Percy estava entediado.

Já tinha mais de uma hora que o rapaz estava a andar com Annabeth e Peter em busca do terno perfeito, segundo a nomeação dada pela loira. No entanto, ainda não tinham encontrado nada do agrado da Chase.

- Annabeth, podemos, por favor, escolher alguma coisa e ir embora? - o moreno perguntou, quando saiu do provador da quinta loja que entravam.

A loira o analisou de cima á baixo, e torceu o nariz em desaprovação.

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- Esse azul te deixa estranho. – a Chase disse se referindo ao terno azul celeste que escolhera para o moreno provar. – E, não. Não podemos escolher qualquer coisa, pois a sua mãe quer que você esteja maravilhoso. – a loira respondeu, e em seguida murmurou:

“Como se isso fosse difícil.”

Percy que estava na sua frente sorriu com o comentário, que não era para ser ouvido, e para provocá-la, questionou:

- Falou alguma coisa?

Annabeth se assustara com a virada brusca que Percy dera, e devido aproximação repentina segurou o ar com os olhos levemente arregalados. Mas o que realmente a impressionara, fora o olhar intenso que Percy intercalava de seus olhos para sua boca.

- Não... Eu não falei nada. – a garota respondeu entre lufadas de ar. Percy se aproximou um pouco mais, em um claro sinal de desafio, e Annabeth apoiou as mãos no peitoral do rapaz, este que sorriu ao ver o nervosismo da mesma.

Percy sorriu irônico e deu mais um passo para frente, deixando-a encurralada entre a parede e seu corpo.

- Eu juro que ouvi você murmurando alguma coisa. – Percy disse próximo demais do ouvido direito de Annabeth, e seu hálito bateu em uma parte sensível do pescoço da loira, fazendo-a se arrepiar.

Annabeth desceu o olhar dos olhos de Percy, percorreu a boca do moreno, demoradamente, finalizando seu trajeto no forte peitoral do rapaz onde suas mãos estavam apoiadas, e suavam ao mínimo contado com a malha fina da camisa social, que separava a pele de Percy de seus toques gentis.

- Então... Você está escutando demais. – a loira disse voltando a olhá-lo nos olhos, o rapaz a olhou irônico, e antes que ele abrisse a boca Annabeth criou força de vontade para empurrá-lo de volta para o provador.

Percy riu, mas deixou ser empurrado.

- Experimenta o preto de gravata verde! – a loira disse fechando com força a cortina vermelha, que agora os separava.

A loira caminhou até o carrinho de Peter, ouvindo a risada de Percy ecoar do reservado, mas não se prendeu a esse detalhe, já que o rapaz parecia estar sofrendo de bipolaridade, uma bem inconstante. A Chase brincou com o pequeno ser que a olhava com uma espécie de admiração.

No entanto, seus pensamentos estavam longe de seu filho, na verdade nem tão longes assim, já que certo moreno de olhos verdes estava a alguns metros de distância.

Desde a conversa que tivera com Thalia, a loira estava morrendo de vontade de correr até Percy e pedir desculpas pela forma tola e infantil que a mesma o tratara durante o último mês, mas a morena, irmã do rapaz, garantiu-lhe que o plano seria bem sucedido.

- Como ele vai saber o que eu quero? – a loira perguntou, e Thalia riu, sendo acompanhada por Nico.

- Percy é lerdo e tudo mais, mas ele com certeza saberá que você também o quer. – a morena respondeu, divertindo-se com o afilhado.

- E quanto a Calypso? – a loira perguntou, tentando achar alguma falha no plano de Thalia, além de estar preocupada com o que aquela louca faria, se esse plano viesse a se realizar.

- Isso, já é outros quinhentos. – Thalia disse de forma diabólica, e com um sorriso maldoso estampando-lhe o rosto.

Annabeth sorriu ao se lembrar do que Thalia tinha preparado para Calypso, além de ser uma peça importante na desmoralização da garota.

- Por que você está sorrindo? – Annabeth sobressaltou-se quando essas palavras foram sussurradas em seu ouvido.

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O moreno já tinha saído do provador, trajando o belo terno preto, e a gravata verdes que Annabeth escolhera para ele.

