Free Fallin'

Chapter 5: It hurts


Chapter 5: It hurts

Catherine Malfoy havia se dado bem com todos os parentes e amigos de Rose.

Mackenzie Longbottom lançou um olhar questionador para a ruiva quando reparou que a Malfoy usava pertencia a James Sirius. Rose respondeu à pergunta de Kenzie com um olhar que dizia: “Sim! Também não consigo acreditar!”

As duas sabiam que não era do feito de Potter ficar dando suas coisas para garotas que ele mal conhecia.

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— Como foi na sala da Minerva? — Alvo perguntou ao irmão, fazendo com que as garotas finalizassem a conversa silenciosa.

James se sentou no lugar vago ao lado de Catherine e sorriu para a loira que retribuiu o sorriso. Rose, Mackenzie, Alvo, Emily e todos os outros se entreolharam confusos, até que Rose e Kenzie não conseguiram aguentar mais segurar as risadas.

— James! — Al chamou o irmão mais velho que, finalmente, desviou o olhar de Catherine.

— O que foi? — perguntou meio abobalhado fazendo com que Rose e Mackenzie rissem ainda mais.

— Alguém está apaixonado — sussurrou Emily Wood para as amigas.

Catherine encarou as garotas claramente confusa, sem entender o motivo da graça.

— Como foi na sala da Minerva? — Alvo repetiu a pergunta.

— Ela só disse que se aquilo acontecer de novo eu estou fora do próximo jogo — contou o garoto. Ele não parecia muito preocupado com o que a diretora havia dito, não era a primeira vez que ela o ameaçava. No fundo a mulher não queria tirar o melhor jogador da Grifinória do time.

Emily perguntou curiosa:

— E qual foi o motivo da briga?

James parecia ter ficado irritado, como se a simples menção da briga o tivesse feito querer brigar com o Zabini de novo.

— Ele chamou a Lily de gostosa.

Lily Luna Potter, que conversava com as amigas do quarto ano, pareceu interessada no assunto.

— Ele o que?!

Hugo olhou sério para o primo.

— Fez bem em brigar com ele, primo.

Fred II bateu nas costas de James.

— Da próxima vez eu te ajudo a quebrar a cara daquele branquelo.

Alvo revirou os olhos.

— Eu sou o único daqui que não é um idiota?

Mackenzie abraçou o namorado pelo pescoço.

— É porque só você tem uma namorada que não te deixa ser idiota — a morena o beijou na bochecha.

— E porque ele puxou o tio Harry e não o meu pai — acrescentou Rose.

Eles continuaram comendo e conversando. Catherine nunca havia visto tanta comida em sua vida, e quando foi a vez da sobremesa ela não sabia o que escolher.

James Sirius riu ao ver a expressão de dúvida no rosto da loira que analisava todas as sobremesas da mesa.

— Pode comer o quanto quiser — sussurrou no ouvido da garota fazendo com que a mesma tomasse um susto. — É impossível comer mais que o Hugo.

Os dois encaram o ruivo que estava no seu quarto prato de sobremesa.

— Prove a torta de limão — James sugeriu estendendo o próprio garfo com um pedaço de torta para a loira.

Catherine corou. O garoto já havia usado aquele garfo, aquilo não seria um beijo indireto? Cath tirou aqueles pensamentos da cabeça e aceitou a torta.

Aquela era, sem dúvidas, a melhor torta de limão que a Malfoy já havia provado. Ela sorriu para James que correspondeu.

— Estou interrompendo algo? — perguntou um Scorpius Malfoy mal humorado.

Catherine virou-se e encontrou seu irmão gêmeo encarando James Sirius Potter com um olhar raivoso.

— Scorpius! — ela exclamou alegre. Todos pareciam tensos na mesa da Grifinória, até Hugo havia parado de comer para observar a cena.

— Vamos conversar — o loiro apontou com a cabeça em direção a porta.

Rose sentiu um calafrio percorrer o seu corpo. Scorpius Malfoy sempre foi uma pessoa fria, todavia ele parecia mil vezes mais “frio” naquele dia. A ruiva achou até que ele fosse matar James no mesmo instante. E algo a dizia que o garoto era bem capaz de fazer isso.

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Catherine não pareceu sentir medo do irmão, na verdade ela até sorria ao acompanhá-lo para fora do Salão Principal.

