Nossos Momentos

Negócios


Tortura. Essa era a melhor frase para definir o meu dia.

Ainda assim, valera a pena.

Como eu estava insegura quanto a me arrumar para o jantar da empresa de Edward tive a brilhante ideia de pedir algumas dicas a Alice e Rosalie por telefone.

O resultado foi as duas largando seus compromissos e me sequestrando durante o resto do dia para que eu estivesse impecável. Palavra delas.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

De acordo com elas, era sempre bom renovar, então fomos às compras. As duas me obrigaram a comprar um vestido novo, um par de sapatos novos, uma bolsa nova e maquiagem nova.

Ao ver o salto que escolheram para mim quase tive um ataque e tivemos que comprar outro par. Dessa vez um que eu fosse aguentar usar sem passar vergonha.

Depois de andarmos loja por loja atrás de tudo isso fomos ao SPA. Pelo que percebi, o sobrenome Cullen pesava ali.

Fui paparicada como se fosse uma boneca. Recebi uma massagem relaxante e banho de sais. Passei pela tortura de ser completamente depilada. Fizeram minhas unhas dos pés e das mãos. Depois meus cabelos foram lavados, hidratados, cortados e lindamente escovados. O resultado fora mais brilho, mais maciez e melhor caimento.

As duas foram me levar de volta para casa e proibiram Edward de entrar no quarto de hóspedes, que usaram para terminar de me arrumar.

Alice se ocupou com minha maquiagem enquanto Rose fazia meu cabelo.

Infinitas horas daquilo depois, eu estava pronta.

Elas me levaram a um espelho e eu mal pude me reconhecer.

A primeira coisa que vi fora o vestido. A cor marrom contrastava com minha pele clara criando um belo efeito. Ele cobria meu corpo realçando minhas curvas e seu cumprimento fazia com que minhas pernas parecessem mais longas, tendo a ajuda dos sapatos.

Meu cabelo estava com algumas mechas da metade superior puxadas para trás. Ao prendê-las, Rose fez com que se unissem como se o próprio cabelo formasse uma espécie de flor. As outras mechas estavam soltas, juntamente com a metade de baixo e caíam um pouco onduladas e iam cacheando mais para as pontas.

Dessa forma, meu rosto era bem visível. Claro e limpo de imperfeições. Meus olhos estavam bem marcados, mas o resto da maquiagem era simples e natural, combinando comigo. O batom quase não existia, com o brilho do gloss trazendo apenas um aspecto mais saudável.

Agora, aqui estava eu, chegando a brilhante conclusão de que toda aquela tortura havia valido a pena.

Pisquei algumas vezes e me voltei para elas.

– Muito obrigada! – falei antes de correr e abraçá-las.

– Oh Bella! Você sabe que sempre pode contar com a gente. – respondeu Rose ainda em nosso abraço triplo.

– Principalmente quando for uma emergência de beleza! – reafirmou Alice, nos fazendo rir.

Ainda estávamos abraçadas quando ouvimos batidas na porta.

– Devolvam minha esposa! – ouvimos Edward gritar.

Nós rimos, mas logo desfizemos nosso abraço e saímos do quarto.

Alice, como sempre, foi na frente, em sua velocidade acelerada. Rose foi logo atrás dela e eu ainda me enrolei, um tanto insegura com os sapatos.

Quando cheguei à sala, Edward falava alguma coisa com elas, mas parou quando me viu. Ele ficou me olhando admirado e surpreso por um instante e não pude evitar me perguntar se ele não tinha gostado de alguma coisa.

Ele se aproximou de mim e olhou em meus olhos. O que quer que ele tenha visto ali, o fez voltar a respirar e me oferecer meu sorriso favorito, que involuntariamente correspondi.

– Você está deslumbrante. – ele disse passando sua mão por minha bochecha.

Eu estava deslumbrante? Então eu não tinha palavras para descrevê-lo.

