A Descoberta Da Semideusa

Uma ilha surge.


Depois de ficar tanto tempo desacordada na enfermaria, era de se esperar de que eu estivesse sem sono algum, porém assim que entrei no chalé e fui para o chalé feminino, só tive tempo de tirar os coturnos e me deitar na cama, logo adormecendo rapidamente.

Enquanto dormia, vi novamente as imagens da ilha que eu vira mais cedo, e novamente a mesma coruja estava ao meu lado. A coruja era branca e bem maior do que o normal. Ela olhou para mim e então voltou a olhar para frente quando segui seu olhar vi que ela olhava para a praia do acampamento meio-sangue, quando ela voltou a olhar para mim, foi como se falasse. "Prepare-se, o pior ainda está por vir." Então como antes, a coruja mutante gigante voou para longe, e como antes, eu acordei.

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Era uma manhã clara de terça-feira e eu de algum modo sabia que já estava MUITO atrasada para a aula de Arco e Flecha. Me levantei rapidamente e tomei um banho rápido e troquei minhas roupas, vestindo uma calça jeans preta, a blusa laranja do acampamento e calcei novamente meus coturnos. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, peguei minhas armas e meu arco e minha aljava e saí do chalé e fui correndo em direção ao Anfiteatro, aonde iria ocorrer a aula. Mal pensara no que ocorrera na noite anterior, estava concentrada demais em não me atrasar ainda mais para a aula.

Ao chegar no anfiteatro, vi que Quíron já estava ali junto com os outros campistas novatos, a instrução ainda não havia começao e todos estavam ao redor de Quíron e pareciam bem agitados. Me aproximei deles procuranrando saber o que estava acontecendo.

– Ei o que houve? Alguém morreu? - perguntei a Alex, um dos filhos de Hefesto que estava por ali.

– Não, ninguém morreu. A instrução de hoje vai ser prática. Quíron vai nos levar a uma clareira nos bosques e evocar alguns cães infernais - falou ele.

– Ah maravilha. - murmurei, então perguntei a ele novamente. - E isso é seguro?

–Bem, vamos descobrir. - falou ele com uma careta.

Quíron explicava que nos levaria para o bosque para a atividade de Arco e Flecha que seria individual, ele falou que iria invocar Cães Infernais para podermos treinar com eles. E assm que tivéssemos conseguido acabar com pelo menos um deles estaria despensado.

Ao terminar de explicar Quíron nos conduziu em direção aos bosques, e enquanto isso eu seguia ao lado de Jow e Júlia, filha de Apolo, ou como ela gostava de ser chamada Juub's. Quíron nos conduziu até uma das clareiras do bosque e ao chegarmos, notei alguns dos campistas mais velhos por ali. Todos os filhos de Ares, com excessão do Renato é claro, uns quatro irmãos meus, dois filhos de Hades e alguns outros que eu não tive tempo de ver quem era pois Quíron começou a falar.

– Muito bem semideuses. - falou Quíron. - Preparem seus arcos, pois irei invocar os cães. E não se preocupem, se algo der errado temos aqui alguns dos campistas mais velhos para ajudá-los.

– Ah, que maravilha - disse a Taina baixinho ao meu lado. E não me pergunte como ela apareceu do meu lado, pois eu também não fazia a menor ideia.

Quíron fez um gesto estranho com as mãos, e enquanto isso tirei meu arco das costas e peguei o flecha já a colocando na corda do arco pronta para atirar. De repente seis coisas surgiram das sombras. Eram cães maiores do que o normal, o menor dele talvez tivesse dois metros, o maior talvez tivesse uns seis ou sete. O estranho foi que ele ignoraram completamente o campistas mais velhos que estavam ao redor da clareira, eles avançaram diretamente para nós, os novatos. Vários campistas começaram a atirar contra o menor deles, alguns atiravam nos outros, mas nenhum se atrevia a atirar no maior deles. E como ninguém o estava atacando atirei minha primeira flecha contra o maior cão infernal, um mastim negro que assim que sentiu minha flecha atingir seu focinho e fazê-lo sangrar, me olhou com um olhar de puro ódio e avançou contra mim. Pulei para o lado bem na hora em que ele iria abocanhar o local em que eu estivera antes, mas quando não me viu mais ali ficou um tanto confuso. Eu estava no flaco direto do animal e aproveitei que ele ainda estava perdido e comecei a atirar flechas em seu dorso e sua barriga, estranhei que agora estava tudo muito calmo e arrisquei olhar ao redor, e vi então que eu era a única que ainda enfrentava um cão infernal. Os outros campistas haviam dado um passo para trás a fim de me dar espaço, com certeza.

