PDV Rosalie

Eu ainda me encontrava totalmente desorientada, a única coisa que vinha na minha cabeça era as palavras do Royce e o cheiro de perfume entrava em meu nariz fazendo toda a minha cabeça doer.

Olhei para a minha mão e pude ver o curativo feito pelo o McCarty ali, eu não conseguia entender o que estava acontecendo entre nós, o que realmente havia, sua preocupação, cuidado, atenção... essas coisas iam além do que realmente era formado o seu trabalho, também não entendia o porque me sentir tão bem ao seu lado, era como se eu conseguisse ser eu mesma, livre, sem nenhuma preocupação e isso nunca aconteceu, nem mesmo com os meus melhores amigos como Jasper ou Edward, eu tinha a certeza que o que se encontrava entre o meu sentimento pelo o McCarty era algo diferente e mais do que uma simples amizade... talvez fosse somente uma gratidão ou remorso por ter tirado a vida do seu pai, e embora algo dentro de mim dizia que não era isso, minha razão me prendia nesse pensamento impedindo-me de tentar enxergar a resposta.

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Levantei da cama tomando a coragem necessária para limpar o quarto, chamei duas empregadas do castelo que não demoraram a aparecer, senti pena quando olhei para o rosto de espanto das garotas o que não me assustava devido ao estado deplorável do quarto, pedi para que uma me ajudasse na bagunça enquanto a outra fosse à cidade comprar um espelho novo para colocar no lugar do quebrado. Dei Gloria a Deus por meus pais não estarem aqui e sei que nenhuma das empregadas falará nada a eles, sabia que teria que dar uma boa desculpa a minha mãe para poder comprar perfumes novos, ou eu podia pedir ao meu adorável e lindo noivo de presente... isso seria uma ótima ideia, os Simons sempre mostram um grande desanimo quando o assunto se trata de gastar dinheiro, na verdade todos os franceses mostram, e o meu querido noivo Royce odeia ter que colocar a mão no bolso, ainda mais se for por algo desnecessário como um presente para a sua adorável noiva que ele sabe que o odeia, mas a priori de tudo isso o mais importante para os Simons é a aparência e receber um presente do meu noivo se inclui nesse precioso critério.

Passaram-se algumas horas e o quarto estava novamente ordenado e o espelho novo já havia sido posto no lugar, embora o cheiro do perfume ainda estivesse no ar estava bem melhor do que antes. Meus pais chegariam em pouco tempo e assim teríamos o jantar, pedi para que alguém preparasse o meu banho.

Embora toda a minha disposição de hoje pela manhã houvesse ido embora fiz o que era preciso para ficar apresentável para o jantar...

- Filha? Posso entrar? – Ouvi a voz do meu pai.

- Entre pai.

- Nossa! Para que tanto perfume?

- Não passei perfume... – Eu sabia que alguém iria reparar só não achei que seria meu pai.

- Como não passou Rosalie? Até eu estou com o cheiro do seu perfume agora.

- Deixei o frasco cair hoje à tarde, embora tenha tentado o cheiro ainda não saiu, e acredite estava bem pior do que isso.

- Tenha mais cuidado Rosalie, seus perfumes costumam custar caro.

- O que eu posso fazer? Mereço sempre o melhor.

- É merece sim...mas ser zelosa com as coisas é algo necessário.

- Sim meu pai. Mas diga-me o que veio fazer aqui? Quase não entra em meu quarto.

- Sua mãe pediu para que eu viesse ver como estava...

- Eu estou bem, grata pela a preocupação...

Senti meu pai me analisar e seu olhar parou em minha mão, de uma forma automática a escondi.

- O que foi isso? – A preocupação em sua voz já era vista.

- Isso o que?

- Vamos Rosalie, deixe-me ver sua mão.

- Não é nada.

- Então mostre-me.

Como não havia outra saída dei a mão para que ele pudesse ver... ele pegou com delicadeza e com cuidado tirou o curativo. O corte não era muito profundo, mas ardia e já estava começando a inflamar.

- Onde machucou?

- Me cortei.