- Que susto, Perseu! – a loira disse colocando a mãos sobre o peito, esse que subia e descia em ritmo acelerado, detalhe este que não passou despercebido pelos olhos verdes de Percy.

A loira, que ainda estava nervosa, teria continuado com a bronca, se Percy não tivesse se levantado com um sorriso convencido de orelha a orelha.

- Então? Estou maravilhoso?

Divino.

Annabeth atreveu-se a pensar, e não era para menos já que o rapaz estava maravilhosamente perfeito, igual a um Deus Grego.

- É acho que sua mãe vai gostar. – a loira podia estar maravilhada por dentro, mas não queria dar o gostinho de dizer ao Percy que ele estava lindo, por isso respondeu com descaso. Percy riu.

- Achar não é o suficiente, nós precisamos de uma segunda opinião. – o moreno disse e saiu andando da área dos provadores.

Annabeth não entendera no inicio, mas ao vê-lo desfilar até uma atendente da loja que enrolava o cabelo amendoado no dedo e tinha um sorriso safado no rosto, ela percebeu o que o moreno faria. E se ele queria vê-la sentindo ciúmes, ele a teria sentindo ciúmes.

Percy conhecia muito bem uma mulher com ciúmes, ainda mais Annabeth que demonstrara muito desse sentimento, enquanto os dois desfrutavam de uma relação colorida, mas o que ele não esperava era aquela reação.

Annabeth se aproximou aparentemente calma, e Percy torcia internamente para que aquilo fosse só a aparência, mas a garota não demonstrou estar fingindo tanta paciência, o rapaz vendo que aquilo não era o suficiente começou a flertar, descaradamente, com a atendente.

- Eu estou precisando de uma segunda opinião... – o rapaz disse e a vendedora sorriu assentindo com a cabeça – O que você achou desse terno? – a essa altura, Annabeth já estava ao lado de Percy e Peter estava no carrinho que a loira conduzia.

- Bom, eu acho que o senhor está muito bonito. – a atendente disse tentando manter o tom profissional, mas Percy e Annabeth notaram o desejo crescente nos olhos da garota.

- Sério? Será que eu conseguirei arrumar alguma mulher com isso me enforcando? – Percy nunca gostara muito de usar gravatas e agora fazia brincadeira tentando arrancá-la.

A mulher riu e Annabeth revirou os olhos, quando a mesma sussurrou em tom audível.

- Eu acho que já conseguiu. – Annabeth torceu para que somente ela tenha ouvido, mas Percy ouviu e deu um sorriso malicioso na direção da mulher.

-Então, eu não vou precisar procurar mais, você não acha? – Percy perguntou se aproximando da garota que riu nervosa.

- Se você quiser... Não precisará. – a garota disse, tentando seduzi-lo.

Annabeth bufou, e murmurou baixo um pequeno: “atirada”, e agradeceu por Percy não tê-la escutado.

Percy pediu o telefone da mulher e a mesma saiu para pegar um papel e caneta, quando voltou ainda não tinha o número anotado, então a loira entrou em ação:

- Senhor, por que você não pega o número dela depois que se trocar? Nós precisamos ir. – a loira disse com desdém, que só foi notado por Percy, e a morena o incentivou a fazer o que a loira mandou.

O moreno desconfiado mandou um olhar de dúvida para Annabeth que sorriu inocente, e apesar de não acreditar em toda a inocência que a loira exalava, o moreno foi até a área dos provadores.

Quando o mesmo já tinha sumido de vista Annabeth voltou-se para a atendente que sorria animada, enquanto escrevia seu número em um bloco de anotações.

- Querida, eu não perderia seu tempo com isso. – a loira disse e sorriu como se entendesse a animação da garota.

- O quê? – a garota perguntou confusa.

- Eu trabalho para aquele senhor há pouco tempo, mas já sei como ele é. – a loira disse como se estivesse preocupada com a garota – Ele é um homem casado, e esse menino aqui – Annabeth disse apontando para o pequeno Peter – é filho dele, com a minha patroa. E ele costuma traí-la a luz do dia, e eu sei que não devia deixar que ele a traísse, mas se eu não precisasse tanto desse emprego de babá, já teria contado tudo para a esposa dele.

- Como é que é? – a garota perguntou arregalando os olhos. – Ele é casado? Mas eu não via aliança no dedo dele. – a garota disse incrédula.

