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Capítulo 54 – Howard Stark



Quando Mayday, James, Erika, Luke, Franklin, nossos pais e mais alguns membros dos X-Men e Quarteto Fantástico terminamos de ouvir o plano, eu não pude deixar de comentar.

– Vocês sabem que isso é suicídio, não? – questiono Thomas e seus novos amigos: Kayla Howlett, Elise Strange e Deadpool. – Não acho que seja fisicamente possível juntarmos todos os nossos poderes em um só corpo.


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Estamos escondidos em um buraco moldado por um confronto de forças entre o Hulk e um Gigante de Gelo, discutindo uma possibilidade de acabar com a farra de Thanos de uma vez por todas.


– Tem alguma ideia melhor? – Thomas rebate meu argumento, silenciando-me. – Cada vez mais pessoas estão sendo feridas, não vamos aguentar por muito tempo... Nosso tempo está acabando.


– Ok, vocês têm razão nesse ponto. – Jean Grey toma a palavra para si. – E acho que consigo ser a hospedeira.


– O quê?! – o pai de Kayla, Wolverine, e Ciclope exclamam, surpresos.


– Você não sabe o que está falando Jean... O garoto está certo, é suicídio. – Logan tenta fazê-la ver o quão absurda é sua ideia.


A mutante observa a todos nós com seus olhos amenos. Pela sua expressão, posso ver com clareza que ela está disposta a se sacrificar para nos salvar.


– Eu já machuquei muita gente... É assim que eu vou pagar pelos meus pecados. – declara, finalmente, enquanto abaixa a cabeça. – Se posso hospedar a Fênix em mim, então sou forte o bastante para conseguir unir todas as forças para mandar Thanos de volta para as raízes de Yggdrasil.


Não se escuta nem mesmo as respirações nesse instante. Todos estão calados, observando com piedade a arrependida Jean Grey. Ciclope se aproxima da ruiva e a abraça fortemente, tentando confortá-la ao mesmo tempo em que Wolverine se afasta de nós, voltando à superfície para tentar descontar a raiva que sente agora.


Olho para meus amigos, pensando na minha própria reação se eu tivesse que assistir a algum deles se voluntariando para morrer por um bem maior.


Não, isso não está certo... Não podemos simplesmente sacrificar um de nós, um alguém querido e com uma longa vida pela frente como Jean Grey, para apenas nos sentirmos vitoriosos.


Essa vitória de nada valeria se todos nunca mais dormissem bem, pensando no sangue derramado de uma inocente.


– Tem que haver uma outra maneira... – resmungo baixinho, também desviando minha atenção para outra coisa quando um clarão invade a nossa sala, cegando-nos completamente por, pelo menos, dez longos segundos.


Conforme minha visão vai voltando, posso notar novos vultos entre nós. São treze no total. Observo boquiaberto as diversas espécies que nos encaram com determinação, todas vestidas da mesma maneira, uma espécie de uniforme militar azul e vermelho.


Olho em volta e percebo que todos os meus amigos já estão preparados para atacar. Incerto, eu ordeno a minha armadura que saque todas as armas preparando para abater os recém-chegados casos tentem alguma gracinha. Porém, mesmo sendo ameaçados por dezenas de armas e poderes, os estranhos apenas nos observam com um olhar neutro e sem muita emoção.


– Era só o que faltava, viemos aqui para ajudar e somos ameaçados. – um guaxinim ranzinza resmunga quando olha para mim.


– Cale-se, Rocky. – um cachorro, Labrador para ser mais específico, o silencia com um forte sotaque russo. – Deixe Groot falar.


Em resposta, o membro do estranho grupo que parece uma árvore falante do “Senhor dos Anéis” ergue os braços, galhos, ou sei lá.


– Terráqueos, nós viemos aqui ajudá-los. – ele começa a falar com sua voz grossa e pesada. – Somos os Guardiões da Galáxia e viajamos pelo infinito para manter a ordem que rege tudo o que conhecemos.


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– Soubemos da guerra do Ragnarok há pouco tempo. – uma moça careca, mas com belos traços em seu delicado rosto, continua a explicação do colega de equipe. – Viemos o mais rápido que pudemos quando nos disseram que Thanos estava envolvido.


Guardiões da Galáxia...? Mas que droga é isso? Uma organização de alienígenas que viajam pelo espaço para combater o caos?


Cara, que saudades da época em que árvores, guaxinins e cachorros não falavam.


– Esperem um pouco. – meu pai tenta colocar alguma ordem quando ambos os lados começam a ficar desconfiados uns dos outros. – Não é hora de negarmos uma ajuda. – ele observa os alienígenas da cabeça aos pés. – Por mais estranha que seja. – agora é a vez de Tony Stark se dirigir ao outro grupo. – Algum de vocês tem a mínima ideia de como parar Thanos?


Como resposta, os Guardiões abrem caminho para um membro que está localizado mais ao fundo. Diferente dos extremos, este é verde e quase tão grande quanto a árvore falante. Quando os colegas abrem caminho, ele ergue os olhos vermelhos e vem para frente com passos longos e lentos. Com o tamanho dos seus músculos e sua cor de natureza, eu diria que ele é apenas um tio perdido de Thomas.