- Isso Rosalie eu já percebi, eu quero saber como.

- Não precisa ser grosso.

- Responda Rosalie. Não andou por ai lutando com espadas de novo, andou? Já lhe disse que está proibida, espada não é brinquedo.

- Pai... você me disse isso quando eu tinha nove anos de idade eu não sou mais uma criança.

- Mas na sua mão uma espada sempre será um perigo e não importa o quanto cresça minha preocupação sempre será a mesma.

- Eu sei, mas respondendo a sua pergunta, eu não estava lutando com espadas, pelo menos não dessa vez, eu me cortei com o casco de vidro do frasco de perfume quando caiu, eu tentei juntar os pedaços com a mão e acabei me cortando, fiz um curativo, mas não acho que ficou muito bom. – Por algum motivo preferi não dizer que havia sido o McCarty.

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- Você mesma fez o curativo?

- Sim... está tão péssimo quanto penso?

- Não, na verdade está muito bom é por isso que lhe perguntei.

- Meu próprio pai me chamando de incompetente.

- Realidade, aceite-a, agora vem que eu vou fazer outro curativo no lugar, não pode ficar com um por tanto tempo, sorte a sua não ter sido grave, afinal amanhã tem um baile para ir. Sua mãe vai te matar quando souber que você quebrou o perfume que ela comprou para você em Paris.

- Obrigada por me lembrar disso, agora nem ao menos quero descer para jantar.

- Não faça drama, agora vamos que todos nos esperam para jantar.

Desci as escadas ao lado do meu pai e realmente todos já estavam em seus devidos lugares, até o McCarty estava posicionado em pé um pouco mais afastado da mesa, eu particularmente adoraria que ele se sentasse conosco, creio que meu pai não importaria, mas o rei Simon e seu filho sim, e tenho para mim que minha cota de estresse por causa deles por hoje já estava bom, então apenas sentei no lugar que era designado a mim e esperei que os empregados começassem a nos servir.

- Como foi o dia Rosalie?

- Foi bom minha mãe.

- E a Nancy? Onde está? Não a vi o dia inteiro.

- Eu a liberei para que pudesse ficar com a família durante o dia mamãe.

- Foi uma ótima ideia. Percebi que se machucou Rosalie, como isso aconteceu?

Minha mão definitivamente era ótima em conversas no jantar, para ela era impossível se permanecer calada em um momento que estivesse todos juntos, o único problema era que sempre essas conversas eram direcionadas a mim.

- Me cortei com o frasco de perfume que derramei por acidente esta tarde.

- Que perfume? Por acaso não serio o... – Típico de dona Esme, enquanto o meu pai se preocupava com o meu corte, minha mãe estava interessadas em qual perfume eu havia quebrado.

- Sim mãe, esse mesmo.

- Eu não acredito Rosalie! Tem ideia de quanto custou aquele perfume? Será que pode ao menos ter mais cuidado com suas coisas? Meu Deus minha filha, eu nem mesmo sei quando irei novamente a Paris para lhe comprar outro. Agora diga-me Rosalie, pode uma princesa ficar sem perfume? O que irá usar no baile amanhã?

- Não precisa exagerar tanto mãe, não é como se o mundo fosse acabar por causa disso.

- Como não?

- Eu tenho outros perfumes mãe e...

- Mas nenhum é como aquele.

- Sim mas...

- Mas nada Rosalie! Carlisle! Diga alguma coisa.

Meu pai a olhou como se não entendesse do porque de estar sendo intimado naquela conversa.

- Falar o que Esme?

- Ponha um pouco de juízo em sua filha, o fato dela ser assim é tudo culpa sua...

- Minha?

- Sim, de quem mais seria? Esse lado desleixado dela veio de você.

- Claro... porque toda a parte que você julga ruim em nossa filha veio de mim.

- Exatamente, se ela tivesse puxado somente a mim, Rosalie seria perfeita.

- Não duvido disso Esme.

- E você mocinha, trate de dar um jeito nisso.

- Não se preocupe minha mãe, eu já dei.

- E qual seria.