- E desde quando homem que costuma trair usa aliança? – Annabeth perguntou rindo internamente.

- Eu... Eu não acredito que ele fez isso. – a garota espumava de raiva.

- Só espero que a você faça a coisa certa. – Annabeth disse com falso pesar e a morena assenti – E não seja mais uma na lista dele.

A Chase deu as costas para a atendente com um sorriso no rosto, enquanto ouvia a garota murmurar milhões de impropérios ao vento. A loira não queria ser ligada a raiva da vendedora, então se afastou o mais rápido que pode da mesma e esperou Percy na porta de entrada da loja.

Alguns minutos depois o mesmo sai da área dos provadores com o terno em um cabide, ele andou até o caixa, pagando pela roupa e já estava dirigindo-se a saída, quando procurou Annabeth com o olhar, essa que fingiu estar em puro tédio. O moreno deu um sorriso sarcástico e Annabeth fingiu-se de desentendida, e antes que o rapaz chegasse a ela, o mesmo mudou de caminho procurando a atendente morena com os olhos.

Percy sorriu quando a encontrou e de forma lenta andou até a garota, que deu um sorriso quando o mesmo se aproximou.

- Então? Já anotou seu telefone? – Percy perguntou e olhou na direção de Annabeth que fingia olhar alguma peça de roupa.

- Claro. – Percy disse abrindo o papel e ao invés de encontrar um número de telefone encontrou a seguinte frase:

“Vá se fuder.”

Percy olhou abismado para a garota, que desferiu um sonoro tapa em seu rosto.

- Eu espero que você morra. – e saiu marchando a passos pesados para longe do rapaz, que a olhava sem entender.

Percy sem entender mais nada, andou até Annabeth que parecia muito entretida com Peter.

Quando o moreno estava perto o suficiente para ser notado, a loira se levantou e puxou Peter para os seus braços, e como um sorriso de lado a lado, perguntou assustada:

- O que é isso na sua bochecha? – a loira agradeceu mentalmente pelas aulas de teatro quando pequena.

- Provavelmente, a marca de cinco dedos. – Percy respondeu desgostoso, e a loira riu, deixando de fingir por um segundo.

- O que aconteceu? – a garota perguntou e Percy a olhou com desdém.

- Aposto que você sabe... – o moreno respondeu empurrando o carrinho de Peter, que agora era ocupado pela sacola da loja. – O que você falou para aquela garota?

- Garota? Que garota? – agora Annabeth estava ultrapassando o limite do cinismo.

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- Aquela com quem eu conversava. – Percy respondeu sem perceber que ela estava tirando uma com a sua cara.

- Absolutamente nada. Assim que você saiu e fui para a saída. – a loira respondeu controlando-se no sarcasmo.

- Sei... – o moreno disse de forma duvidosa, e a loira o olhou com os olhos dramaticamente arregalados.

- Está duvidando de mim, Perseu? – o rapaz negou com a cabeça e massageou o lugar em que fora acertado. – Assim espero... – Cabeça de Algas, idiota. A garota completou mentalmente, e sorrindo caminhou até o estacionamento.

Enquanto Percy colocava o carrinho de Peter no porta-malas, a loira colocava o pequeno na cadeirinha e disfarçadamente mandava uma mensagem para Thalia.

Espero que esteja tudo pronto. – A

...

- Thalia, você acha que isso vai dar certo? – Nico perguntou chamando a atenção da loira para si.

A morena revirou os olhos, mas sorriu.

- É claro, isso daqui foi uma ideia minha... E, não querendo ser metida nem nada, mas minhas idéias são as melhores. – a garota disse sem nenhum pingo de humildade.

- Modéstia mandou lembrança. – Nico disse presunçoso.

- Fala para ela que eu mandei um abraço. – a garota disse irônica, e voltou sua atenção para a tela do seu notebook.

Nico fechou a cara, e continuou a brincar com uma mola colorida que tinha no quarto de Thalia.

A morena, por incrível que pareça, não estava irritada ou incomodada com a presença do garoto, e isso era um grande passo na relação dos dois.

- Ops! – Nico murmurou quando, sem querer, enrolou a mola e a quebrou ao meio.

- O que foi? – Thalia perguntou terminando de passar o vídeo para o pen drive.

