou o rosto.

Houve um silêncio, Draco sentiu todos os olhos cravados na sua face. Queria estar em Hogwarts.

- Mas ainda não é a hora, Bella. - disse ele friamente e lavantou-se e Draco pode ver que aos seus pés estava uma cobra gigante, rastejando como se fosse um animal de estimação. - Ele ainda precisa voltar sem saber de nada...

- Saber do quê? - perguntou Draco quase rispido.

Ele olhou com seus olhos vermelhos e sentou-se na poltrona que havia na sala.

- Na hora certa, saberá. Alguém precisa pegar jantar para Nagini...

Então todos começaram a levantar-se mas Draco não sabia onde iam. Sua mãe estava parada olhando fixamente para mesa. Ele não sabia se gritava, chorava ou ria da situação em geral. O que ele, um garoto poderia fazer d eutil para Voldemort?

Ele saiu apressado da mesa, e seguiu em direção a cozinha, onde havia elfos trabalhando. Todos olharam assustados esperando serem xingados, maltratados, ou espancados. Mas Draco olhou para eles e sentiu pena, pena deles serem assim... obrigados a servir pessoas que não davam a vida necessaria para se viver.

- Pode pegar um copo de suco de abóbora para mim, senhor? - disse Draco gentilmente depois de anos tratando eles como criaturas insignificantes. Se arrependeu disso, lembrou-se de Dobby nunca o tratou bem e agora estava ali, sentindo falta de um elfo. Vê se pode.

O elfo, olhou sem entender e foi correndo pegar o pedido.

- Muito obrigado! - agradeceu Draco sentando-se na mesa para beber o copo e se acalmar.

O elfo visivelmente querendo fazer contato com o seu senhor ficou parada enrolando os dedos na roupa suja, Draco desejou dar roupas novas para eles.

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- O meu senhor... está bem? - perguntou o elfo timido, com medo.

- Estou bem, obrigada por perguntar. - Draco sorriu e o elfo retribuiu.

- Como ousa dirigir a palavra a um bruxo? - entrou Narcisa com raiva na cozinha se dirigindo ao elfo que saiu correndo.

- Não faça nada com ele. - disse Draco, segurando sua mãe. - eles são melhores do que muitas pessoas...

Sua mãe não respondeu, sentou-se junto com Draco na mesa e observou ele terminar a bebida.

- o que está acontecendo? Por que qurem invadir o ministério? Qual o sentindo disso tudo...?

- Eu não sei, meu filho. Juro. Acho que prefiro não saber também, até a hora certa.

Draco não queria saber também, preferia ficar de fora dessa.

- O que eu tenho haver com isso tudo, eu não entendo... Não sou nada.

Sua mãe não respondeu, suspirou fundo e calou-se.

- Eles não vão passar o natal aqui, ou vão?

- Infelizmente esse ano teremos visitas inadequadas.

Os dois então foram para os quartos onde teriam uma noite de sono, talvez normal.