Eu sabia que era agora ou nunca, olhei para o Royce que se mantinha totalmente disperso de tudo que ocorria.

- Conte a ela Royce. – Segurei o riso ao ver a face de espanto dele.

- Contar o que? – Ele olhou para mim com uma das sobrancelhas levantadas, era nítido que ele sabia que eu estava prestes a aprontar uma.

- Eu mesmo conto então...

- Contar o que?! – Ele já estava começando a ficar nervoso.

- O Royce estará indo a Paris nesse fim de semana. Não é mesmo Roy?

- Sim, mas...

- Não se preocupe querido, minha mãe não achará nada de mais...podemos contar.

- Mas contar o que?

- Sabe minha mãe, o Royce disse que ele mesmo me dará o perfume de presente, afinal eu sou a noiva dele e que não será sacrifício nenhum, não foi mesmo querido?

- Isso é verdade meu jovem? – Minha mãe já estava quase pulando de alegria – É uma atitude muito bonita sua, uma vez que esse perfume é caro, embora eu creia que isso não será um problema para uma família rica como a sua, quando eu era noiva do Carlisle ele me dava muitos presentes, toda mulher ama ganhar presentes.

- Obrigado majestade, não será sacrifício nenhum dar um presente a minha adorável e linda noiva... – Ele olhou para mim de uma forma divertida e tive medo por um momento – E... aproveitando esse momento, Rosalie e eu estávamos conversando hoje mais cedo no jardim e percebemos que quase não passamos muito tempo juntos, eu lhe propus uma ideia da qual ela muito apreciou...

- E que ideia seria essa meu jovem? – Céus! O que ele iria falar agora?

- Como eu irei a Paris nesse fim de semana, e aproveitarei para comprar o presente de Rosalie, tivemos a ideia de que talvez ela possa ir comigo, será bom que ela saia um pouco de toda essa confusão, o czar estará no país e talvez seja uma boa ideia que ela se distancie um pouco, apenas por um fim de semana para aliviar um pouco a mente. Não é mesmo querida?

Eu não sabia o que dizer, ou como contornar toda essa situação.

- Eu acho uma ótima ideia! E o que você acha Carl? – As vezes eu queria que minha mãe não se animasse com tudo.

- Eu? bem... – Meu pai não sabia o que falar, de certo que o pensamento de ter eu e o Royce juntos longe de sua visão e controle o preocupava, mas também era um grande impasse dizer que o noivo de sua filha não podia leva-la. Eu precisava dar um jeito nisso e rápido.

- Eu entendo a sua preocupação majestade, mas a Rosalie estará segura na França, eu não deixarei que nada lhe aconteça ainda mais que...

- Ainda mais que... – O interrompi antes que terminasse – que o McCarty irá conosco, por segurança, não queremos dar espaço para que os outros falem, afinal somos apenas noivos e nos ver a sós em Paris o povo pode comentar, então eu propus ao Royce e ele achou que convém levar o McCarty.

- Tenho que confessar que sinto-me mais tranquilo em saber que o McCarty também irá, minha preocupação com os dois a sós e com o que o povo pode pensar é grande, creio que irem acompanhados é uma boa ideia. E você meu rapaz – Meu pai se direcionou ao McCarty e eu o olhei pedindo que me ajudasse – Está de acordo com a ideia?

McCarty olhou para mim, e mais uma vez implorei para que me ajudasse.

- Sim majestade, estou de acordo.

- Se já está tudo certo, não vejo motivos para impedir que a Rosalie vá com você Royce, mas peço que tenha juízo e saiba se comportar como o cavalheiro que aprendeu a ser, caso o contrario não será o McCarty que irá intervir. Fui claro meu jovem? – A seriedade do meu pai, fazia qualquer um submete-lo perante tamanha autoridade que havia em sua voz.

- Sim majestade. – Royce engolia em seco perante a ameaça do meu pai, e se tinha uma coisa que todas as pessoas na Europa sabiam é que uma ameaça do meu pai feita era uma ameaça comprida.

