Na manhã seguinte, minha mãe estava no seu quarto novamente, mas agora com arranhões, e hematomas arroxeados.

Minha mãe também sentia como se seu ventre fosse explodir.

Ela sentia algo se mexendo dentro dela, e ela não fazia idéia do que fosse.

Em muitos dias, ela não se alimentava.

Sua barriga estava maior do que devia.

-Você está grávida, Constance? –Perguntou Mirela, uma amiga que ela tinha feito lá.

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-Não. Eu não estou. –Minha mãe negou, mas estava com duvidas sobre isso.

Constance tinha apenas 17 anos quando ficou grávida de mim.

Ela ainda não sabia o que estava acontecendo, até o dia em que ela acordou em um quarto diferente do seu.

Ouviu dois homens conversando ao fundo.

-Isso é impossível. Como isso pode acontecer? –Dizia um muito irritado.

-Eu não sei. Na verdade nunca tinha visto algo assim. –O outro disse baixo e rápido.

-Carlisle, tenho que matá-la. Não posso deixar que viva mais um minuto nesse castelo.

-Aro, você não está pensando direito. Ela espera um filho seu. É uma criança com sangue humano e sentidos de vampiro. –Carlisle disse encantado.

Aro ficou em silencio por algum tempo.

-O que vamos fazer? –Ele disse por fim.

-Ainda não sei...

-AAAAAHHHHHHGGGGGGG! –Minha mãe gritou. Ela estava tendo contrações.

Ela acordou no outro dia com fortes dores nas costas.

Sua barriga não estava mais ali.

Constance se levantou e olhou em volta.

Não tinha ninguém ali.

Ela se sentia leve como uma pena.

-Constance? –Ela ouviu um homem falando atrás dela.

Ela se virou levemente.

O médico loiro estava parado ali.

-Sou Carlisle. Eu fiz seu parto. –Ele se aproximou dela.

-O que você é? –Ela perguntou tentando se afastar.

-Você nos ouviu conversando aquele dia não foi? –Ele perguntou calmo.

-Sim. –Ela respondeu ainda assustada.

-Como você pode ouvir, somos vampiros. –Ele disse ainda calmo.

-E o meu bebê? Ele é como vocês? –Ela perguntou preocupada.

-Na verdade, ela é uma híbrida. Ou seja, a mistura das duas espécies. Ela tem sede, como nós, e também come como uma humana. –Ele tentou explicar.

Ela ficou imaginando como seria isso...

Um monstro?

Ou uma criança normal?

-É uma menina? –Ela perguntou lembrando que ele tinha dito “ela”. Ele assentiu. –Onde ela está?

Ele hesitou.

-Onde? Me fale. Eu quero minha filha. –Ela gritou alto o suficiente para qualquer um ouvir.

-Está com Aro. –O médico respondeu secamente.

-Por que falou assim? –Ela o questionou estranhando a amargura.

-Ele a quer para ele. Na guarda Volturi. Ela tem um dom muito poderoso.

-Dom? Como assim? –Ela perguntou sem entender.

-Dom, é como um super-poder. Ela tem o dom de localizar alguém em qualquer lugar do planeta. Ainda está em desenvolvimento, então ele quer mantê-la aqui até ver se o dom será melhor que isso. –Ele explicou.

-Eu quero a minha filha agora. –Ela gritou novamente.

-Se acalme, Jane trará ela daqui a alguns minutos. Agora, por favor se deite, e volte a descansar.

Minha mãe o obedeceu.

Depois de algum tempo, a garota loira, de 13 anos, estava lá, comigo nos braços.

-Obrigada. –Minha mãe a agradeceu. Como sempre educada.

Jane não a respondeu, apenas saiu do quarto.

-Filha. Minha menininha. –Ela disse chorando.

-Com licença. –Carlisle disse já saindo do quarto.

-Obrigada, Carlisle. –Ela disse, e se virou pra mim. –Filha. Como você vai se chamar? –Ela perguntou para si mesma.

Depois de alguns segundos pensando, ela me olhou sorrindo.

-Vicenza Rossetti. –Ela sorriu se lembrando da sua mãe.

-Volturi. –Alguém disse vindo na direção da porta. –Vicenza Volturi. Gostei do nome. –Aro Volturi disse aparecendo na porta.

-Rossetti. Ela é minha filha. Eu escolho o nome. –Minha mãe contestou.

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-Ela também é minha, então também posso escolher. Podemos deixar como Vicenza Rossetti Volturi.

Minha mãe não sabia o que falar, então ficou em silencio.

Eles ficaram ali, em silencio me olhando.

Ficaram assim por algum tempo.

Minha mãe estava planejando uma maneira de fugir do castelo comigo.

Passaram-se algumas semanas, e eu estava sendo tratada como uma criança de pais separados. Vivia de um lado pro o outro.

Na verdade eu me lembro de uns dias que eu ficava com Aro. Alias, com Jane e Alec.

Eles eram como irmãos para mim.

Pelo menos nessa época.

Quando eu tinha dois meses, minha mãe conseguiu fugir comigo.

Nós fomos para fora de Volterra.

Achamos outro abrigo anti-bombas.

Nós permanecemos lá por pouco tempo.

As pessoas notavam o quanto eu crescia rápido.

Fomos para outro abrigo.

E assim ficamos até 1945, quando terminou a guerra.

Em novembro de 1945, conseguimos uma casa.

Eu já aparentava ter 14 anos, mas minha mente não estava tão evoluída pra conseguir me manter sozinha.

Que foi o que tive que fazer a partir do dia 04 de janeiro de 1946.

Minha mãe faleceu com tuberculose.

Daí em diante, minha vida.

Voltando para Volterra.