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– Ah qual é, isso é sacanagem- reclamei enquanto botava outra flecha na corda e atirava contra o monstro.

O cão infernal tentava a toda hora me acertar, ou com suas patas enormes ou ele tentava me abocanhar mesmo, mas eu estava em movimento o tempo todo e a cada flecha que atirava contra ele saía do lugar em que me encontrava. Estava quase perdendo as esperanças quando notei que o cão já fora acertado demais, então comecei a atirar flechas nele com grande entusiasmo, e quando por fim, atirei a última flecha da minha aljava o montro tombou e virou pó dourado.

– Muito bem, muito bem - falou Quíron, então me lançou um olhar estranho e quando percebeu que eu o vira logo o desviou - Vocês foram muito bem, estão dispensados.

O centauro saiu galopando dali e eu me pus a recolher minhas flechas, já tinha recolhido quase todas, quando escutei alguém falar.

– Uou, parabéns Malu. Mandou bem. - olhei e vi que quem falara fora a Taina.

– Valeu baixinha. - falei piscando para ele, então ao ver o pó dourado de cão infernal, não pude resistir e falei. - Ei olha gente, porpurina!

– Ai ai... Deixa disso Malu, vem vamos para a praia com a gente, todos foram para lá. - falou Gabriel.

– Está bem, to indo - falei botando o arco nas costas junto om a aljava e junto com eles fui para a praia.

*

De fato a praia estava bem cheia, parecia que todos os campistas estavam ali, o que de fato era verdade. Quando cheguei a praia com a Taina, Jow e Gabriel, o infeliz filhos de Afrodite aproveitou a minha distração a puxou o elástico que prendia meu cabelo os fazendo cairem soltos pelas minhas costas, para a minha sorte eles ainda estava lisos ( graças ao milagre da chapinha), então só passei a mão por eles para poder arrumá-los.

– Gabriel! - gritei, e meu irmão, um filho de Poseidon e um filho de Hades que tinham o mesmo nome me olharam e eu apenas balancei negativamente a cabeça informando que não era nada. - É sério, eu ainda mato esse garoto.

– Calma Malu, você sabe como ele é - falou a Taina e eu fiz uma careta.

Logo Taina e Jow estava ou com seus irmãos ou com seus amigos pela praia, e enquanto isso eu andava pela praia observando a paisagem, até que vi uma figura solitária sentada na areia e reconheci o irmão do Renato. Víctor. Fui até ele e como o garoto estava de costas para mim não me viu me aproximar, ao chegar perto dele chutei de leve suas costas e dei um peteleco em sua orelha.

– AI! - reclamou ele, mas então me viu sentar-se ao seu lado e balançou negativamete a cabeça. - Muito amigável você hein, já chega chutando as pessoas.

–É eu sei que sou amigável, sou um doce de pessoa - falei fazendo uma cara de inocente.

– Haham, sei que é um doce de pessoa - falou ele e notei um certo tom de sarcasmo em sua voz.

– Você andou conversando conversando com o Renato é? - perguntei estreitando os olhos.

– Sim, sabe quando estávamos lá na enfermaria tivemos bastante tempo para conversar, e ele me contou algumas coisas que você aprontou com ele - falou ele.

– Você também estava lá na enfermaria quando eu estava... você sabe. - perguntei fazendo uma careta.

– Sim - falou ele então pareceu pensar por um momento e logo perguntou. - É verdade que você empurrou o Renato dentro do lago do Central Park?

– Sim, - respondi tentando não rir ao me lembrar desse dia. - Mais veja bem, eu só fiz isso porque ele me perturbou muito mesmo nos dia.

– Putz, nem quero ver o que você vai fazer se eu ficar te perturbando demais - disse ele com um pequeno sorriso.

–Ah é simples, eu te jogo no lago na primeira oportunidade que eu tiver - falei com um sorriso.

– Haham, tá bom. - falou ele e então puxou de leve meu cabelo.

– EI! - reclamei, mas não pude falar muito mais pous escutei alguém gritar.

– GENTE! Olhem aquilo! - gritou a filha de Hades, Nicole apontando para o mar.

Olhei para onde a garota estava apontando e arfei. Era uma ilha, que definitivamente não estava lá antes. E para piorar era a Ilha em que eu via em meus sonhos.

Uma ilha havia surgido no Estreito de Long Island, e pela expressão dos campistas, isso não era nada bom.