Ele estava de terno e gravata. O terno preto, a blusa cinza e a gravata verde-edward. Seu rosto tinha uns fios de barba que estavam por fazer. Incrivelmente charmoso. Eu não tinha uma palavra para descrevê-lo. Só podia dizer que ele estava no estado Edward da perfeição.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Vamos? – ele perguntou me estendendo o braço.

– Vamos. – respondi automaticamente correspondendo ao seu gesto.

Quando nos voltamos para a porta me dei conta de que Alice e Rose ainda estavam ali.

As duas sorriam de forma diferente. Alice estava com seu sorriso enigmático, segurando minha bolsa para mim, perto da porta. Rose sorria admirada e me ofereceu uma piscadinha de apoio.

Nós descemos os quatro juntos, mas elas foram para a portaria enquanto nós dois fomos para o carro.

Novamente, Edward abriu a porta para mim. Novamente eu liguei o som do carro e a música clássica preencheu nossa bolha.

Foi quando o piano começou a tocar a mesma melodia que Edward tocara para mim na sala do piano.

– É você? – perguntei. Meu corpo completamente relaxado contra o banco do carro.

– O que? – ele perguntou virando-se para mim por alguns segundos, sem saber do que eu falava.

– Ao piano. É você? – vi um sorriso de contentamento em seu rosto.

– Sou. – ele manteve aquela expressão – Você gosta?

– Muito. – respondi permitindo que aquela paz nos envolvesse.

Não conversamos mais e logo chegamos ao restaurante.

Um rapaz esperava na porta pronto para abrir a porta para mim enquanto o outro levara o carro para estacioná-lo.

Edward passou seu braço por minha cintura e respirou fundo. Ele estava tenso.

Queria ter alguma coisa para dizer a ele, para acalmá-lo e ao mesmo tempo apoiá-lo, mas antes que eu pudesse ter alguma ideia ouvi seu nome sendo chamado.

– Edward! – ao virar-me para trás vi um homem que aparentava ser mais velho que Edward, acompanhado por uma mulher que parecia ser ainda mais velha do que ele.

O homem tinha cabelos cor de areia, olhos bem escuros e postura séria, um tanto tensa e eu poderia dizer ameaçadora, mas demonstrava muito respeito em seu olhar e cuidado com sua acompanhante. A mulher tinha os cabelos pretos e a mesma cor dos olhos dele. Seu rosto era fino e suas linhas angulosas. Ela parecia séria e segura de si.

– Liam, Siobhan! – Edward o cumprimentou com um aperto de mão e logo em seguida beijou a mão da mulher que com ele estava. – Bella, este é Liam e esta é sua esposa Siobhan. Liam trabalha comigo.

– É um prazer conhecê-los. – falei cumprimentando-os com um simples aperto de mãos.

– O prazer é nosso, querida. – Siobhan respondeu e sua voz firme confirmou minha primeira impressão dela.

– É muito bom que vocês tenham vindo. Seria uma batalha perdida sem você, Edward. – Liam falou enquanto subíamos juntos os primeiros degraus da entrada do restaurante.

– Vamos torcer para que não seja mesmo uma batalha perdida. – respondeu Edward.

Com isso, entramos.

Edward deu o nome da reserva Volturi e logo fomos levados a uma grande mesa onde três senhores já se encontravam sentados, mas levantaram-se assim que nos viram.

Edward e Liam cumprimentaram um por um, enquanto nos apresentavam.

Aro, Marcus e Caius. Esses eram os nomes das três criaturas mais macabras que eu já havia conhecido.

Os três tinham a pele muito pálida e as mãos geladas. Os três tinham cabelos longos e lisos, parecendo mantos que caiam sobre seus ombros e iam descendo pelas costas. Os três tinham olhos castanho-avermelhados. Eram arrepiantes.

Aro tinha o rosto um tanto ossudo limpo de pelos de barba, mas suas sobrancelhas e seus cabelos eram tão escuros que sua pele ganhava um ar fantasmagórico.

