– Não ouse nunca mais tocar nesse assuntou, ouviu bem? - dizia Narcisa Malfoy, com raiva.

– Tudo bem. - concordou Draco infeliz.

Narcisa deixou o filho sozinho arrumando suas coisas para começar o quinto ano na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Ele não gostava de estar lá, era mais uma obrigação. A única coisa que o animava era ver a Luna, mas agora nem isso ele poderia fazer. Sua mãe havia deixado claro, que eles nunca poderiam ter um romance, e ele teria de se contentar com isso. "Sorte que seu pai não sabe disso." Ouvia a voz da mãe repetindo em sua cabeça, a mesma coisa. Como se ele já não soubesse o que aconteceria. "Uma familia de sangue puro como a nossa, jamais poderia ter essa maluca habitando no mesmo lugar." Parecia que seu pai estava ali, falando as palavras para ele.

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Jogou a sua gravata verde da Sonserina no malão, e fechou-o com força na esperança de descontar sua raiva em algo.

– Familia idiota. - murmurou ele jogando-se em sua cama enorme, que ficava no seu quarto enorme.

O expresso de horgwarts sairia em 1 hora, ele ainda tinha que se arrumar mas não fazia a minima questão.

Depois de se acalmar e esquecer um pouco a conversa com a sua mãe Draco saiu do quarto e com sua varinha, fez feitiço de levitação para carregar seu malão até o carro (mesmo não podendo usar magia fora da escola).

- Está pronto? - perguntou Narcisa.

- Sim - respondeu Malfoy.

E antes de seguir viagem, Narcisa deu ao filho um olhar severo que ele entendia muito bem.


A plataforma nove e meia estava quase lotada de bruxos e bruxas que levavam seus filhos para o expresso de Hogwarts, dando-lhes conselhos e advertencias, arrumando os ultimos ajustes para terem um ano perfeito.

- Sempre assim, todos os anos. - murmurava Draco com raiva. - Familias felizes, grande coisa.

- O que? - perguntou Crabbe que havia aparecido ali do nada.

- De onde você veio? - Perguntou Draco se recuperando do susto.

Ele apenas riu alto como um grande babaca sempre faz.

- Para de rir seu idiota, e vamos entrar logo no vagão da sonserina. - disse Draco.

Os dois seguiram juntos para o vagão, mas antes mesmo que ele pudesse notar, já estava enfeitiçado pelo cherio de doce no ar, sim ele conhecia aquele aroma: Era da Luna, a doce Luna que ele conhecia e amava. A garota pela qual ele tinha se apaixonado no ano anterior. No torneio tribuxo, os dois se aproximaram, mesmo ele sabendo a fama que ela tinha de ser louca e sem graça, pra ele ela era a garota mais perfeita do mundo. Ela estava parada lendo O Pasquim a revista que seu pai era o editor chefe. Usava uma roupa estranha e um colar com tampas de cervejas amanteigadas, um visual diferente. Draco não pode deixar se sorrir quando a viu.

- Olá, Draco. - ela o olhou como se fosse algo exótico parado na sua frente. - Como passou o verão? - ela sorriu.

Crabbe olhou para ela com cara de nojo, isso fez o sangue de Draco subir, mas ele sabia o que tinha que ser feito.

- Foi péssimo, mesmo se tivesse sido um dos melhores, você não é a pessoa para quem eu contaria, certo? - tentou debochar, mas seu coração partiu assim que viu a expressão de Luna.

- Tudo bem. - ela piscou duas vezes (fazia isso quando estava magoada) e entrou para uma das cabines vazias.

Ela era tão linda, e ele tinha sido um estúpido com ela, sem sequer ter um motivo.

- O que a Di-Lua queria com você? - perguntou Crabbe comendo um sapo de chocolate que acabara de roubar de um garoto do primeiro ano.

- Nada. - respondeu. - Nada.