- Se eu responder: nada, você vai acreditar? – o rapaz perguntou tentando fazer uma brincadeira, mas a morena logo se virou furiosa na direção do moreno que engoliu em seco ao ver o olhar da garota.

- O que você fez seu energúmeno? – a garota questionou levantando-se e o rapaz escondeu o brinquedo atrás de seu corpo.

- Na-nada. – Nico respondeu gaguejando.

- Eu só vou perguntar mais uma vez... – a morena avisou andando lentamente até Nico – O que você fez?

O moreno vendo que de nada adiantaria esconder o brinquedo quebrado, tirou as mãos das costas e as mostrou para a morena que começou a bufar raivosa.

- Você quebrou o meu brinquedo favorito. – a morena disse enfatizando algumas palavras.

- Foi sem querer... – o rapaz respondeu com a voz trêmula.

- Sem querer? Você é um idiota sem coração. – Thalia disse pontuando cada palavra com um tapa, ou um soco.

Nico tentou se defender do melhor jeito possível, mas enquanto suas mãos encobriam a cabeça a barriga ficava desprotegida e vice-versa fazendo com que a morena irada acertando-o sempre que conseguisse achar uma brecha.

- Ai, pára Thalia. Isso dói. Você está me machucando. – Nico dizia entre um tapa e outro.

A Grace não se importou se estava ou não machucando, mas a mesma acordou para a realidade quando Nico a agarrou pelos pulsos e a jogando contra a sua cama.

Nico a encarava com fúria nos olhos.

- Eu falei que estava me machucando. – o garoto disse bravo, e Thalia o olhou nos olhos, esse que ela não sabia distinguir o que era íris e o que era pupila.

- E se você não percebeu, eu não estava me importando. – a garota respondeu petulante e Nico fez uma careta engraçada, a mesma que Thalia se enforcou para não gargalhar.

- Você é uma garota bipolar. – Nico afirmou em cima de Thalia.

- Você é idiota. – a morena respondeu.

- Petulante.

- Egocêntrico.

- Insuportável.

- Galinha.

- Gostosa.

- Gostoso.

E se beijaram, já que a cada insulto trocado um centímetro era descartado da distância entre as bocas vermelhas.

Nico ainda a agarrava pelos pulsos, mas quando percebeu que a mesma cedera ao seu beijo, soltou as mãos delas e percorreu as suas até a cintura da mesma, esta que deixava a pele à mostra já que a blusa solta tinha se deslocado para cima.

Thalia não estava atrás no quesito mãos boba, já que as suas já trilhavam um caminho perigoso dentro da camiseta preta do rapaz.

O fôlego logo faltou, mas Nico não deixou que o clima esfriasse já que seus beijos começaram a percorrer um caminho perigoso entre o lóbulo da orelha da morena de olhos azuis, e o fim do decote da camiseta da morena.

- Do que você me chamou? – o moreno perguntou, enquanto apertava a cintura da morena.

- Não ouviu? Está surdo, Di Ângelo. – nunca que Thalia admitiria o que falou.

- Não, eu não ouvi. – o moreno respondeu parando de acariciá-la, mas manteve as mãos fazendo leves cócegas ao raspar na pele quente de Thalia.

- De gostoso. – a morena respondeu sem pestanejar, já que queria que as carícias continuassem.

- Eu gostei disso. – Nico respondeu.

Thalia nada respondeu, só o puxou para outro beijo ardente.

Desde o dia que os dois se pegaram na cabine da guarita, esse desejo latente tem se manifestado, e a cada dia que passava estava pior de ser contido.

A morena desesperada começou a levantar a blusa do rapaz, e com isso passou a redescobrir o tanquinho sarado que tanto admirara quando o rapaz vinha a sua casa tomar banho de piscina, e bom desde que o verão chegara o Di Ângelo estava mais bronzeado, o que deixava Thalia louca, já que segundo a parte pervertida da consciência dela: ele ficava muito gostoso.

O rapaz se separou de Thalia para que a mesma pudesse tirar sua camiseta, mas como se tratava de Thalia, essa situação não poderia passar despercebida.

- Isso aqui pode estar acontecendo, mas eu ainda te odeio. – a garota disse, antes de puxá-lo para outro beijo.