Marcus tinha o rosto mais másculo e seus fios não eram tão escuros, mas a visão de suas veias por baixo dos olhos era tenebrosa.

Caius saia um pouco do padrão. Seu rosto era muito fino e um tanto feminino. Seus cabelos eram muito loiros, quase platinados. Parecia um fantasma.

Depois de estarmos todos acomodados, Liam tentou iniciar ma conversa, mas Marcus e Caius pareciam estar em outro lugar e o único a responder alguma coisa era Aro.

Talvez por ter um grande ego, talvez porque julgasse necessário, Aro resolveu contar de sua vida para mim e para Siobhan.

Contou que os três eram irmãos, nascidos na Grécia e criados na Itália. Contou de sua família e deixou-nos entender por conta própria que vinham de berço rico e poderoso. Falou bastante de seus negócios na Europa e um pouco do Grupo Volturi. Usara tons debochados e risadas maléficas. Sem saber o que fazer, eu apenas acompanhava as reações dele, assim como Siobhan parecia fazer. A diferença é que eu estava perdida e ela parecia estar ciente de tudo.

O tempo todo ele mantivera Edward e Liam do lado de fora da conversa, enquanto nos fazia ouvi-lo. Foi quando achei que a conversa havia acabado que ouvi Siobhan se manifestando verbalmente pela primeira vez desde que ela havia tomado a palavra.

– Se me permitem perguntar, suas esposas não irão nos acompanhar? – ela perguntou olhando cada um dos três diretamente nos olhos.

Eu já teria tido arrepios.

De alguma forma, ela os fez desconfortáveis. Pela primeira vez, Marcus e Caius se mexeram em suas cadeiras e voltaram sua atenção para ela. Aro pareceu pensar um pouco antes de responder.

– Entenda como eu vejo as coisas. – ele começou – Eu acredito que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Não gosto da ideia de ter minha fonte de grandeza sendo exibida para qualquer um. – ao final da frase, soltou uma risada como se tivesse feito uma ótima piada.

– Então o senhor prefere analisar as esposas de quem o senhor terá a sua volta. – ela concluiu.

– É uma forma de ver. – ele finalizou com um sorriso que me assustou, mas Siobhan parecia bem.

– Os senhores têm filhos? – ela perguntou.

Novamente, ela os fez desconfortáveis. Dessa vez, o próprio Aro parecia travado.

– Eu tenho um casal de adolescentes. – ele disse.

– Estão em casa com a mãe? – ela perguntou.

– Com as babás. Não são filhos da minha esposa. – ele respondeu de forma mais séria.

– Entendo. É uma pena que fiquem tão longe. – ela respondeu e se voltou para os outros dois senhores, ignorando Aro por um instante. – E os senhores?

– Não gosto de crianças. – Caius respondeu. Gélido.

– Eu e minha mulher não pudemos ter filhos. – Marcus respondeu.

– Eu sinto muito. – só me dei conta de que era eu falando quando ouvi minha própria vos.

Os seis pares de olhos se voltaram para mim. Todos provavelmente se perguntando de onde viera minha interação na conversa.

– Obrigado. – Marcus me respondeu.

A partir daí decidi me manter calada. Siobhan se recostou em sua cadeira e os homens entraram em uma conversa de negócios.

Pouco tempo depois, fomos interrompidos pela chegada de mais um casal.

– Espero que não estejamos muito atrasados. – o homem começou falando.

Ele tinha uma aura tranquila e relaxada. Seus cabelos eram loiros bem cortados e seus olhos de um azul muito claro.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ele cumprimentou a todos, apresentando sua esposa, Charlotte, e se apresentou como Peter. Sua esposa parecia uma boneca, os cabelos escuros eram muito curtos, deixando seu rosto ainda mais delicado e chamando atenção para o azul profundo dos seus olhos.