– Eu sou Drax. – o alienígena se apresenta, sua voz é baixa e fúnebre. – O Destruidor.


Percebo que Thor faz uma reverência a Drax logo após este se apresentar. Assim como eu, Steve Rogers também não deixou o ato do deus do trovão passar em branco.


– Você o conhece? – o pai de James questiona Thor, que assente de leve com a cabeça.


– Drax estava no júri quando Loki foi punido. Ele é um dos guerreiros mais respeitados dessa e de outras galáxias.


– Desculpe-me, mas não posso deixar de perguntar isso. – Johnny Storm levanta a mão e se aproxima de Drax. – Se você é um guerreiro tão importante assim, porque está se oferecendo para ajudar a raça humana? Não são vocês alienígenas que sempre dizem que somos inferiores?


O guerreiro olha para Johnny Storm cautelosamente, analisando seu rosto jovem e desconfiado.


– Estou disposto a ajudá-los, Johnny Storm, porque também já fui humano. – posso facilmente identificar a dor e o ódio nos olhos de Drax. – Mas Thanos tirou de mim minha família e a minha vida. Graças a Kronos eu voltei para ter a minha vingança. – ele se aproxima do Tocha Humana. – Além do mais, garoto, não somente os humanos necessitam de ajuda, mas também os asgardianos.


Johhny Storm se limita a encarar o guardião com as bochechas corando cada vez mais.


– Entendi.


– Mais alguma pergunta tosca? – o impaciente guaxinim Rocky nos pergunta, mas não obtém resposta alguma. – Ótimo, pois agora é a hora de chutarmos a bunda de alguns infelizes.


Para um bichinho um tanto quanto fofo, ele é bem invocado.


– Então está decidido. – o Capitão América sobrepõe sua voz. – Respirem fundo e se preparem, pois temos uma guerra para vencer.


[x]


A volta à luta é algo interessante. Metade de cada um dos exércitos está dizimada. Olho com rancor centenas de asgardianos mortos no chão, com seus corpos encobertos pelo próprio sangue de batalha.


“Eles morreram por um bem maior, Howard, e nós os vingaremos.”


Minha consciência tem razão. Muitos perderam a vida, mas também tiramos e continuaremos a fazê-lo até satisfazermos nossa vingança.


Fecho meus olhos e posso sentir dentro de mim um espírito de luta e força de vontade que jamais senti antes.


O espírito de um Vingador.


– Preparar armas de combate. – uma vez voando, eu ordeno à minha armadura. – Calibrar mira para chitauris.


Rapidamente minha armadura saca todos os tipos de armas que eu ainda não tinha usado nesse meio tempo de briga. Recomeço a atirar sem parar no inimigo, encobrindo alguns super-heróis mais distraídos e impedindo que fossem atacados pelas costas.


– Howard? – escuto a voz do meu pai me chamar pelo comunicador (que eu não sabia que existia) da minha armadura. – Pode me ouvir?


– Alto e claro, pai. – respondo-lhe, esperando também ser ouvido.


– Escolte Drax até Thanos, não deixe que ele seja ferido, precisamos dele mais do que nunca. Acha que pode fazer isso?


Engulo seco, tentando conter o nervosismo crescente. Escoltar Drax, o Destruidor e não deixar que nada aconteça com ele, caso contrario, perdemos de vez essa guerra.


– Claro, vai ser moleza. – digo a Tony, incerto.


Obviamente meu tom nervoso e inseguro não passou em branco pelo meu pai.


– Você consegue Howl, tenho fé em você.


“Péssima ideia, pai.”


– Obrigado, pai. – e vou ao encontro de Drax, que me espera pacientemente perto de um dos montes de chitauris esquartejados enquanto limpa seus punhais do sangue do inimigo.


Meu deus, desse jeito quem vai precisar de escolta sou eu.


– Bela armadura, garoto. – ele me elogia. – Obrigado por vir me ajudar.


“Como se você precisasse de alguma.”


– É um prazer ajudá-lo. – respondo apenas, voltando minha atenção para um Thanos enraivecido brigando com alguns mutantes.


– Precisamos ir rápido. – Drax me alerta. – Vá limpando o caminho, sim?


Aceno de leve com a cabeça e alço voo, sacando um laser e desintegrando todos os chitauris num raio de cem metros. Posso ver Drax sorrir de leve e avançar sem parar, e, juntos, vamos abrindo caminho pela selva de luta e sangue, até o Guardião da Galáxia estar próximo o bastante do Titã louco. Assim que o vê, seus olhos vermelhos brilham de ódio e um grito de fúria rasga sua garganta.


– THANOS! - o titã imediatamente olha para Drax, que muda de tamanho, ficando par a par com o louco conquistador.


– Ora, ora, se não é Arthur Douglas, quero dizer, era. – Thanos sorri maliciosamente para Drax, que fica ainda mais furioso.


– Vai pegar pelo que fez comigo, seu desgraçado! – o destruidor estende ambas as armas, ameaçando um Thanos já pronto para a luta com suas mãos envoltas por bolas de energia. – Hoje você vai cair.


E os dois se atacam, levando enfim a guerra do Ragnarok para sua parte final.