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Depois de tudo que havia ocorrido, tanto eu quanto o Royce saímos perdendo ou ganhando, afinal eu ganhei meu perfume e ele minha companhia na viajem à França.

Depois do jantar terminado, os homens se retiraram para beber, fumar e conversar, já as mulheres deveriam apenas conversar, mas eu estava cansada de mais para isso, então apenas me retirei para o quarto. Quando estava prestes a entrar, ouvi a voz do meu segurança me chamando.

- Sim McCarty? Algum problema?

- Com todo o respeito princesa, mas porque aceitou viajar com o Simon à Paris se não queria ir, ele a ameaçou? Ou tentou algo contra a senhorita? Porque se tiver feito isso eu juro que... – Eu não entendi o porque o meu segurança transmitia tanta raiva em suas palavras e olhos.

- Não, ele não fez nada McCarty, na verdade nada daquilo foi planejado, eu queria que ele me comprasse o perfume e ele se vingou de mim a sua maneira, mas tenho que lhe agradecer por ter aceitado ir comigo mesmo não sabendo de nada, por um momento achei que teria que ir sozinha.

- Eu jamais deixaria que isso acontecesse!

- E porque não McCarty? – Algo dentro de mim gritava por esta resposta.

- A maneira como ele a olha princesa... é como se a qualquer momento ele fosse... eu não sei como explicar, mas não me agrada.

- Sabe McCarty, eu agradeço por toda a preocupação que tem tido para comigo nos últimos dias, o senhor tem sido mais do que um simples segurança, tem sido um amigo, há muito alguém não me defendia do Royce, meu pai não pode fazer muita coisa a respeito, mas você tem me ajudado e eu sou incrivelmente grata por ter se permitido me entender assim como o seu pai fez anos atrás, mas existem coisas que nem eu ou o senhor poderá evitar e um dia eu terei que me casar com o Royce e exercer o meu papel de esposa, terei que me submeter a isso, porque esse é meu destino McCarty, e talvez seja melhor que eu comece a acostumar com a ideia e...

- Nunca! Eu jamais deixarei que isso lhe aconteça princesa, eu... – Nunca havia o visto daquela forma, tão transtornado, revoltado e triste ao mesmo tempo, era como se o fato de souber que eu estava entregue a tristeza futura eminente o prejudicasse mais do que prejudicava a mim. Caminhei até ele, e coloquei minha mão em seu ombro.

- Não há nada que possamos fazer... eu estou bem McCarty – Ele olhou em meus olhos e eu pude ver que ele não acreditava nisso – Acredite em mim, tudo ficará bem, em seu devido lugar, eu não serei a primeira princesa a se casar por um contrato e de todas das quais eu tive contato me disseram que com o tempo você se acostuma, acontecerá o mesmo comigo, eu ficarei bem, eu estou bem.

- Não princesa, a senhorita não está, e pelo o pouco que eu conheço o príncipe e conheço a senhorita eu sei muito bem que não irá se acostumar, o Simon se encarregará de que isso não aconteça e ambos sabemos que o que eu digo é verdade. Uma verdade que não pode ser aceita majestade, com todo o respeito.

- Não vamos falar sobre isso mais por hoje, por favor, já tive o dia inteiro rodeada deste assunto, e eu realmente gostaria de esquece-lo por um momento, amanhã será um dia longo, o czar irá chegar junto com seus filhos, tem o baile, e tanto mais para se resolver, cuidaremos da Rússia por enquanto deixe a França para depois... mas ainda sim obrigado McCarty e tenha uma boa noite. – Disse e lhe dei um sorriso sincero que foi retribuído por um com duas e lindas covinhas.

- Boa noite princesa. Qualquer coisa estarei no quarto ao lado.

- Eu grito se precisar de ajuda.

E assim entrei em meu quarto deixando todos os problemas atrás da porta e indo direto em direção da minha cama para em fim ter um momento de paz.

Então já era de manhã, o sol já atravessava a cortina meu corpo ainda estava pesado e sonolento, mas assim que constatei de hoje era o dia em que o czar chegaria ao reino levantei em um pulo.