Eles se sentaram conosco e estranhei Aro não ter iniciado uma conversa com Charlotte, mas prestando atenção na conversa percebi que eles já se conheciam. A empresa de Peter compraria o grupo onde Edward trabalhava. Se não fosse a oferta dos Volturi.

Com dicas de Peter, fizemos nossos pedidos e por eles esperamos enquanto os homens ainda falavam de negócios e as mulheres apenas observavam enquanto eram ignoradas. Siobhan parecia atenta a cada detalhe.

Foi quando os garçons trouxeram nossos pedidos que ela fez um comentário que julguei mal educado.

– Valeu a pena esperarmos por vocês, a comida está deliciosa. – ela falou dirigindo-se a Peter.

– Desculpe novamente, foi totalmente minha culpa. – Charlotte falou um tanto sem graça.

– Oh, nada a desculpar. – decretou Siobhan – Sophie deu trabalho?

– Não mais que o normal para a idade. – Charlotte respondeu com um sorrisinho e as duas riram juntas como cúmplices.

Nesse momento, Peter passou um de seus braços pelos ombros de Charotte, deixou um beijo em sua testa e com isso passou a ser cúmplice daquela felicidade.

– E como está Maggie? – Peter perguntou.

– A cada dia mais encantadora. Sempre nos surpreendendo. – dessa vez Liam respondera.

– Sophie é filha de Peter e Charlotte. – ouvi Edward sussurrar em meu ouvido – Não tem muito mais que um ano, os dois ainda estão babando.

Inconscientemente me apoiei em Edward e fui abraçada por ele também.

– Liam e Siobhan adotaram Maggie quando ela tinha cinco. Há uns dois anos, se não me engano. – ele continuou e deixou um beijo no topo da minha cabeça.

Quando voltei minha atenção para a mesa, percebi que Caius ainda estava entediado, mas Marcus parecia admirado com a interação dos casais, mas eu não conseguia entender a expressão de Aro.

Vi Siobhan levantando-se da mesa, quase ao mesmo tempo que Carlotte. As duas me olharam por dois segundos e entendi que deveria segui-las.

Fomos até o banheiro e, enquanto Charlotte usava um dos reservados, eu e Siobhan usávamos os espelhos.

– Oh! Eu esqueci meu batom... – ela falou tristonha, revirando sua bolsa.

– Eu trouxe o meu, se você quiser... – ofereci sem pensar se seria anti higiênico.

– Claro! Está aí com você? – ela perguntou olhando para mim por inteiro.

– Não, deixei minha bolsa na mesa, mas já trago. – com isso saí do banheiro.

Antes de chegar ao ambiente das mesas, no entanto, topei com Aro.

– Oh, me desculpe. – pedi muito sem graça e com todos os meus instintos dizendo para sair correndo.

– Foi totalmente minha culpa. – ele disse segurando meu pulso e levando minha mão aos seus lábios pela segunda vez naquela noite.

– Se não for muito atrevimento da minha parte, você poderia me dizer o seu perfume? É delicioso. – ele falou contra minha mão com seus olhos voltados para os meus.

– Morangos. – respondi torcendo para que isso fosse o suficiente para ele me deixar ir.

– Hmm... – ele fez inspirando – Combina com você. Olhos de chocolate e pele de morango...

Com isso puxei minha mão da sua com força.

– Eu preciso voltar para Edward. – falei esperando que ele me desse passagem.

– Por que não vem comigo antes? – ele chamou se aproximando e me dando arrepios.

– Eu sou uma mulher casada. Edward é meu marido. – falei firmemente.

– Ele não precisa saber. – ele disse me olhando como se pudesse me devorar.

– Não deixaria de ser errado. Meu marido é um homem de caráter. Eu o respeito e respeito o compromisso que assumi com ele. O senhor deveria tentar. – dizendo isso passei por ele não me importando com as regras de etiqueta.

