Manhã chuvosa, eu apenas olhava pelo vidro, a rua bastante movimentada da cidade de Nova Jersey. Meus pensamentos iriam além da lua, até um garoto baixinho roubar minha atenção. Diferente dos outros, ele andava calmamente até o Starbucks, onde eu estava.

Quando ele colocou o pé no local, escorregou e caiu. Automaticamente, levantei-me, indo em direção a figura pequena, e o levei até uma mesa.

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– Dói muito?

– Daqui a pouco passa.

Examinei o pé do garoto, agradecendo mentalmente por sua minha mãe ser médica, e por isso, ter alguns conhecimentos.

– Mas, obrigado, de qualquer forma. Acho que sozinho, seria mais difícil eu chegar até uma mesa. – Ele riu, direcionando sua atenção a mim. – Frank Iero. E você é...

– Gerard Way, prazer. – Dei um sorriso. – Mas então, Frank, o que te faz andar calmamente pelas ruas de Nova Jersey nessa chuva? Não devia estar na escola? – Rimos juntoas.

– Passei pra tomar um café, não sei se vou lá hoje. E você? Por que não está na escola?

– Ótimo exemplo, Frank. Bem... Eu acabei de chegar na cidade, minha mãe foi procurar um colégio hoje, e... Não sei quando começo.
Antes que Frank falasse, Mikey, adentrou a cafeteria correndo em direção a mim.

– Gee! Vovó me trouxe aqui, vamos, vamos, precisamos ver nossas coisas! Começaremos a estudar amanhã! – Ele estava com tanta animação, que saiu me puxando sem perceber o Frank ali.

– Até mais, Frank! Foi bom te conhecer! Desculpa!

O menor riu, e assentiu.

Que diabos deu em Mikey, pra fazer esse escândalo? Não pude nem me despedir direito do Frank. E se eu não o visse mais? Ele parecia ser um bom amigo... E se minha meta agora era tentar ser social, eu queria começar por Frank. Ou minha esperança de ter amigos não iria existir.

Atravessei a rua com Mikey, e vi minha avó. Abracei-a fortemente, podendo me sentir seguro de qualquer coisa.

Chegamos em casa, e fui direto para meu quarto, a viagem foi longa e amanhã, seria definitivamente, uma nova vida.