- NANCY! – Gritei esperando que ela viesse – NANCY! NANCY!

Comecei a andar em círculos enquanto gritava, Nancy entrou no quarto já perguntando o que tinha acontecido, parecia desesperada.

- O que foi criança? Aconteceu alguma coisa?

- Não Nancy, não aconteceu nada e aproposito eu não sou criança, por que as pessoas dessa casa insistem em me chamar assim? Será que é tão difícil aceitar que eu cresci?

- Certo princesa, já percebi que está um pouco nervosa hoje...

- E como não estaria Nancy? O czar deve chegar a qualquer hora e eu preciso estar devidamente preparada.

- Ouvi seu pai dizer que o czar chegará na hora do baile, não necessita de tanto desespero.

- Ainda sim preciso decidir que roupa usarei, as joias, me preparar, estar linda e... Deus! É muita coisa.

- Quer que eu prepare o seu banho ou deixará para mais tarde?

- Mais tarde, as pessoas já levantaram?

- Sim, todos, mas ainda não começaram o café, provavelmente estão a te esperar.

- Ai, ai... como é bom ser importante, então acho que irei me trocar para poder descer. Obrigada Nancy, pode se retirar.

Decidi colocar algo mais confortável esta manhã, o tempo se encontrava aberto e o sol tinha todo o espaço para ele e pessoas de peles claras como a minha precisam aproveitar o possível dele. Vesti um vestido longo bege de manga curta, e rendado, a gola em V o deixava elegante e com as joias que coloquei valorizou o vestido como um todo, simples e elegante, assim como eu, nossa acho que eu estou um pouco egocêntrica hoje, mas logo passa.

Desci as escadas e caminhei em direção me sentando, ninguém havia se sentado ainda, mas assim que me viram fizeram o mesmo e minha mãe pediu para que o café fosse servido.

- Alguma noticia da chegada do czar e seus filhos meu pai?

- Edward esteve aqui mais cedo nesta manhã e nos informou que é provável o embarcar no por do sol.

- Então ainda temos tempo para organizar tudo. E como está a preparação do baile minha mãe?

- Já está tudo resolvido, o Buffet já foi escolhido e nesse momento deve estar sendo devidamente preparado, mandei que organizassem o palácio central para o baile, será melhor do que ser feito aqui.

Minha mãe de certo que estava organizando um baile inesquecível, eram raras as ocasiões em que o palácio central era usado, aqui em Londres temos dois palácios, o central onde são celebrados as festas de mais alta importância e coroações e o residencial que é onde moramos.

- Certo, e pai por ventura o senhor pretende conversar com o czar ainda está noite após o baile ou conversará em outro momento?

- Eu ainda estou pensando sobre isso minha filha, mas tenho para mim que é melhor deixar para amanhã tal conversa, deixaremos o baile apenas para o entretenimento.

- Entendo, e eu poderei participar da conversa?

- Acho melhor conversarmos sobre isto mais tarde minha filha, tome seu café.

- É que eu...

- Eu sei minha filha, eu sei que está nervosa com tudo, com a chegada do czar, a conversa, o resultado de tudo isto, na verdade todos nós estamos, mas precisa mante a calma Rosalie e ficar ansiosa não lhe adiantará em nada. Compreende filha?

- Sim meu pai, só que não tem sido algo fácil de se fazer.

- Já deveria estar acostumada.

- Eu sei...

Terminei o meu café e me retirei, ainda tinha muito a fazer. Fui para o meu quarto e peguei uma folha e uma caneta, estava na hora de começar a planejar o que eu iria falar na reunião com o czar, ter ao menos minhas falas já um pouco planejadas e convincentes.

Olhei para folha e nada vinha, comecei, destaquei, amassei, comecei de novo, e amassei, e assim foi em um ciclo sem fim, estava prestes a desistir após de ter começado pela a decima quinta vez, porém aguem bateu na porta.

- Entre. – Pedi ainda de costas e concentrada no que tentava fazer.

- Princesa? – A voz do meu segurança fez com que eu saísse do meu mundo e virasse mais rápido do que eu gostaria em sua direção.