De volta à mesa tentei parecer o mais normal possível. Assim que avistei a bolsa lembrei de Siobhan no banheiro, mas antes que eu me levantasse novamente ela voltou com os lábios retocados, então imaginei que Charlotte já a havia ajudado.

Ninguém pediu sobremesa e, pouco tempo depois, estávamos novamente no carro.

– Você está calada. – Edward falou assim que chegamos em casa.

– Como você acha que foi? – perguntei indo para o sofá e tirando os sapatos.

– Não sei bem. É difícil ler Caius, mas Marcus não parece tão certo de que está fazendo o que quer e Aro parece estar revendo seus riscos. – ele respondeu.

– Quais seriam os riscos? – perguntei.

– Eles não são limpos. Essa compra seria a entrada de seus negócios no continente americano, mas podem acabar deixando alguma ponta solta. – ele suspirou – Essa provavelmente é a preocupação de Aro. Ele percebeu que está lidando com pessoas corretas. Ele teria que corromper todo um grupo ou refazê-lo por completo.

– E qual é a preocupação de Marcus? – perguntei não realmente interessada.

– Provavelmente a mulher dele. – ele respondeu.

– Como assim? – perguntei virando-me para ele.

– As três senhoras Volturi são prisioneiras em seus próprios lares. Eles têm medo de que alguém possa usá-las para atingi-los. Elas vivem em um casarão em uma propriedade da família na Itália, cercadas por seguranças. Desde sempre. Ele ficaria muito tempo longe dela. – ele falou deixando claro em seu tom de vos que desaprovava.

– E os filhos de Aro? – perguntei.

– Os gêmeos moram em outra propriedade, mas que tem o mesmo estilo. Eles são fruto de um caso extraconjugal. Ninguém sabe quem é a mãe. Aro provavelmente não os teria aceitado se não quisesse garantir que teria herdeiros. – falou sentando-se ao meu lado.

– Se ele se preocupa com ela ao ponto de mantê-la trancada, como pode traí-la? – perguntei.

– Não acho que, para ele, preocupação seja sinônimo de fidelidade. – Edward falou.

– Isso eu pude perceber. – respondi.

– Como assim? – foi aí que percebi que eu falara demais.

– Eu estava voltando para a mesa, depois que saí do banheiro e encontrei com Aro no corredor. – comecei sem saber ao certo como falar aquilo – Acho que ele deu em cima de mim.

Edward fechou as mãos com força.

– E então? – ele perguntou com a vos rude.

– E então o que? – perguntei assustada com sua reação.

– Você correspondeu? – ele perguntou.

– Como pode me perguntar isso? – virei-me para ele de forma rápida, não querendo acreditar que ele realmente dissera aquilo – Eu sou casada com você!

– Casamento nem sempre é sinônimo de fidelidade. – ouvir aquelas palavras vindo dele foi pior do que uma agressão física.

Fiquei parada, olhando para ele sem conseguir piscar. Quando finalmente consegui, o movimento foi acompanhado pela descida de uma lágrima.

– Bella... – ele começou, mas pareceu não saber como continuar, sua boca ainda aberta e seus olhos me encaravam em choque, cheios de culpa – Sinto muito, eu não devia ter falado isso.

– Eu vou soltar meu cabelo. – foi a melhor desculpa que consegui arranjar para sair dali.

Trancada no closet, a primeira coisa que fiz foi controlar minhas lágrimas. Só depois disso me ocupei em retirar grampo por grampo da minha cabeça, pentear meus fios e prendê-los em um coque. Deixei o vestido jogado e vesti meus pijamas de sempre. Depois disso que estava preparada para dormir.

Quando saí do closet para ir ao banheiro, Edward já estava deitado de pijamas na cama, já perfeitamente arrumada para nós, e parecia dormir.

Depois da minha higiene feita deitei ao seu lado e senti seu braço me envolver, mas era claro que ainda não estávamos bem.

A única coisa que me consolara e permitira que eu adormecesse rápido foi que aquele dia de agonias finalmente chegara ao fim.