— Esse cara é assustador — comentou Fred. Ninguém disse nada, porém todos concordavam.

Depois de uns minutos em silêncio Rose se levantou da mesa, não tinha mais fome.

— Vou descansar um pouco antes de da aula particular com o Malfoy começar — se explicou mesmo que ninguém tivesse perguntado nada.

Assim que saiu caminhou nervosa pelo corredor. Ela realmente não queria ter que passar uma hora ao lado de Scorpius Malfoy.

— Você não deveria estar aqui — ouviu a voz do Malfoy vindo de uma sala vazia.

— Eu não poderia ficar na França depois da vovó ter morrido — Catherine respondeu, sua voz não estava tão alegre como quando viu o irmão.

Rose sabia que não deveria escutar a conversa dos outros, todavia ela estava muito curiosa. Tinha alguma coisa nos gêmeos Malfoy que a deixava intrigada, eles pareciam esconder algo.

— Aqui não é seguro — a voz do garoto estava mais calma, mas ao mesmo tempo ele parecia irritado.

— Por que? — Catherine indagou — Por causa de você? Scorp, eu posso me defender.

— Não, você não pode — protestou — Na última vez você foi parar no hospital.

Rose se sentiu incrivelmente perdida.

— Isso faz anos! — a ruiva não conseguia imaginar a Malfoy delicada gritando daquele jeito. — Você está melhor agora. Eu estou melhor.

— Mas e se você se machucar?

— Eu não vou — Catherine disse determinada. — Senti sua falta.

— Eu também senti sua falta — Scorpius parecia estar sendo sincero. Era estranho ver o garoto demonstrar afeto por alguém. Contudo aquela era a irmã dele. Rose sorriu, quem diria que Scorpius Malfoy era capaz de amar.

A garota já ia se distanciando da sala quando ouviu o loiro dizer:

— Eu não gosto do Potter. Você é boa demais para ele.

Catherine riu e Rose se controlou para não rir.

James e Scorpius não eram tão diferentes assim quando se tratava de suas irmãs.

***

O Scorpius Malfoy que a ruiva encontrou na biblioteca era totalmente diferente do Scorpius que conversava com a irmã. Não que Rose esperasse que o garoto fosse ficar amável do nada, entretanto era difícil imaginar que ele era a mesma pessoa de mais cedo.

E para variar o Malfoy não prestava atenção na aula.

— Sua irmã é tão legal, diferente de você.

Scorpius voltou a prestar atenção na ruiva ao seu lado.

— Você está aqui para me ensinar e não para falar da minha irmã.

Rose revirou os olhos.

— E você está aqui para aprender e não olhar a bunda da Martin — murmurou se referindo a garota loira que pegava alguns livros em uma estante próxima.

Scorpius sorriu de um jeito que deixou Rose nervosa.

— Ciúmes?

— Sim — respondeu Rose com sinceridade fazendo até com que o garoto se surpreendesse. — Ciúmes de todas aquelas pessoas que estão em seus dormitórios e não estão tendo que te aguentar.

O Malfoy sorriu se divertindo com a situação.

— A Martin é gostosa.

Rose revirou os olhos. Olhou para o relógio e viu que ainda tinha mais trinta minutos ao lado do Malfoy.

— Mas eu nunca vou namorá-la — continuou e ela o encarou confusa com o rumo da conversa. — Ou me casar com ela. Eu nunca vou amá-la.

Scorpius encarava Rose intensamente, e a garota sentiu todos os pelos do seu corpo se arrepiarem. Deveria ser crime encarar alguém daquele jeito.

— Eu também nunca vou poder amar você. Não importa o quanto incrível você seja, Rose Weasley.

A ruiva não sabia o que pensar, ela com certeza não esperava por aquilo. Não que ela se imaginasse namorando, ou se casando com Scorpius Malfoy. Todavia o que o garoto havia dito não era algo que se dizia todo dia, e ele havia dito como se dissesse aquilo a todas as garotas que conhecia.

“Eu sou Scorpius Malfoy e nunca vou te amar.”

— Eu também nunca vou poder te amar — falou Rose sem saber muito bem o porquê.

O Malfoy sorriu sincero.

— Ótimo.

E depois disso a aula continuou como se aquela conversa nunca tivesse existido.