- McCarty? – Eu não entendia porque estava nervosa. – Deseja alguma coisa?

- Seu pai pediu para que viesse lhe chamar e pedir que se encontre com ele na sala de reuniões.

- Obrigada.

- O que estava fazendo? – Perguntou olhando para todos os papeis jogados no chão.

- Eu? Bem, estava apenas preparando algo decente para falar ao czar, mas estou com algumas dificuldades, nada parece ficar bom o bastante.

- Estou vendo, porque não tenta uma forma mais fácil.

- E qual seria?

- Simplesmente falar.

- Como se fosse fácil assim. Esqueceu que estamos falando do czar?

- Não senhorita, mas para que colocar no papel se na hora nada o que irá dizer estará escrito nele? Afinal nunca sai como o planejado.

- Nisso tem razão, mas o papel nos transmite um pouco de segurança.

- De certo, mas nada é mais autentico do que a fala.

- Decidirei isto mais tarde é melhor ir ao encontro do meu pai, o senhor virá conosco?

- Sim.

E assim seguimos juntos, conversando meras banalidades até chegarmos a sala de reuniões, ainda estava rindo de algo que o McCarty havia me contado quando adentramos a sala, não foi minha surpresa ter feito a atenção de todos se voltado para nós devido nossas risadas, mas paramos a nossa conversa assim que percebemos o clima tenso que pairava ali, o meu segurança se desculpou e dirigiu ao seu posto que era ficar em pé em uma canto mais afastado, algo totalmente desnecessário para mim, na minha opinião ele deveria sentar conosco, mas como não sou eu que decido nada aqui tive que aceitar.

Olhei para as pessoas na mesa e pude ver que o Jasper, Edward e para minha surpresa, Jacob, estavam aqui.

- Jake? Que surpresa! – Andei até ele e o abracei.

- Já faz algum tempo que não nos vemos princesa. Mas a ocasião me obriga a estar presente.

- Sim, e a Leah como está? Ainda não tive tempo de ir visita-los depois que casaram e agora ela já está gravida, deve estar radiante.

- A Leah está muito contente com o bebe, e eu também é claro, mas não se preocupe, a Leah a conhece e sabe muito bem como é a vida no reino ela entende completamente o fato de ainda não a ter visitado, mas mandou lembranças.

- Mande as minhas para ela, diga que estou com saudade e que visitarei assim que tudo isso acabar.

- Direi sim.

Sentei-me na cadeira ao lado esquerdo do meu pai e esperei que ele tomasse frente. O que logo foi feito.

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- Bom, é do conhecimento de todos aqui que o czar juntamente com os seus filhos chegarão ainda hoje em nosso reino, onde os encontraremos no baile que minha esposa dignamente preparou para recebê-los. A questão a ser a bordada e o motivo de ter os convocado às presas é a necessidade de estarmos preparados. Não sabemos qual é a intenção do czar e o que ele planeja afinal.

- Majestade?

- Sim Edward, diga.

- Não tenho a plena certeza de minha percepção, mas temo que o czar esteja vindo preparado para uma guerra, ainda não entendi o motivo de tantos soldados em seu acompanhamento e pelo o que eu e meus homens conseguimos enxergar os soldados que estão com ele não são simples homens, mas são homens de batalha e todos estão devidamente armados.

- O que teme exatamente Edward? – Meu pai se pronunciou novamente.

- É nessa pergunta que se encontra o problema majestade, eu não sei o que devo temer ou que esperar.

- Acho que devemos estar preparados majestade, exatamente por ter nenhum conhecimento das reais intenções do czar, devemos nos organizar para todas as possibilidades. – Jasper como sempre já preparava todo um plano para a situação.

- Entendo o que esteja a me dizer Jasper e não direi que discordo com a ideia, mas temo que o czar venha a pensar nisso como uma ameaça e que isso o incentive a uma guerra, o czar não é um homem que precisa de muitas motivações.

- Mas devemos estar de alguma forma preparados. – Jacob se pronunciou pela a primeira vez.