- A recíproca é verdadeira. – o Di Ângelo afirmou, quando se separou de Thalia para tirar a camiseta da mesma.

Bom, digamos que o rapaz quase babou quando viu a parte de cima do biquíni preto de Thalia contrastando, perfeitamente, com a pele branca da garota. Nico ainda olhava abobalhado para o colo da Grace, quando a mesma riu e com escárnio disse:

- Minha boca é mais em cima. – o Di Ângelo ficou com raiva, e a agarrou dando um beijo lascivo e cheio de desejo, o melhor que Thalia já recebera.

- Eu sei onde é a sua boca, mas não faz mal querer o conjunto inteiro. – Nico disse apertando-a contra o seu corpo, e Thalia soltou um suspiro sôfrego quando esse ato fora realizado.

- Realmente, não faz mal. – Thalia concordou arranhando as costas do moreno com força, e virando-o na cama, dessa vez ficando por cima.

A sessão agarramento teria continuado, se algo não tivesse tremido no bolso do shorts curto que a morena usava.

- Quem será? – Nico perguntou beijando-a no pescoço.

- Não sei, não quero saber e tenho muita, mais muita raiva de quem sabe. – a garota disse pouco se importando com que era no celular.

Nico sorriu malicioso, mas a afastou de si.

- Pode ser a Annie. E bom, não queremos que nada saia errado, não é mesmo? – o rapaz perguntou voltando a beijá-la.

- Hum. – a morena murmurou, mas o afastou de si para puxar o celular do bolso traseiro do shorts.

Espero que esteja tudo pronto. – A

- Um ponto para você, Di Ângelo. – a garota disse saindo do colo do rapaz. – A Annie e o Percy estão voltando.

Nico soltou um muxoxo, mas se levantou e colocou a camisa.

- Melhor avisarmos aos outros. – Thalia disse tirando seu precioso pen drive da entrada USB de seu notebook.

Nico já estava pronto, por isso secava o corpo quase que descoberto de Thalia.

A morena percebeu que ele a olhava, mas não sustentou o olhar, somente vestiu a blusa e arrumou os cabelos, se dirigindo em seguida para a porta do quarto, mas antes que ela alcançasse a mesma o moreno a puxou pela mão e a imprensou na parede.

- Ficou louco? – a garota perguntou com raiva.

- Não nenhum pouco. – respondeu o moreno – Mas quero saber o que vai acontecer com a gente. – ele disse deixando Thalia surpresa.

- Como assim? – a morena questionou atônita.

- Thalia, está claro esse desejo que nós sentimos, mas eu não quero um relacionamento e acredito que você não queira o mesmo, mas venhamos e convenhamos... Eu te quero, você me quer, e isso é matemática básica. Podemos juntar o útil ao agradável e ficarmos. O que acha? – o moreno perguntou e a morena fez cara de cínica.

- Deixe-me ver se eu te entendi. – a garota disse afastando-o com as mãos.

- Você está me proporcionando um relacionamen... – Nico a cortou.

- Caso, não relacionamento. – o moreno apontou corrigindo-a.

- Você está me propondo um caso ­­- a garota disse dando ênfase na palavra – carnal, sem relacionamentos, sem ciúmes e sem essas frescuras de casal apaixonado.

- Na verdade, eu estou de propondo um caso com um único sentimento: o ódio. Sem as frescuras e melosidades de um casal apaixonado, já que seria impossível eu me apaixonar por você, só para constar. Mas que teve ter uma parte carnal maravilhosa. – o rapaz disse maliciosamente a última parte. – Então o que acha? Uma amizade colorida?

Thalia fez careta e Nico achou que ela não toparia.

- Igual o Percy e a Annabeth fizeram? – a morena perguntou e o rapaz negou com a cabeça.

- O Percy gosta da Annabeth e vice-versa, e o meu único sentimento por você é o ódio, e um desejo descomunal. – o rapaz disse, e Thalia fez careta.

- A recíproca é verdadeira.

- Hum... Então, você também me deseja? – o rapaz perguntou e a garota vez uma careta de escárnio.

- É verdadeira na parte do ódio, idiota. – a garota respondeu e voltou a nadar em direção a porta, mas antes que Nico a agarrasse e solicitasse uma resposta ela se voltou para ele e disse: - Deve ser legal ter um inimigo colorido.