- Senhores? – Tentei chamar a atenção. – Permitem que eu fale?

- Claro Rosalie, diga. – Papai deu-me a liberação.

- Não creio que devemos nos preocupar tanto com a segurança, não estou dizendo que devemos deixa-la exposta, mas que podemos deixar os guardas sob aviso, preparados e atentos a qualquer situação, minha real preocupação não é com a quantidade de homens que o navio do czar está trazendo ao nosso reino, eu e o meu segurança estávamos conversando hoje mais cedo – Nesse estante pude ver o olhar reprovador dos Simons em minha direção – E algo que ele me disse vez com que eu pense que ele tenha razão, McCarty? Não quer colocar para o meu pai o que me disse mais cedo? Acho que saberia explicar melhor do que eu.

- Eu? Tenho certeza que a princesa saberia explicar muito bem.

- Ah, vamos McCarty, conte!

- Bom, com a vossa autorização majestade...

- Tem minha autorização McCarty.

- Como a princesa mesmo disse, estávamos conversando sobre os motivos que levariam o czar a trazer tantos homens armados em sua companhia, minha ideia é que devemos primeiramente lembrar de quem nós estamos falando, o czar é um homem poderoso, que controla seu povo e nação por medo, os intimidando e fazendo-os acreditar que não são possuidores de forças para combate-lo. Tenho para mim que esse é o único método que o czar conhece e que as tropas que com ele estão é somente uma forma de intimidação, uma maneira de fazer com que pensemos não ser capazes de enfrenta-lo ou nega-lhe algo, mas na verdade tudo o que está a fazer é puro método visual.

Ouve-se um breve segundo de silêncio por parte de todos, pude ver o McCarty ficar nervoso com isso, na verdade até eu estava, iria tomar a palavra novamente, mas a voz de Jasper me impediu.

- O que me deixa intrigado é o fato de não ter pensado e me atentado a esse ponto de vista ainda, porque se olharmos para um ponto o que o McCarty acabou de dizer é quase obvio, estava tão preocupado com a nossa defesa que esqueci de estudar o ataque, isso é quase um erro inaceitável para mim.

- Não se martirize Jasper, eu ainda não conheço um general melhor ou mais atencioso do que você, não pode pensar em tudo, afinal é muito a se pensar, mas tem desempenhado o seu papel dignamente e eu e toda a Inglaterra é grata pelos os seus serviços.

- Obrigado Rosalie, seus comentários como princesa e amiga são de extrema importância para mim.

E assim a conversa se seguiu por quase toda a tarde, havíamos decido que avisaríamos aos segurança e que mantivessem uma constante vigilância e sigilo, Jasper e Edward seriam as pessoas responsáveis por este papel, caso algo desse errado na parte externa era a eles que os guardas deveriam avisar, Jacob e Emmett ficariam responsáveis em manter a ordem interna e nós da corte faríamos os nossos papeis.

Discutimos os assuntos a serem pautados na reunião com o czar amanhã, foi difícil convencer aos Simons de que eu participaria da tal conversa, mas no final a palavra do meu pai não poderia de contestada.

Seria mentira dizer que não havia saído daquela sala mais nervosa do que entrei, ou que não me encontrava temerosa com os acontecimentos futuros, e se eu não conseguisse? Se por minha causa a Inglaterra juntamente com a França entrasse em guerra? Se isso acontecesse não tinha certeza se obtiveríamos êxito. Senti os braços de Edward em volta dos meus ombros e antes mesmo de me olhar disse:

- Vai ficar tudo bem Rosalie, não se preocupe tanto antes do tempo.

- Às vezes eu realmente acho que consegue ler pensamentos Edward. – Ele deu pequena risada.

- Não é difícil saber o que está pensando, e eu lhe conheço lourinha, lê-la fica ainda mais fácil para mim.

- Eu me esqueço disso às vezes.

- Eu sei, mas tente descansar Rosalie, eu sei que vocês mulheres amam se arrumar para um baile, então... vá para o seu quarto e se distraia procurando um vestido para hoje anoite e em se arrumar para estar linda no baile.

- E quando eu não estou linda Edward?

- É para responder?

- Não exatamente, eu sei que sempre é sua resposta.

- Na verdade...

- Deixe-me iludir um pouco Edward!

- Sim, claro.

Despedi-me de todos os meus amigos e aqueles que não eram também, afirmando que iria ao meu quarto para poder me arrumar para o tão esperado baile.

Depois de tomar banho, uma das mulheres que nos ajudavam na nossa arrumação particular fez o meu cabelo, outra uma maquiagem leve. Meu cabelo estava preso e uma tiara de ouro o enfeitava, meu vestido era longo e num tom amarelo bem claro, porem tinha pedras bordadas a fios de ouro, afinal tinha que mostrar ao czar o quão rico o reino Inglês era, enfeitei meu pescoço e orelha com joias e depois de longas horas nessa arrumação eu estava linda e preparada para receber o czar.

Assim que sai do quarto para encontrar com a minha família encontrei o McCarty no corredor, sua roupa era diferente dos outros que estavam trajados de vermelho, a roupa do McCarty era azul marinho oque o deixava lindo e perfeito, dava-lhe um ar serio e de respeito, teria orgulho de tê-lo ao meu lado como segurança particular, já estava começando a ver os olhares invejosos das Denallis em nossa direção durante toda a noite ou as tentativas do Royce de tira-lo de perto de mim, talvez não fosse uma noite tão ruim assim...

Mas então os olhares do McCarty viraram em minha direção e pude perceber o quão deslumbrado ele havia ficado, seus olhos percorreram por todo o meu corpo, me analisando, me senti envergonhada, mas ao mesmo tempo orgulhosa por ter causado tal reação.

- Princesa! Se me permite dizer...

- Diga.

- Está linda princesa, absolutamente perfeita. – Suas palavras foram tão sinceras e apesar do seu olhar ser intenso, não havia malicia.

- Muito obrigada McCarty, tomo a liberdade de dizer que o uniforme caiu perfeitamente em você, está um homem muito bonito está noite e terei orgulho em tê-lo ao meu lado. Acompanha-me até a carruagem?

- Claro e... obrigada.

Ele me deu passagem e juntos fomos até onde minha família esperava-me, meu segurança foi em outra carruagem, na minha encontrava somente eu e meus pais. Assim que paramos em frente ao enorme palácio pude ver as pessoas chegando em seus luxuosos vestidos, mas nenhum se comparava ao meu, com suas joias chamativas mas não tão caras e bonitas como as minhas e apesar de ser um pensamento fútil eu tinha orgulho disso, assim que entramos e chegamos ao todo das escadas fomos anunciados e todos se viraram e fizeram as devidas referencias.

O baile já havia começado, algumas pessoas dançavam no meio do salão outras estavam apenas a conversar e algumas se amontoavam perto da mesa de comida embora tudo era devidamente servido, as vezes as pessoas faziam parecer que estavam mortas de fome, e eu apenas encontrava-me distraída olhando para o meu segurança permitindo comtemplar sua beleza, a sua postura séria que o deixava ainda mais lindo, deveria ser errado alguém nascer assim, mas o mais errado ainda era ele ser apenas o meu segurança, não entendia o porque desses pensamentos, mas eles se tornaram inevitáveis e frequentes de um tempo para cá, ainda estava o analisando quando ouvi a bengala real bater no piso anunciando a chegada de alguém, não iria ligar para quem fosse se não escutasse a voz do anunciante gritar.

- A vossa excelência Aro Volturi o czar da Rússia , sua filha Jane Volturi e seu filho Alec Volturi! – E foi nesse momento em que todos viraram suas cabeças em direção as imensas escadas, meu coração a mil, devido ao silencio seu som era quase audível. Levantei meus olhos que instantaneamente procuraram ao czar e nesse momento eu percebi, ele olhava para mim, sua determinação e orgulho eram claros e quase palpáveis, e eu não tinha escolha, seu olhar cravado aos meus deixava claro o que ele queria.